Formação do cluster tecnologico de São José dos Campos: trajetórias e implicações / technological clustering in São Jose dos Campos: trajectories and implications.
Palavras-chave:
Empreendedorismo tecnológico, Internacionalização, Desenvolvimento regional.Resumo
Este artigo analisa a relação entre empreendedorismo, inovação e trajetórias de crescimento das empresas do cluster tecnológico de São José dos Campos, São Paulo. A pesquisa aplicada é do tipo exploratório-descritivo, apoiada por pesquisa documental e aplicação de questionários em uma amostra não probabilística. Os resultados evidenciam uma reorganização social relevante desde a implantação do Centro Tecnológico de Aeronáutica - CTA, e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA, na década de 1950, coincidindo com o ingresso de empresas multinacionais, atraídas pela localização, oferta de mão-de-obra qualificada e de incentivos fiscais. Desde então, a cidade tem experimentado um fluxo migratório intenso de profissionais, professores, estudantes civis e militares. O CTA e o ITA têm gerado alto nível de transbordamento do conhecimento tecnológico para as empresas dos setores aeroespacial, automobilístico e petroquímico. Com isso, houve um consistente desenvolvimento social e econômico. Não obstante, as pequenas e médias empresas de base tecnológica são dependentes das empresas motrizes locais, resultando em estágios incipientes de internacionalização.
Referências
Amato Neto, J. (2000). Redes de cooperação produtiva e clusters regionais: oportunidades para as pequenas e médias empresas. São Paulo: Atlas.
Amato Neto, J. (2009). Gestão de sistemas locais de produção e inovação (clusters/APLs): um modelo de referência. São Paulo: Atlas.
Barros, A. A. & Pereira, C. M. M. A. (2008, out/dez). Empreendedorismo e crescimento econômico: uma análise empírica. Revista Brasileira de Administração Contemporânea, Curitiba,12(4), 45-62.
Cassiolato, J. E. & Lastres, M. M. (2001). Arranjos e sistemas produtivos locais na indústria brasileira. Revista de economia contemporânea, 5. Rio de Janeiro: UFRJ.
Dedecca, C., Montali, L. & Baeninger, R. (org.). (2009, março). Regiões Metropolitanas e Polos Econômicos do Estado de São Paulo: desigualdades e indicadores para as Políticas Sociais. Polo Econômico de São José dos Campos. São Paulo/Campinas: UNICAMP/ FINEP/NEPP/NEPO/IE.
Freeman, C. & Soete, L. (2008). A Economia da Inovação Industrial - Clássicos da Inovação. Campinas: Unicamp.
Freeman, C. & Soete, L.(1984). Inovação e Ciclos Longos de Desenvolvimento Econômico. Revista Ensaios FEE , Porto Alegre, 5(1), 5-20.
Gil, A. C. (2011). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social (6. ed.). São Paulo: Atlas.
Guimarães, S. M. K.& Azambuja, L. R. (2010, jan/abr) Empreendedorismo high-tech no Brasil: condicionantes econômicos, políticos e culturais. Revista Sociedade e Estado, 25(1), 93-121. Recuperado em 23 abril, 2013, de http://dx.doi.org/10.1590/S0102-69922010000100006
Honório, L. & Rodrigues, S. B. (2006). Aspectos motivacionais e estratégicos na internacionalização de empresas Brasileiras. Revista de Administração de Empresas, Minas Gerais, 5(ed. Especial), 86-97.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades. - São José dos Campos. Recuprado em 5 novembro, 2011, de http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1
Johanson, J. & Vahlne, J.E. (2006). Commitment and opportunity development in the internationalization process: a note on the Uppsala Internationalization Process Model. Management International Review, 46(2),165-178.
Kondratieff, N. D. & Stolper, W. F. (1935). The long waves in economic life. The Review of Economics and Statistics, 17(6), 105-115. Recuperado em 11 de março, 2010, de http://www.jstor.org/pss/1928486
Marckun, P. (2009). Silicon Valley and Route 128: Two Faces of the American Technopolis. Netvalley. A New Home for the Mind. Feb. 23, 2009. Recuperado em 23 fevereiro, 2009, de http://www.netvalley.com/archives/mirrors/sv&128.html
Nelson, R. R. & Winter, S. G. (2005). Uma teoria evolucionária da mudança econômica. Campinas: UNICAMP.
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. (2013). Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Recuperado em 22 agosto, 2013, de http://www.pnud.org.br/IDH/Atlas2013.aspx?indiceAccordion=1&li=li_Atlas2013
Penrose, E.T. (1959). The theory of the growth of the firm. Oxford: Blackwell.
Prefeitura do Município de São José dos Campos. (2011). Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. Recuperado em 5 novembro, 2011, de <http://www.sjc.sp.gov.br/secretarias/desenvolvimento_economico.aspx
Pindyck, R. S. & Rubinfeld, D. L. (1999). Microeconomia (4. ed.). São Paulo: Makron Books.
Resende, S. F. & Versiani, A. F. (2010, jan/mar). Em direção a tipologias de processo de internacionalização. Revista de Administração de Empresas, 50(1), 24-35.
Rosenberg, N. & Frischtak, C. R. (1983, dez). Inovação Tecnológica e os ciclos de Kondratiev. Revista de Pesquisa e Planejamento Econômico, 13(3), 675-706.
Santos, I. C. (2010). Empreendedorismo, Inovação e Desenvolvimento Regional: Um estudo de empresas regionais de base tecnológica. Relatório de Pós-doutorado. Instituto Tecnológico da Aeronáutica. São Paulo: ITA.
Santos, I. C., De Paula, R. M., Oliveira, E. A. A. Q., Moraes, M. B. & Luz, M. S. (2009). De rural a urbana: impactos da criação do polo aeronáutico brasileiro sobre a localidade. Anais do Congresso da Associação Brasileira de Metalurgia Materiais e Mineração, Belo Horizonte. MG, Brasil, 64.
Saxenian, A. (1994). Regional advantages: culture and competition in Silicon Valley and Route 128. Cambridge: Harvard University Press.
Schumpeter, J. A. (1982). Teoria do Desenvolvimento Econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico. São Paulo: Abril Cultural.
Tebechrani Neto, G. D. (2009). Ascensão e Hegemonia da Convenção do Desenvolvimento no Pós-Guerra: evidências na literatura de ciclos e ondas longas. Anais do Encontro Nacional de Economia Política, São Paulo, SP, Brasil, 14. Recuperado em 12 março. 2010, de http://www.sep.org.br/artigo/1634_c901132d255c5c48e6a1cf271b0b0655.pdf
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
- O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
- O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
- A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
- É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigos às normas da publicação
- Os Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).