O OLHAR E AS PRÁTICAS DOS GESTORES INDUSTRIAIS SOBRE O PATRIMÔNIO AMBIENTAL EM JOINVILLE/SC

Autores

  • Mariluci Neis Carelli Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE
  • Roberta Barros Meira Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE
  • Maria Ester Menegasso Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
  • Maria Luiza Schwarz Pesquisadora independente

Palavras-chave:

Patrimônio ambiental, práticas de gestores, indústria

Resumo

 

O estudo aqui apresentado tem como objetivo contribuir com a discussão sobre os conhecimentos que fundamentam o trabalho de profissionais que atuam em gestão do patrimônio ambiental na indústria.  Pode-se dizer que os problemas ambientais são consequências do modo de vida especí­fico das sociedades industrializadas e da concepção de mundo que as sustentam. A discussão sobre a gestão do patrimônio ambiental suscitará a análise do modelo de sociedade em que vivemos e a discussão sobre os conhecimentos norteadores para a gestão desse patrimônio na esfera ambiental. A metodologia de pesquisa adotada é de natureza qualitativa. Participaram da pesquisa 26 profissionais que atuam em programas de gestão ambiental de seis indústrias, certificadas pela ISO 14001, em Joinville-SC. Os resultados do estudo apontam um conjunto de conhecimentos que requerem a apreensão da realidade de forma interdisciplinar, decorrentes de processos não-lineares, não determiní­sticos, demandados pela necessidade de mundo sustentável.

Biografia do Autor

Mariluci Neis Carelli, Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE

Bacharel em Serviço Social (1985), mestre em Sociologia Polí­tica (1992) e Doutora em Engenharia da Produção (2004), pela Universidade Federal de Santa Catarina. Tem experiência em gestão universitária, foi Pró-Reitora de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão, Coordenadora de Pesquisa e Extensão na Universidade da Região de Joinville. Nesta Universidade é docente titular nos cursos graduação e pós-graduação, atualmente é coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade. Realiza estudos na área de cultura e sustentabilidade, atuando principalmente nos seguintes temas: patrimônio cultural ambiental e paisagens culturais.

Roberta Barros Meira, Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE

Bacharel e licenciada em História pela Universidade Federal Fluminense (2005), mestrado e doutorado em História Econômica pela Universidade de São Paulo. Docente do Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade e do Departamento de História da Universidade da Região de Joinville - Univille. Tem experiência na área de História do Brasil, com estudos no campo do patrimônio ambiental e polí­ticas agrí­colas.

Maria Ester Menegasso, Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC

Maria Ester Menegasso concluiu o doutorado em engenharia de produção pela Universidade Federal de Santa Catarina em 1998. Atualmente é professora titular da Universidade do Estado de Santa Catarina, sendo Diretora Geral do Centro de Educação Superior da Foz do Itajaí­ (CESFI) e Coordenadora do Curso de Administração Pública. Publicou 21 artigos em periódicos especializados e 55 trabalhos em anais de eventos. Possui 2 softwares e outros 97 itens de produção técnica. Participou de 59 eventos no Brasil. Entre 2000 e 2015 participou de 16 projetos de pesquisa, sendo que coordenou 7 destes. Atua nas áreas de Administração Pública e de Serviço Social. Em seu currí­culo lattes os termos mais frequentes na contextualização da produção cientifica, tecnológica e artí­stico-cultural são: administração pública, organizações, gestão, terceiro setor, economia solidaria, trabalho, trabalho e renda, geração de trabalho e renda, empregabilidade, responsabilidade social, coprodução do bem público, capital social e governança pública.

Maria Luiza Schwarz, Pesquisadora independente

Licenciada em Geografia pela Universidade da Região de Joinville, possui doutorado em Geografia Humana e Ambiental pela Université de Montréal, Pós-doutorado em Geografia Humana pela mesma universidade. Foi professora adjunta da Universidade Federal de Campina Grande, Campus Cajazeiras (CFP) de julho de 2010 até fevereiro 2014. Atuando principalmente com as disciplinas de Prática de Ensino da Geografia Humana, Geografia Econômica e Educação Ambiental. Possui experiência na área de Geografia Humana e seus interesses de pesquisa estão relacionados com as Representações em Geografia; Representações da biodiversidade; Preferências e valores para com as paisagens; Representações da ígua em Regiões Semiáridas, Representações e impactos psicossociais ligados a implantação de obras públicas, Meio Ambiente, Valores, Conhecimento Popular, Representações e Gênero. Representações sobre o Patrimônio Urbano. Atualmente é professora colaboradora do Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade da UNIVILLE. Sua pesquisa atual remete ao conhecimento popular e tradicional sobre as hortas e jardins na região de Joinville e sobre os valores para com a biodiversidade na região. Colabora em projetos sobre Indicação Geográfica e Desenvolvimento Territorial. Participa do Grupo de Pesquisa GESTAR: Território, Trabalho e Cidadania (Universidade Federal da Paraí­ba).

Referências

Azevedo, J. C. (2007). Public education: the challenge of quality. Estudos Avançados, 21(60), p. 7-26.

Bandeira, D. R. (2010). Sambaquianos: os mais antigos habitantes da Baí­a da Babitonga. In: MASJ. Joinville: primeiros habitantes. Joinville: Casa Aberta.

Burke, P. (2012). Uma história social do conhecimento 2. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

CIMM – Centro de Informação Metal Mecânica. Disponí­vel em:< http://www.cimm.com.br/portal/>. Acesso em: 15 set. 2016.

Dean, W. (2004). A ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica brasileira. São Paulo: Cia. das Letras.

Diegues, A. C. (2004). O mito moderno da natureza intocada. São Paulo: Annablume.

Epstein, M. J. e Buhovac, A. R. (2014). Making sustainability work: best practices in managing and measuring corporate social environmental and economic impacts. California: BK-Berrett Koehler.

Franchini, M.; Viola, E.; Barros-Platiau, A. (2017). The challenges of the anthropocene: from international environmental Politics to global governance. Ambiente e Sociedade, Campinas, XX, p. 177-202.

IPPUJ - Fundação Instituto de Pesquisa e Planejamento para o Desenvolvimento Sustentável de Joinville. Joinville cidade em dados 2017. (2017). Joinville: Prefeitura Municipal de Joinville. Disponí­vel em: < https://www.joinville.sc.gov.br/wp-content/uploads/2016/01/Joinville-Cidade-em-Dados-2017.pdf>. Acesso em: 19 out. 2017.

Geertz, C. (2015). A interpretação das culturas. São Paulo: LTC.

Girelli, F. (2016). Um olhar sobre o manguezal: as representações dos moradores do Bairro Espinheiros numa perspectiva do Patrimônio Natural. Dissertação de Mestrado MPCS/ Univille, Joinville.

Guerreiro Ramos, A. (1981). A nova ciência das organizações. Rio de Janeiro: FGV.

___. (1983). Administração e contexto brasileiro. Rio de Janeiro: FGV.

___. (1984). Modelos de homem e a teoria administrativa. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, 18, (2), p.3-12.

Heller, A. (2011). O quotidiano e a história. 8.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Japiassu, H. (1992). Introdução ao pensamento epistemológico. 6.ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves.

IBGE. Senso Demográfico. 2013. Disponí­vel em:< http://cidades.ibge.gov.br/xtras/temas.php?lang=&codmun=420910&idtema=1&search=santa-catarina|joinville|censo-demografico-2010:-sinopse->. Acesso em: 15 out. 2016.

Konstantinov, F.V. (1975). Os fundamentos da filosofia marxista- leninista. Portugal: Novo Curso Editora.

Kuhn, T. (2010). A estrutura das revoluções cientí­ficas. 10.ed. São Paulo: Perspectiva.

Leff, E. (2011). Epistemologia ambiental. 5.ed. São Paulo: Cortez.

Li, X. (2017). Industrial ecology and industry symbiosis for environmental sustainability: definitions, frameworks and applications. Sheffield: Palgrave Pivot and Springer.

Meneses, U. T. B. (2012). O campo do patrimônio cultural: uma revisão de premissas. Conferência Magna. I Fórum Nacional do Patrimônio Cultural. I vol.1 In: IPHAN. I Fórum Nacional do Patrimônio Cultural: Sistema Nacional de Patrimônio Cultural: desafios, estratégias e experiências para uma nova gestão, Ouro Preto/MG, 2009. Anais, v.2, tomo 1. Brasí­lia: IPHAN.

Miller, R. B. (1998). Social Science and the challenge of global environmental change. Internacional Social Science Journal, 50(157), sep.

Morin, E. (2002). O método II. Porto Alegre: Sulina.

Morin, E. (2005). O método III. 3.ed. Porto Alegre: Sulina.

Morin, E. (2000). Sociologie. França: Point"™s.

Morin, E. (2001). A cabeça bem-feita. 5.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

Morin, E. (2003). Para sair do século XX. 30.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

Pineault, É. (2017). Quelle économie, pour quelle écologie? De l"écologie humanie au métabolisme social. In: Brunet, Normand et all. L"™espoir malgré tout: lóeuvre de Pierre Dansereau er l"™avenir des sciences de lénvironnement. Québec: Presses de l"™Université du Québec.

Perrenoud, P. (2002). A prática reflexiva no ofí­cio do professor: profissionalização e razão pedagógica. Porto Alegre: Artmed.

Rattner, H. Sustentabilidade - uma visão humanista. (1999). Revista Ambiente & Sociedade, São Paulo, II(5), p. 233-240, 2 sem.

Redclift, M. (2010). The international handbook of environmental sociology. Northampton, MA: Edward Elgar.

Sachs, I. (1998). The Logisc of Development". Internacional Social Science Journal, 157, sep.

SANTOS, M. (2017). The shared space. EUA: Routledge.

SCHÖN, D. A. (2000). Educando o profissional reflexivo. Porto Alegre: Artmed.

TARNAS, R. (2002). A epopéia do pensamento ocidental. 5.ed. Rio de Janeiro: Bertrand.

THOMAS, K. (2010). O homem e o mundo natural: mudanças de atitude em relação í s plantas e aos animais (1500 – 1800). São Paulo: Companhia das Letras.

Downloads

Publicado

2020-02-26

Como Citar

CARELLI, M. N.; MEIRA, R. B.; MENEGASSO, M. E.; SCHWARZ, M. L. O OLHAR E AS PRÁTICAS DOS GESTORES INDUSTRIAIS SOBRE O PATRIMÔNIO AMBIENTAL EM JOINVILLE/SC. Revista Metropolitana de Sustentabilidade (ISSN 2318-3233), São Paulo, v. 9, n. 3, p. 123, 2020. Disponível em: https://revistaseletronicas.fmu.br/index.php/rms/article/view/1991. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos