Utilização da ressonância magnética no diagnóstico da doença de Pompe

Autores

  • Leandro Nobeschi Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo - FCMSCSP
  • Rafael Eidi Goto Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo - FCMSCSP
  • Bergman Nelson Sanchez Munhoz Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo - FCMSCSP Universidade Nove de Julho - Uninove
  • Homero José de Farias e Melo Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo - FCMSCSP Centro Universitário São Camilo

Palavras-chave:

Pompe, ressonância, diagnóstico.

Resumo

A doença de Pompe é uma desordem de depósito lisossomal, de herança autossômica recessiva, causada pela deficiência ou ausência da atividade da enzima alfa-glicosidase-ácida, não ocorrendo à degradação do glicogênio com subseqüente acumulo em diversos tecidos, deste modo, provocando a proliferação e aumento de células adiposas nos músculos acometidos devido à deficiência de fibras musculares em pacientes portadores de Pompe.  Sendo descrita na literatura em dois tipos, a forma infantil, geralmente fatal na infância e a forma tardia acometendo principalmente os músculos, levando a fraqueza muscular. O diagnóstico desta doença é realizado através da história familiar do paciente, de exames histoquí­micos e imunoistoquí­micos, que permitem maior precisão na tipagem das fibras musculares. Estudos recentes demonstram a aplicação das técnicas de Ressonância Magnética de corpo inteiro como uma ferramenta positiva para avaliação muscular, sendo possí­vel diferenciar quais os músculos afetados e qual o grau de seu comprometimento, pois através das imagens adquiridas com alta qualidade podemos acompanhar a evolução ou regressão desta doença. Após a confirmação do Pompe, os pacientes são encaminhados ao tratamento através da terapia de recombinação enzimática que tem por objetivo a reposição da enzima alfa glicosidase-ácida. 

Referências

Savegnago, K.A.; et al. Revisão sistemática das escalas utilizadas para avaliação funcional na doença de Pompe. Ver Paul Pediatr; 30 (2): 272-7; 2012.

Hirschhorn, R.; Reuser, A.J.J. Glycogen storage disease type II: acid alpha-glucosidase (acid maltase) deficiency. In: Scriver C, Beaudet A, Sly W, et al., eds. The Metabolic and Molecular Bases of Ingerited Disease. New York: McGraw Hill; 3389-3420; 2001.

Pereira, J.S.; et al. Relato do primeiro paciente brasileiro com a forma infantil da doença de Pompe tratado com alfa-glicosidase recombinante humano. J. Pediatr. Porto Alegre; 84(3), 2008.

Chien, H.Y.; et al. Brain Development in infantile-onset Pompe Disease Treated by Enzyme Replacement Therapy . Departments of Pediatrics and Medical Genetics and Radiology. 60(3), 2006.

Martiniuk, F.; et al. Carrier frequency for glycogen storage disease type II in New York and estimates of affected individuals born with the disease. Am J Med Genet., 79:69-72; 1998.

Raben, N.; et al. Differences in the predominance of lysosomal and autophagic pathologies between infants and adults with Pompe disease: implications for therapy. Molecular Genetics and Metabolism 101; 324-331; 2010.

Parkinson-Lawrence, E.J.; et al. Lysosomal storage disease: revealing lysosomal function and physiology. Physiology, 25(2):102-115, 2010.

Muraoka, T.; et al. Novel mutations in the Gene Encoding Acid α-1,4-glucosidase in a patient with Late-onset Glycogen Storage Diasease Type II (Pompe Disease) with Impaired Intelligence. Intern Med;50(24):2987-2991, 2011.

Amalfitano, A.; et al. Recombiant human acid ahpla-glucosidase enzyme therapy for infantile glycogen storage disease type type II: results of phase I/II CLINICAL TIRA. Genet Med; 3:132-138, 2001.

Husny, S.A.; Caldato, F.C.M. Erros Inatos do Metabolismo: Revisão da Literatura. Revista Paraense de Medicina. V.20 (2), 2006.

Reed, C.U. Doenças Neuromusculares. Jornal de Pediatria - Vol. 78, Supl.1, 2002.

Raben, N. Deconstructing Pompe disease by analyzing single muscle fibers: to see a world in a grain of sand. Nov-Dec; 3(6):546-552, 2007.

Levy, A.J. Neuromiopatia; Centro de Investigação em Neurologia; Faculdade de Medicina e Universidade de São Paulo; Brasil, 1978.

Raben, N.; Plotz, B.J. Acid alfa-glucosidase deficiency (glycogenosis type II, Pompe disease). Curr Mol Med. 2:145-166, 2002.

Slonim, A.E.; et al. identification of two subtypes of infantile acid maltase deficiency. J Pediatr;137(2):283-5, 2000.

Al-Lozi, M.T.; et al. Diagnostic criteria for late-onset (childhood and adult) Pompe disease. Muscle Nerve, 40(1):149-160, 2009.

Kishnani, P.S.; et al. For infantile-Onset Pompe Disease Natural History Study Group. A retrospective, multinational, multicenter study on the natural history of infantile-onset Pompe Disease. J. Pediatr; 148(5):671-676, 2006.

Beek, D.V.; et al. Rate of progression and predictive factors for pulmonary outcome in children and adults with Pompe disease. Molecular Genetics and Metabolism 104; 129-136, 2011.

Laforet, P.; et al. Juvenile and adult-onset acid maltase deficiency in France: Genotype-phenotype correlation; Neurology; 1122-1128; 2000.

Pellegrini, N.; Laforet, D.O.P. Respiratory insufficiency and lombmuscle weakness in adults with Pompes disease. Eur. Respir. 26; 1024-1031, 2005.

Hirschhorn, R. Glycogen storage disease type II: acid alpha-glucosidase (acid maltase de!ciency), in: C.R.S. (Ed.), The Metabolic and Molecular Basis of Inherited Disease, McGraw Hill, New York, 3389–3420,2001.

Wokke, H.J.; et al. Clinical features of late-onset Pompe disease: A prospective cohort study, Muscle Never; 38; 1236-1245, 2008.

Winchester, B.; et al. Methods for a prompt and reliable laboratory diagnosis of Pompe disease: Report from an international consensus meeting. Mol Genet Metab, 93(3):275-281, 2008.

Ansong, A.K.; et al. Electrocardiographic response to enzyme replacement therapy for Pompe disease, Genet. Med. 8 (5); 297–301, 2006.

Werneck, C.L.; et al. Muscle biopsy im Pompe disease. Neuromuscular/ Neurology Division, 2012.

Fernandez, C.; et al. Pompe disease: The role of MRI; November; Berlin; Germany.23-24, 2012.

Marchiori, E.; et al. Whole-body magnetic ressonance imaging for the evolution of thoracic involvement in disseminated paracoccidioidomycosis; j. Bras. Pneumol. 39(2):248-250, 2013.

Nava, D.; et al. Aplicação da ressonância magnética de corpo inteiro para o estadiamento e acompanhamento de pacientes com linfoma de Hodgkin na faixa etária infanto-juvenil: comparação entre diferentes sequências. Radiol Brás, 44 (1): 29-34, 2011.

Ozsarlak, O.; et al. Whole-body MR screening of muscles in the evaluation of neuromuscular diseases. Eur Radiol; 14:1489-93, 2004.

PICHIECCHIO, A.; UGGETTI, C.; RAVAGLIA, S.; EGITTO, M.G.; ROSSI, M.; SANDRINI, G.; DANESINO, C. Muscle MRI in adult-onset acid maltase deficiency. Neuromuscular Disord. 14(1):51-55, 2004.

Carlie, Y.R.; et al. Whole-body MRI in 20 patient suffering from late onset Pompe disease: Involvement patterns. Elsevier, 2011.

Downloads

Publicado

2017-06-28

Edição

Seção

Artigo Teórico