Deficiência congênita da proteí­na C: Relato de caso

Autores

  • Núbia Rojane Pinto Faculdades Metropolitanas Unidas-FMU
  • Paolo Ruggero Errante Universidade de São Paulo - USP Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP http://orcid.org/0000-0002-6997-7587

Palavras-chave:

Deficiência da proteí­na C, trombose, púrpura fulminante, trombose massiva, Ceprotin.

Resumo

A deficiência congênita da proteí­na C é uma doença trombótica rara que se manifesta no perí­odo neonatal ou durante a primeira infância que leva ao desenvolvimento de púrpura fulminante, trombose venosa massiva com necrose tecidual, cegueira bilateral por trombose da veia ví­trea, hemorragia intracraniana e falência vascular. Pacientes com deficiência da proteí­na C em heterozigose são assintomáticos até à idade adulta. Os episódios trombóticos são provocados por fatores de risco como cirurgia, gravidez e imobilização. Apresentamos o caso de uma criança do sexo masculino internada logo após o nascimento com histórico de equimoses. Tratada durante o perí­odo de internação com plasma, heparina, crioprecipitado e plaquetas, foi diagnosticada como portadora de deficiência congênita da proteí­na C, passando a ser tratada com Ceprotin e enoxaparina sódica. Dessa forma, é fundamental o diagnóstico e terapêutica precoce para se evitar as graves complicações decorrentes da enfermidade.

Biografia do Autor

Núbia Rojane Pinto, Faculdades Metropolitanas Unidas-FMU

Discente do Curso de Farmácia, Faculdades Metropolitanas Unidas-FMU, São Paulo.

Paolo Ruggero Errante, Universidade de São Paulo - USP Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP

Departamento de Farmacologia, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo-UNIFESP, São Paulo.

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Publicado

2017-03-24

Edição

Seção

Artigo Teórico