Evidenciação Voluntária de Boas Práticas de Governança Corporativa em Fundações Privadas, à Luz do IBGC
Palavras-chave:
Evidenciação Voluntária, Governança Corporativa, Terceiro Setor, Fundações Privadas.Resumo
Objetivo: identificar o nível de evidenciação voluntária de boas práticas de governança corporativa em fundações privadas, à luz dos princípios estabelecidos pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC): transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa.
Método: pesquisa qualitativa, descritiva e de natureza aplicada. Para aferir o nível de evidenciação voluntária foi elaborado um checklist com 27 boas práticas de governança corporativa recomendadas pelo IBGC e adaptadas í s fundações privadas.
Resultados: o nível médio de evidenciação voluntária de práticas de governança foi de 1,2, na escala de 0 a 2, empregada no estudo, o que indica disponibilidade dos dados na ordem de 62%, e reflete a adequação parcial aos princípios propostos pelo IBGC para esse segmento social.
Contribuições: o estudo contribui com a literatura acerca da evidenciação voluntária de governança corporativa no terceiro setor brasileiro, tema pouco explorado em estudos similares. Como contribuição social, tem-se o aperfeiçoamento dos modelos de gestão das organizações do terceiro setor, por meio da implementação de boas práticas de governança, para alcançar maior transparência e desenvolvimento sustentável.
Referências
Aguilera, R. V., & Jackson, G. (2010). Comparative and international corporate governance. The academy of management annals, 4(1), 485-556. https://doi.org/10.1080/19416520.2010.495525
Angonese, R., Fank, O. L., Oliveira, C. R. de, & Bezerra, F. A. (2013). Divulgação de informações voluntárias na internet como determinante do custo do capital de terceiros. Enfoque: Reflexão Contábil, 32(3), 57-71. Recuperado de http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/Enfoque/article/view/18948
ívila, L. A. C., & Bertero, C. O. (2016). Third sector governance: a case study in a university support foundation. Revista Brasileira de Gestão de Negócios-RBGN, 18(59), 125-144. https://doi.org/10.7819/rbgn.v18i59.2107
Baller, E. A., Ramos, F. M., Silva, I. S. T., & Soares, S. V. (2018). Evidenciação das práticas de Governança Corporativa nas Instituições de Ensino Superior (IES) Fundacionais Catarinenses. Revista Brasileira de Contabilidade, 233(1), 62-75. Recuperado de http://www.informef.com.br/paginas/mef33914.htm
Bardin, L. (2009). Análise de conteúdo. (3a ed.). Lisboa: Edições 70.
Bevilaqua, S., & Peleias, I. R. (2015). Transparência para gerar confiança: as fundações empresariais e suas práticas de governança. Gestão. Org-Revista Eletrônica de Gestão Organizacional, 13(2), 140-153. Recuperado de https://periodicos.ufpe.br/revistas/gestaoorg/article/viewFile/22040/18456
Borges, G. M. C. (2017). Determinantes dos impedimentos de concessões e transferências de recursos públicos í s entidades privadas sem fins lucrativos no Brasil (Tese de doutorado). Universidade de Brasília, Universidade Federal da Paraíba, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil. Recuperado de http://repositorio.unb.br/handle/10482/22366
Campos, G., Moreira, R., & Scalzer, R. (2015). Financial Reporting: Reflection On Transparency In The Third Sector. Sociedade, Contabilidade e Gestão, 9(3), 130-142. Retrieved from http://www.atena.org.br/revista/ojs-2.2.3-06/index.php/ufrj/article/view/2439/2106
da Silva, L. C., Soares, S. V., & Casagrande, M. D. H. (2019). Evidenciação contábil de entidades do terceiro setor: uma análise da conformidade das demonstrações contábeis da universidade do sul de santa catarina-unisul. ConTexto, 19(43), 13-26. Recuperado de https://seer.ufrgs.br/ConTexto/article/view/79754
Dumont, G. E. (2013). Nonprofit virtual accountability: An index and its application. Nonprofit and Voluntary Sector Quarterly, 42(5), 1049-1067. https://doi.org/10.1177/0899764013481285
Ferreira, R. M., de Lima, S. L. L., Gomes, A. R. V., & de Mello, G. R. (2019). Governança Corporativa: Um estudo bibliométrico da produção científica entre 2010 a 2016. Revista Organizações em Contexto, 15(29), 323-342. http://dx.doi.org/10.15603/1982-8756/roc.v15n29p323-342
Forte, L. M., Santos Neto, J. B., Nobre, F. C., Nobre, L. H. N., & Queiroz, D. B. (2015). Determinants Of Voluntary Disclosure: A Study in the Brazilian Banking Sector. Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade, 5(2), 23-37. http://doi.org/10.1017/CBO9781107415324.004
Gandía, J. L. (2011). Internet disclosure by nonprofit organizations: Empirical evidence of nongovernmental organizations for development in Spain. Nonprofit and voluntary sector quarterly, 40(1), 57-78. https://doi.org/10.1177/0899764009343782
Gollo, V., Schulz, S. J., & Da Rosa, F. S. (2014). Evidenciação contábil em entidades brasileiras de terceiro setor: adequação í s normas brasileiras de contabilidade. ConTexto, 14(27), 104-116. Recuperado de https://www.seer.ufrgs.br/ConTexto/article/view/41595/pdf_30
Ingenhoff, D., & Koelling, A. M. (2009). The potential of Web sites as a relationship building tool for charitable fundraising NPOs. Public Relations Review, 35(1), 66-73. https://doi.org/10.1016/j.pubrev.2008.09.023
Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. (2015). Código das melhores práticas de governança corporativa. (5a ed). Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. São Paulo: IBGC.
Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. (2016). Guia das Melhores Práticas para Organizações do Terceiro Setor: Associações e Fundações. Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. São Paulo: IBGC.
Kang, S., & Norton, H. E. (2004). Nonprofit organizations"™ use of the World Wide Web: are they sufficiently fulfilling organizational goals?. Public relations review, 30(3), 279-284. https://doi.org/10.1016/j.pubrev.2004.04.002
Lima, E., & Pereira, C. (2011). Associação entre índices de disclosure e características corporativas das Instituições de Ensino Superior Filantrópicas do Brasil - IESFB . Revista De Contabilidade E Organizações, 5(11), 23-48. https://doi.org/10.11606/rco.v5i11.34784
Lopez, F., & Bueno, N. (2012). Transferências federais a entidades privadas sem fins lucrativos (1999-2010). doi: http://hdl.handle.net/10419/91131
Marques, B. A., Rody, P. H. A., Campos, G. M., & Reina, D. (2015). Terceiro Setor: panorama das tendências de 1998 a 2013 por meio de um estudo bibliométrico. Enfoque: Reflexão Contábil, 34(2), 71- 89. Recuperado de http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/Enfoque/article/view/23439
Mário, P. D. C., Paula, C. L. S. D., & Alves, A. D. D. F. (2013). Evidenciação das Fundações Privadas de Belo Horizonte: Prestação de Contas e Qualidade da Informação1. Pensar Contábil, 15(56), 29-41. Recuperado de http://www.atena.org.br/revista/ojs-2.2.3-06/index.php/pensarcontabil/article/viewFile/1542/1379
Martins, M., & Martins, V. F. (2014). Governança Corporativa no Terceiro Setor: um estudo de caso em fundação de serviços hospitalares. Revista Mineira de Contabilidade, 15(54), 6-13. Recuperado de https://pdfs.semanticscholar.org/944f/1c53c5dd7661cba5b2d83a65571d75bf63ae.pdf
Mac Lennan, M. L. F., Semensato, B. I., & Oliva, F. L. (2015). Responsabilidade Social Empresarial: classificação das instituições de ensino superior em reativas ou estratégicas sob a ótica da governança corporativa. REGE-Revista de Gestão, 22(4), 457-472. https://doi.org/10.5700/rege572
Mendes-da-Silva, W., Ferraz-Andrade, J. M., Famá, R., & Filho, J. A. M. (2009). Disclosure via website corporativo: um exame de informações financeiras e de governança no mercado brasileiro. RAE-Revista de Administração de Empresa, 49(2), 190-205. https://doi.org/10.1590/S0034-75902009000200006
Mendes-Da-Silva, W., & Onusic, L. M. (2014). Corporate e-disclosure determinants: Evidence from the Brazilian market. International Journal of Disclosure and Governance, 11(1), 54-73. https://doi.org/10.1057/jdg.2012.14
Milani Filho, M. A. F., & Milani, A. M. M. (2011). Governança no terceiro setor: estudo sobre uma organização francesa do século XIX. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa – RECADM, 10(1), 32-46. https://doi.org/10.5329/RECADM.20111001003
Milani Filho, M., Dayane, S., & Tatiane, G. (2015). Grau de evidenciação das informações voluntárias das Instituições de Ensino Superior confessionais e não confessionais. Revista Contabilidade e Controladoria, 7(3), 38-52. http://dx.doi.org/10.5380/rcc.v7i3.37176
Pacheco, R. R., Macagnan, C. B., Seibert, R. M. (2016). Fatores Explicativos do Nível de Evidenciação de Informações de Organizações do Terceiro Setor. Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade, 6(2), 72-93. http://dx.doi.org/10.18028/2238-5320/rgfc.v6n2p72-93
Pacheco, L. O., Szuster, N., & da Silva Macedo, M. A. (2014). Evidenciação contábil em fundações privadas de saúde: Uma análise das prestações de contas de entidades do município de Belo Horizonte. Revista Ambiente Contábil, 6(2), 240-260. Recuperado de https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=4798215
Paim, J. D. Q. (2017). Contribuições das universidades comunitárias de Santa Catarina para o desenvolvimento regional na sociedade do conhecimento (Dissertação de mestrado). Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, SC, Brasil. Recuperado de http://repositorio.unesc.net/handle/1/5473
Ribeiro, H. C. M., Costa, B. K., Ferreira, M. A. S. P. V., & Serra, B. P. D. C. (2014). Produção científica sobre os temas governança corporativa e stakeholders em periódicos
internacionais. Contabilidade, Gestão e Governança, 17(1), 95-114. Recuperado de https://www.revistacgg.org/contabil/article/view/571
Ribeiro, H. C. M., & dos Santos, M. C. (2015). Perfil e evolução da produção científica do tema governança corporativa nos periódicos qualis/capes nacionais: uma análise bibliométrica e de redes sociais. Revista Contabilidade, Gestão e Governança, 18(3), 4-27. Recuperado de https://www.revistacgg.org/contabil/article/view/802
Rufino, M. A., & Monte, P. A. D. (2015). Fatores que explicam a divulgação voluntária das 100 empresas com ações mais negociadas na BM&FBovespa. Sociedade, Contabilidade e Gestão, 9(3), 59-75. Recuperado de http://www.atena.org.br/revista/ojs-2.2.3-06/index.php/ufrj/article/viewArticle/2435
Saxton, G. D., & Guo, C. (2011). Accountability Online: Understanding the Web-Based Accountability Practices of Nonprofit Organizations. Nonprofit and Voluntary Sector Quarterly, 40(2), 270-295. https://doi.org/10.1177/0899764009341086
Schimith, P. F., & Chagas, P. B. (2010). A aplicação da governança corporativa no terceiro setor: um estudo de caso. Caderno de Administração, 17(2), 12-25. Recuperado de http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CadAdm/article/view/11613
Silveira, D., & Borba, J. A. (2010). Evidenciação Contábil de Fundações Privadas de Educação e Pesquisa: Uma Análise da Conformidade das Demonstrações Contábeis de Entidades de Santa Catarina. Contabilidade Vista & Revista, 21(1), 41-68. Recuperado de https://revistas.face.ufmg.br/index.php/contabilidadevistaerevista/article/view/815
Soares, S., Ramos, F., Casagrande, J., & Nunes, N. (2019). Revisão integrativa da literatura brasileira sobre Contabilidade Financeira e Gerencial de organizações do Terceiro Setor. Revista Brasileira de Contabilidade, 239(1). 68-89. Recuperado de https://www.researchgate.net/publication/336956915_Revisao_integrativa_da_literatura_brasileira_sobre_Contabilidade_Financeira_e_Gerencial_de_organizacoes_do_Terceiro_Setor
Van Hulle, C., & Dewaelheyns, N. (2014). Why do private non-profit organizations provide information on the Internet? Social Enterprise Journal, 10(1), 69-86. https://doi.org/10.1108/SEJ-12-2012-0047
Velloso-dos-Santos, C. M., Ohayon, P., & Pimenta, M. M. (2017). Disclosure Via Website e as Características das Empresas do Terceiro Setor: Estudo Empírico das Entidades Cariocas. Advances in Scientific and Applied Accounting, 10(1), 073-090. http://dx.doi.org/10.14392/asaa.2017100105
Verrecchia, R. E. (2001). Essays on disclosure. Journal of accounting and economics, 32(1-3), 97-180. http://dx.doi.org/10.1016/S0165-4101(01)00025-8
Vicente, E. F. R., & Scheffer, E. D. O. (2014). Governança e Internet: um estudo de caso sobre a divulgação de dados da Administração Pública sob a ótica dos princípios da governança pública. Universitas: Gestão e TI, 3(2). http://dx.doi.org/10.5102/un.gti.v3i2.2412
Vilela, J., Carvalho Neto, A., Bernardes, P., & Cardoso, M. (2015). Governança e Relações de Poder: Orientando as Boas Práticas em Cooperativas e outras Sociedades de Pessoas. Journal of Accounting, Management and Governance, 18(2), 69-84. Recuperado de https://www.revistacgg.org/contabil/article/view/758
Zittei, M. V. M., Politelo, L., & Scarpin, J. E. (2016). Nível de Evidenciação Contábil de Organizações do Terceiro Setor. Administração Pública E Gestão Social, 1(2), 85-94. http://dx.doi.org/10.21118/apgs.v1i2.892
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
- O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
- O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
- A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
- É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigos às normas da publicação
- Os Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).