Divulgação cientí­fica nas escolas: Proposta de jogo da memória para discutir ciência e representatividade negra

Autores

  • Fênix Alexandra de Araujo Programa de Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa. Instituto Gonçalo Moniz – Fiocruz Bahia.
  • Natália Erdens Maron de Freitas Programa de Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa. Instituto Gonçalo Moniz – Fiocruz Bahia.
  • Raiana dos Anjos Moraes Programa de Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa. Instituto Gonçalo Moniz – Fiocruz Bahia.
  • Ramona Tavares Daltro Programa de Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa. Instituto Gonçalo Moniz – Fiocruz Bahia.
  • Juliendrios Caetano Santos Oliveira Pós-Graduação em Desenvolvimento de Aplicações e Games para Dispositivos Móveis - Instituto Federal da Bahia
  • Qeren Hapuk Rodrigues Ferreira Fernandes Programa de Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa. Instituto Gonçalo Moniz – Fiocruz Bahia.

Palavras-chave:

Atividade lúdica, Cientistas, Método de aprendizagem, População negra

Resumo

Os jogos e atividades promovem a retenção da informação de maneira lúdica e se tornam um recurso facilitador do processo de ensino e aprendizagem. O jogo da memória abordado neste trabalho é uma atividade lúdica de cunho cientí­fico a ser realizada em escolas ou eventos da área de ciência e tecnologia. O objetivo da proposta é divulgar de forma lúdica a representatividade da população negra na ciência e incentivar as crianças e adolescentes a conhecerem de maneira divertida o mundo da pesquisa e ciência. Para o cumprimento da atividade proposta, será necessária a adesão de ao menos dois participantes por rodada, assim como a presença de monitores para auxiliar o entendimento da proposta. O público-alvo são crianças e adolescentes dos ensinos fundamental e médio de escolas públicas e particulares. O jogo é composto por 12 pares de cartas que deverão ser impressas em papel de fotografia em material resistente, de maneira que mimetize cartas de baralho. Para cada par de cartas, uma contém informações sobre os cientistas e a outra, que forma seu par, contém os produtos, as invenções, as contribuições dos referidos cientistas. O impacto da atividade será avaliado ao final de cada rodada de jogos através de questionários curtos e objetivos. Como resultados espera-se incentivar a discussão sobre a representatividade da população negra nas áreas cientí­ficas, bem como auxiliar no entendimento da importância da ciência, e reconhecimento do papel do cientista na sociedade.

Biografia do Autor

Fênix Alexandra de Araujo, Programa de Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa. Instituto Gonçalo Moniz – Fiocruz Bahia.

Biotecnologista formada pela Universidade Federal da Bahia (2018). Mestrado em Biotecnologia
em Saúde e Medicina Investigativa do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz - CPqGM/FIOCRUZ, cursando doutorado no CPqGM/FIOCRUZ. Atuando no Laboratório de Fisiologia e Farmacologia Endócrina e Cardiovascular (LAFFEC) do Instituto de Ciências da Saúde (ICS) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) em pesquisa voltada a busca de novos fármacos e alvos terapêuticos para o tratamento de Doenças Cardiovasculares e Disfunção Erétil.

Natália Erdens Maron de Freitas, Programa de Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa. Instituto Gonçalo Moniz – Fiocruz Bahia.

Biomédica formada pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, com habilitação em Análises Clí­nicas (2018). Atualmente é mestranda no programa de pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz - CPqGM/FIOCRUZ, atuando no Laboratório Avançado de Saúde Pública (LASP) do Instituto Gonçalo Moniz (IGM) em pesquisa voltada para o diagnóstico sorológico da Doença de Chagas através de proteí­nas recombinantes quiméricas.

Raiana dos Anjos Moraes, Programa de Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa. Instituto Gonçalo Moniz – Fiocruz Bahia.

Graduada em Farmácia pela Universidade Federal da Bahia (2016) e com perí­odo sanduí­che na University of Illinois at Chicago (2015), Estados Unidos. Realizou o mestrado no Programa de Pós-Graduação em Farmácia da Universidade Federal da Bahia, na linha de pesquisa de Bioprospecção e Planejamento de Fármacos, na área de Farmacologia Cardiovascular. Possui experiência em fisiologia e farmacologia do sistema cardiovascular, com ênfase no estudo com produtos naturais. Atualmente é doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa do CPqGM-Fiocruz.

Ramona Tavares Daltro, Programa de Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa. Instituto Gonçalo Moniz – Fiocruz Bahia.

Biotecnologista formada pela Universidade Federal da Bahia (2018). Mestranda em Biotecnologia
em Saúde e Medicina Investigativa do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz - CPqGM/FIOCRUZ, atuando
no Laboratório Avançado de Saúde Pública (LASP) do Instituto Gonçalo Moniz (IGM) em pesquisa
voltada para o diagnóstico da Doença de Chagas com proteí­nas recombinantes.

Juliendrios Caetano Santos Oliveira, Pós-Graduação em Desenvolvimento de Aplicações e Games para Dispositivos Móveis - Instituto Federal da Bahia

Analista de sistema formado em Sistema de Informação pela Faculdade Dom Pedro II (2019).
Graduando em Tecnologia em Jogos Digitais pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) - Campus Lauro de Freitas
Pós-graduando em Desenvolvimento de Aplicações e Games para Dispositivos Móveis pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) - Campus Salvador

Qeren Hapuk Rodrigues Ferreira Fernandes, Programa de Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa. Instituto Gonçalo Moniz – Fiocruz Bahia.

Formada em Biotecnologia pela Universidade Federal da Bahia, mestrado em Biociência pela Universidade Federal da Bahia, cursando doutorado pelo Instituto Gonçalo Moniz, Fiocruz. Doutorado no curso de pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa com enfase em epidemiologia e genética médica.

Referências

Zanon AV, Machado ADT. A visão do cotidiano de um cientista retratada por estudantes iniciantes de licenciatura em quí­mica. Ciências & Cognição, v. 18, n. 1, p. 46-56, 2013.

Gil-Pérez D, Montoro IF, Alí­s JC, Cachapuz A, Praia J. Para uma imagem não deformada do trabalho cientí­fico. Ciência & Educação, v. 7, n. 2, p. 125-153, 2001.

Kosminsky L, Giordan M. Visões de ciências e sobre o cientista entre estudantes do Ensino Médio. Quí­mica Nova na Escola. São Paulo, n. 15, p. 11-18, 2002.

Fernández I, Gil-Pérez D, Carrascosa J, Cachapuz A, Praia J. Visiones deformadas de la ciência transmitidas por la enseñanza. Enseñanza de las ciencias. v. 20, n. 3, p. 477-488, 2002.

Pombo FMZ e Lambach M. As visões sobre ciência e cientistas dos estudantes de quí­mica da EJA e as relações com os processos de ensino e aprendizagem. Quí­m. nova esc. – São Paulo-SP, BR. Vol. 39, N° 3, p. 23237-244, 2017.

Regiani A, Gomes C, Souza M, Brito C. Seguindo os passos de sherlock holmes: experiência interdisciplinar em encontro de divulgação cientí­fica. Revista Ensaio. v 14. nº 185, 2012.

Tomazi AL, Pereira AJ, Schuler CM, Piske K, Tomio D. O que é e quem faz ciência? Imagens sobre a atividade cientí­fica divulgadas em filmes de animação infantil. Ensaio: Pesquisa em Educação em Ciências, v. 11, n. 2, 2009.

Silva TFO. Lei 10.639/03: Por uma educação antirracismo no Brasil. Revista Fórum Identidades, v. 12, p. 80-93, 2012. [Internet]. [acesso em 2020 mar 22] Disponí­vel em: http://www.seer.ufs.br/index.php/interdisciplinar/article/view/1010/871

Brasil. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasí­lia: MECSECAD/SEPPIR /INEP, 2004.

Borda OF. Aspectos Teóricos da Pesquisa Participante: considerações sobre o significado e o papel da ciência na participação popular. IN: BRANDíO, Carlos Rodrigues (org.). Pesquisa participante. 8. ed., São Paulo: Brasiliense, p. 42-62, 1990.

Alves L e Bianchin MA. O jogo como recurso de aprendizagem. Rev. psicopedag. vol.27, n.83 pp. 282-287, 2010 . [Internet]. [acesso em 2020 mar 22] Disponí­vel em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862010000200013&lng=pt&nrm=iso ISSN 0103-8486.

Falkembach GAM. O Lúdico e os Jogos Educacionais. Mí­dias na Educação. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. s/d.

Gruber R, Sousa AL, Campos DB. Desenvolvimento de Jogo da Memória Educativo Infantil utilizando Realidade Aumentada para Plataformas Android. Revista Tecnologias na Educação, n.11, 2014.

Kishimoto, T. M. (2017). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. Cortez editora.

Legey, A. P., de Abreu Mól, A. C., Barbosa, J. V., & Coutinho, C. M. (2012). Desenvolvimento de Jogos Educativos Como Ferramenta Didática: um olhar voltado í formação de futuros docentes de ciências. Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, 5(3), 49-82.

History of Scientific Women. Alice Ball. [Internet]. [acesso em 2020 mar 23] Disponí­vel em: https://scientificwomen.net/women/ball-alice-121

Physics Today. Arthur B. C. Walker. [Internet]. [acesso em 2020 mar 23] Disponí­vel em: https://physicstoday.scitation.org/do/10.1063/PT.6.6.20180824a/full/

Alvim, Mariana. Os bastidores e resultados da corrida de cientistas brasileiros para sequenciar coronaví­rus em tempo recorde. BBC News: São Paulo. [Internet]. [acesso em 23 mar 2020]. Disponí­vel em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-51685638

Lifewire. Jerry Lawson. [Internet]. [acesso em 2020 mar 23] Disponí­vel em:https://www.lifewire.com/jerry-lawson-video-game-professional-729586

Nasa. National Aeronautics and Space Administration. Katherine Johnson. [Internet]. [acesso em 2020 mar 24] Disponí­vel em: https://www.nasa.gov/content/katherine-johnson-biography

U.S. National Library of Medicine. Mae Jemison. [Internet]. [acesso em 2020 mar 24] Disponí­vel em: https://cfmedicine.nlm.nih.gov/physicians/biography_168.html

PeoplePill. Mary Beatrice Davidson Kenner. [Internet]. [acesso em 2020 mar 24] Disponí­vel em: https://peoplepill.com/people/mary-beatrice-davidson-kenner/

Vasconcelos PA. Milton Santos: Geógrafo e Cidadão do Mundo (1926-2001) [Internet]. Salvador: Afro-Asia (UFBA. Impresso), v. 25-26, p. 369-405, 2001. [acesso em 2020 mar 24]. Disponí­vel em: https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/3663/1/afroasia_n25_26_p369.pdf

Sandvik Coromant. Nadia Ayad. [Internet]. [acesso em 2020 mar 24]. Disponí­vel em: https://www.sandvik.coromant.com/en-gb/aboutus/lookingahead/pages/the-graphene-challenge.aspx

U.S. National Library of Medicine. Patricia E. Bath. [Internet]. [acesso em 2020 mar 25]. Disponí­vel em: https://cfmedicine.nlm.nih.gov/physicians/biography_26.html

American Chemical Society National Historic Chemical Landmarks. Percy Julian: Synthesis of Physostigmine. [Internet]. [acesso em 2020 mar 25]. Disponí­vel em: https://www.acs.org/content/acs/en/education/whatischemistry/landmarks/julian.html

Confea. Conselho Federal de Engenharia e Agronomia. Theodoro Fernandes Sampaio. [Internet]. [acesso em 2020 mar 25]. Disponí­vel em: http://www.confea.org.br/theodoro-fernandes-sampaio

Savi, S., Wangenheim, C.G.; Ulbricht, V. & Vanzin, T. (2010). Proposta de um modelo para avaliação de jogos educacionais. RENOTE, 8(3).

Moura, A. F., & Lima, M. G. (2014). A Reinvenção da Roda: Roda de Conversa, um instrumento metodológico possí­vel. Universidade Federal da Paraí­ba. Revista Temas em Educação, 23(1), 95.

Downloads

Publicado

2020-12-02