Sintomas de ansiedade, estresse e depressão em pessoas inscritas em práticas físicas virtuais durante a pandemia de coronavírus-2

Autores

Resumo

A pandemia de coronavírus-2 trouxe impactos não apenas para a saúde física. O medo e incertezas provocados pode ter interferido na saúde mental da população. Objetivo: Descrever os sintomas de ansiedade, estresse e depressão de pessoas inscritas em práticas físicas virtuais durante a pandemia associando com idade e escolaridade. Método: estudo transversal, fez parte de um projeto de extensão intitulado: “ATIVA IDADE”. Após inscrição no projeto, os voluntários receberam um link onde leram e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram aplicados um questionário sociocontextual e a Escala de Ansiedade, Estresse e Depressão (DASS-21). Por meio de média, desvio padrão, teste U de Mann-Whitney e correlação de Spearman foram descritas características sociodemográficas e  os resultados da DASS-21. Resultados: foram inscritos para o estudo 178 participantes, sendo que 58 responderam ao questionário sociocontextual e a escala DASS-21. A maioria dos participantes foram mulheres acima dos 50 anos. Os resultados mostraram que houve interferência da idade nos escores da escala DASS-21, observando-se médias maiores dos subitens em pessoas entre 20 e 59 anos. Apesar da diferença das médias, os subitens foram classificados como normais ou alterações leves. Houve diferença significativa para idade e estresse (p=0,05) bem como correlação moderada entre essas variáveis (r= -0,33).  Conclusão: o período de distanciamento social parece ter impactado nos sintomas de ansiedade, estresse e depressão de jovens e adultos com diferentes intensidades. Deste modo recomenda-se que a oferta de práticas físicas virtuais possa ser implementada tanto em contextos de crise (como o da pandemia) quanto em situações onde o acesso da população a essas intervenções possa estar limitado.

Descritores: depressão, ansiedade, estresse psicológico, telemonitoramento, exercício físico

Biografia do Autor

Flávio Herrmann, Universidade Federal do ABC

Mestre em Neurociência e Cognição (UFABC), membro do grupo de estudos em aspectos neuropsiquiátricos e motricidade (GEANM) da UFABC. Possui especialização em Aprendizagem Motora pela EEFEUSP e também em Cinesiologia, Biomecânica e Treinamento Físico pela USCS. Além disso possui especialização em Acupuntura, eletroacupuntura e medicina chinesa pelo CBA. Se graduou em Educação Física pela Escola de Educação Física e Esportes USP, Bacharelado e Licenciatura. Estuda, pesquisa e pratica artes marciais há mais de 25 anos, sendo Tai Chi Chuan (Instrutor), Aikido (instrutor) e Systema (Instrutor pleno de Arte Marcial Russa) com as quais trabalha. Atualmente é professor na secretária de Esportes de São Bernardo do Campo, ministrando aula de Tai Chi Chuan, Aikidô e ginástica multifuncional. Leciona no curso técnico de massoterapia da escola ETIP as disciplinas de Cinesiologia, Anatomia, Medicina Chinesa e Shiatsu. Ministra cursos de manipulação articular, auriculoterapia e práticas físicas para longevidade (baseadas no Qi Gong, Tai Chi Pai Lin, Yoga e Aikidô).

Ruth Ferreira Galduróz, Universidade Federal do ABC

Possui graduação em Psicologia - Faculdades Metropolitanas Unidas Faculdade de Psicologia (1994), graduação em Licenciatura Plena em Psicologia - Faculdades Metropolitanas Unidas Faculdade de Psicologia (1991) e doutorado em Psicobiologia pela Universidade Federal de São Paulo (1999). Atualmente é membro do nde licenciatura em matemática da Universidade Federal do ABC, membro suplente da coordenação do bch da Universidade Federal do ABC, professor associado da Universidade Federal do ABC e membro do nde do bch da Universidade Federal do ABC e do colegiado do programa de Pós Graduação em Neurociencia e Cognição. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase no envelhecimento, atuando principalmente nos seguintes temas: envelhecimento, motricidade, cognição, aspectos neuropsiquiatricos.

Publicado

2024-11-15

Edição

Seção

Artigo Experimental