DIAGNÓSTICO DE MIOCARDITE POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA CARDÍACA: REVISÃO DE LITERATURA

Autores

  • Roberto Camilo Reis Faculdades de Ciências Médicas de São Paulo
  • Leandro Nobeschi Faculdades de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Faculdades Metropolitanas Unidas, Universidade de Santo Amaro.
  • Irineu Takanobu Shito Faculdades de Ciências Médicas de São Paulo.
  • Valéria Fragalle Setor de Diagnóstico por Imagem do Hospital São José de São Paulo (HSJSP) – São Paulo (SP), Brasil.
  • Rafael Eidi Goto Faculdades de Ciências Médicas de São Paulo.
  • Bergman Nelson Sanchez Munhoz Faculdades de Ciências Médicas de São Paulo, Universidade Nove de Julho.
  • Homero José de Farias e Melo Faculdades de Ciências Médicas de São Paulo, Centro Universitário São Camilo.

Palavras-chave:

Diagnóstico de Miocardite, Ressonância Magnética Cardí­aca, Diagnóstico Cardí­aco por Ressonância Magnética, Miocardiopatias.

Resumo

Define-se miocardite como um processo inflamatório do miocárdio, associado à disfunção cardí­aca, podendo ser mediante exposição a agentes infecciosos e quí­micos, processos inflamatórios e autoimunes ou drogas, pode acometer outras estruturas cardí­acas, sendo mais comum o pericárdio. A grande variedade de apresentação clí­nica da miocardite estende-se desde casos assintomáticos a episódios de morte súbita. Quando sintomáticos sabe-se que a insuficiência cardí­aca é a apresentação clí­nica mais frequente. O acometimento por miocardite ocasiona alterações eletrocardiográficas tí­picas, significativas e importantes, podendo eventualmente ser semelhantes a achados do quadro de sí­ndrome coronariana. O método diagnóstico de miocardite por RM, está adquirindo importância singular e imprescindí­vel na investigação e elucidação nos casos considerados clinicamente suspeitos, principalmente quando o diagnóstico anteriormente dependia exclusivamente de biópsia miocárdica. O objetivo desta revisão literária é apresentar a importância do método de diagnóstico por Ressonância Magnética nos estudos de miocardite e patologias associadas.

Referências

Gonçalves EC, Rustum MD, Oliveira TML, Maciel W. Taquicardia ventricular de difí­cil controle em caso atí­pico de miocardite com acometimento de ventrí­culo direito. Rev Bras Cardiol. 2011;24(6):387-90.

Schettino CDS, Martelo S, Deus F, Vargas A, Paschoal M, Tassi E, et al. Diagnóstico clí­nico e radiológico da miocardite aguda e uma complicação não-usual. Rev SOCERJ. 2008;21(5):338-44.

Barranhas AD, Santos AASMD, Coelho Filho OR, Marchiori E, Rochitte CE, Nacif MS. Ressonancia magnética cardí­aca na prática clí­nica. Radiol Bras. 2014;47(1):1-8.

Bezerra LB, Marchiorri E, Pontes PV. Avaliação da função cardí­aca por ressonância magnética com sequencias em equilí­brio estável: Segmentadas x Tempo Real. Radiol Bras. 2006;39(5):333-9.

Almeida AR, Lopes LR, Duarte S, Miranda R, Almeida S, Cotrim C, et al. A importância da ressonância magnética cardí­aca no diagnóstico de miocardite: caso clí­nico. Rer Port Cardiol. 2010;29(7-8):1261-8.

Pinto IM, Luz PL, Magalhães HM, Pavanello R, Abizaid A, Kambara AM, et al. Consenso SOCESP-SBC Ressonância Magnética em Cardiologia. Arq Bras Cardiol. 1995;65(5):451-7.

Mahrholdt H, Goedecke C, Wagner A, Meinhardt G, Athanasiadis A, Vogelsberg H, et al. Cardiovascular magnetic resonance assessment of human myocarditis: a comparison to histology and molecular pathology. Circulation. 2004;109(10):1250-8.

Miller S, Simonetti OP, Carr J, Kramer U, Finn JP. MR imaging of the heart with cine true fast imaging with steady-state precession: influence of spatial and temporal resolutions on left ventricular functional parameters. Radiology. 2002;223(1):263-9.

Loureiro R, Favaro D, Baptista L. ABC da ressonância magnética cardí­aca – parte 2: perfusão, viabilidade e anatomia coronariana. Rev Imagem. 2003;25(1):75-8.

Gerber BL, Garot J, Bluemke DA, Wu KC, Lima JA. Accuracy of contrast-enhanced magnetic resonance imaging in predicting improvement of regional myocardial function in patients after acute myocardial infarction. Circulation. 2002; 106:1083-1089.

Abdel-Aty H, Boye P, Zagrosek A, Wassmuth R, Kumar A, Messroghli D, et al. Diagnostic performance of cardiovascular magnetic resonance in patients with suspected acute myocarditis: comparison of different approaches. J Am Coll Cardiol. 2005;45:1815-22.

Grupo de Estudos de Ressonância e Tomografia Cardiovascular (GERT) do Departamento de Cardiologia Clí­nica da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Rochitte CE, Pinto IM, Fernandes JL, Azevedo Filho CF, Jatene A, et al. I cardiovascular magnetic resonance and computed tomography guidelines of the Brazilian Society of Cardiologia – Executive summary. Arq Bras Cardiol. 2006;87(3):48-59.

Deux JF, Maatouk M, Lim P, Vignaud A, Mayer J, Gueret P, et al. Acute myocarditis: diagnostic value of contrast-enhanced cine steaty-state free precession MRI sequences. AJR Am J Roentgenol. 2011;197(5):1081-7.

Olimulder MA, Van ESJ, Galjee MA. The importance of cardiac MRI as a diagnostic tool in viral myocarditis-induced cardiomyopathy. Neth Heart J. 2009:17(12):481-6.

American College of Cardiology Foundation Task Force on Expert Consensus Documents, Hundley WG, Bluemke DA, Finn JP, Flamm SD, Fogel MA, et al. ACCF/ACR/AHA/NASCI/SCMR 2010 expert consensus document on cardiovascular magnetic resonance: a report of the American College of Cardiology Foundation Task Force on Expert Consensus Documents. J Am Coll Cardiol. 2010;55(23):2614-62.

Pinto IMF, Sousa AGMR, Ishikawa W, Sasdelli Neto R, Mattos LAP, Sousa JEMR. Ressonância Magnética e Tomografia Computadorizada no Diagnóstico de Insuficiência Coronária. Rev Bras Cardiol Invas. 2006;14(2):168-77.

Cabanelasa N, Ferreira MJV, Donato P, Gaspar A, Pinto J, Caseiro-Alves F, et al. A ressonância magnética cardí­aca como uma mais-valia no diagnóstico etiológico de arritmias ventriculares. Rev Port Cardiol. 2013;32(10):785-91.

Downloads

Publicado

2016-12-28

Edição

Seção

Artigo Teórico