Responsabilidade Social Corporativa, Reclamações e Retorno Sobre o Patrimônio Lí­quido: estudo em bancos atuantes no Brasil no segundo semestre de 2014

Autores

  • Natália Sarellas Martins Universidade de Brasí­lia (UnB)
  • Carlos André de Melo Alves Universidade de Brasí­lia (UnB)

Palavras-chave:

Responsabilidade Social Corporativa, Retorno sobre o Patrimônio Lí­quido, Reclamações, Bancos.

Resumo

O objetivo geral deste estudo foi investigar a associação entre o í­ndice de reclamações e o retorno sobre o patrimônio lí­quido (RSPL) de bancos atuantes no Brasil, no segundo semestre de 2014. Tratou-se de um estudo descritivo e correlacional, com abordagem quantitativa. O referencial teórico apresentou as reclamações, a partir da perspectiva da responsabilidade social corporativa (RSC), e o RSPL, no contexto da rentabilidade em bancos. A amostra intencional abrangeu 22 bancos constantes do Ranking de Reclamações do Banco Central no segundo semestre do mesmo ano. O tratamento dos dados empregou análises descritiva e inferencial não paramétrica, com o uso do Teste Shapiro-Wilk e Correlação de Spearman. Para o total de bancos da amostra, os resultados sinalizaram associações inversas e significativas entre os í­ndices de reclamações e o RSPL. Considerando bancos com mais e com menos de 2 milhões de clientes, as associações também foram inversas, mas de uma maneira geral não significativas. Espera-se que os resultados desta pesquisa possam contribuir para reflexões de acadêmicos, reguladores, acionistas, usuários e demais interessados no estudo da associação entre indicadores de desempenho social e indicadores de desempenho econômico-financeiro de bancos atuantes no Brasil.

Biografia do Autor

Natália Sarellas Martins, Universidade de Brasí­lia (UnB)

Formada em Administração pela Universidade de Brasí­lia (UnB). Integrante do LInSE - Laboratório de Estudos e Pesquisas em Inovação e Serviços, certificado pelo CNPq e DPP/UnB e colaboradora do blog Economia de Serviços.

Carlos André de Melo Alves, Universidade de Brasí­lia (UnB)

Doutor em Administração e professor Adjunto do Departamento de Administração da Universidade de Brasí­lia.

Referências

Alves, C. A. M.; Gaspar, D. T.; Martins, N. S. (2014). Responsabilidade Social Corporativa e Reclamações: uma análise considerando os maiores bancos públicos e privados no Brasil. Revista Eletrônica Gestão & Saúde, Edição Especial, pp. 3191-3215.

Alves, C. A. M.; Machado Filho, C. A. P. (2014). Os princí­pios de governança corporativa e a atuação das ouvidorias em instituições bancárias no Brasil. GEPROS. Gestão da Produção, Operações e Sistemas, 9 (2), pp. 51-63.

Assaf Neto, A. (2012) Estrutura e Análise de Balanços: um enfoque econômico-financeiro (8ª ed.). São Paulo, SP: Atlas.

Circular nº3.289, de 31 de agosto de 2005. (2005). Dispõe sobre a constituição e a implementação, no Banco Central do Brasil, do Sistema de Registro e Denúncias, Reclamações e Pedidos de Informações (RDR). Recuperado em 17 de maio de 2015, de http://www.bcb.gov.br/pre/normativos/circ/2005/pdf/circ_3289_v1_O.pdf

Circular nº 3.729, de 17 de novembro de 2014. (2014). Altera a denominação do Sistema de Registro de Denúncias, Reclamações e Pedidos de Informação (RDR) instituí­do pela Circular nº 3.289, de 31 de agosto de 2005, e o tratamento de registros nesse sistema. Recuperado em 17 de maio de 2015, de http://www.bcb.gov.br/pre/normativos/circ/2014/pdf/circ_3729_v1_O.pdf

Banco Central do Brasil. (2015) Composição e segmentos do Sistema Financeiro Nacional. Recuperado em 27 de junho de 2015, de http://www.bcb.gov.br/?SFNCOMP

Banco Central do Brasil. (2015). Entenda o Ranking. Recuperado em 2 de junho de 2015, de http://www.bcb.gov.br/ranking/entendaNovoRanking.asp?idpai=ranking

Banco Central do Brasil. (2014, segundo semestre) Ranking das Instituições Mais Reclamadas. Recuperado em 2 de junho de 2015, de http://www.bcb.gov.br/?ranking

Banco Central do Brasil. (2014, dezembro). Relatório "˜50 Maiores Bancos e o Consolidado do Sistema Financeiro Nacional"™. Recuperado em 2 de junho de 2015, de http://www4.bcb.gov.br/top50/port/top50.asp

Banco Central do Brasil. (2014, março). Relatório de Estabilidade Financeira, 13, (1), 1-69. Recuperado em 31 de maio de 2015, de http://www.bcb. gov.br/?RELESTAB201403

Carroll, A. B. (1991). The Pyramid of Corporate Social Responsibility: Toward the Moral Management of Organizational Stakeholders. Business Horizons.

Carroll, A. B. (1999). Corporate Social Responsibility: Evolution of a Definitional Construct. Business & Society, 38(3), 268-295.

Clarkson, M. B. E. (1995) A Stakeholder Framework for Analysing and Evaluating Corporate Social Performance. Academy of Management Review, 20(1), pp. 92-117.

Crisóstomo, V. L., Freire, F. S., & Soares, P. M. (2012, out./dez.) Uma Análise Comparativa da Responsabilidade Social Corporativa entre o Setor Bancário e outros no Brasil. Revista Contabilidade Vista & Revista, 23(1), pp. 103-128.

Davis, K. (1960) Can business afford to ignore social responsibilities? California Management Review, 2(3), pp. 70-76.

European Central Bank. (2010, September). Beyond ROE – How to Measure Bank Performance, Appendix to the report on EU banking structures. Recuperado em 25 de setembro de 2015, de https://www.ecb.europa.eu/pub/pdf/other/beyondroehowtomeasurebankperformance201009en.pdf?6e352b368cc493730f90fe880d101b44

Fávero, L. P., Belfiore, P., Silva, F. L., & Chan, B. L. (2009). Análise de dados: modelagem multivariada para tomada de decisões. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier/Campus.

Freeman, R. E. (1994) The Politics of Stakeholder Theory: some future directions. Business Ethics Quarterly, 4(4).

Freeman, R. E., Harrison, J. S., Wicks, A. C., Parmar, B. L., & De Colle, S. (2010). Stakeholder Theory: the State of the Art. New York, NY: Cambridge University Press.

Freeman, R. E., & Reed, D. L. (1983) Stockholders and Stakeholders: A New Perspective on Corporate Governance. California Management Review, XXV(3).

Friedman, M. (1970, September 13) The social responsibility of business is to increase its profits. New York Times Magazine.

Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas. (2008). Balanço Social, Dez Anos: o Desafio da Transparência. Rio de Janeiro, RJ: IBASE.

Lyra, M. G., Gomes, R. C., & Jacovine, L. A. G. (2009) O Papel dos Stakeholders na Sustentabilidade da Empresa: Contribuições para Construção de um Modelo de Análise. Revista de Administração Contemporânea, 13(Edição Especial) pp. 39-52.

Mcwilliams, A., & Siegel, D. (2001). Corporate Social Responsibility: A Theory of the Firm Perspective. Academy of Management Review, 26(1), pp. 117-127.

Pinheiro, J. L. (2014). Mercado de Capitais: fundamentos e técnicas (7ª ed.). São Paulo, SP: Atlas.

Post, J. (1978). Corporate Behavior and Social Change. Reston, VA: Reston Publishing Company.

Sampieri, R. H., Collado, C. F., & Lucio, P. B. (2013) Metodologia de Pesquisa (5ª ed.). São Paulo, SP: McGraw-Hill.

Serpa, D. A. F., & Fourneau, L. F. (2007). Responsabilidade Social Corporativa: uma Investigação Sobre a Percepção do Consumidor. Revista de Administração Contemporânea, 11(3), pp. 83-103.

Siegel, S., & Castellan Jr., N. J. (2006). Estatí­stica Não-paramétrica para Ciências do Comportamento (2ª ed.). Porto Alegre, RS: Artmed.

Vergara, S. C. (2004). Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração (5ª ed.). São Paulo, SP: Atlas.

Downloads

Publicado

2018-05-02

Como Citar

MARTINS, N. S.; ALVES, C. A. de M. Responsabilidade Social Corporativa, Reclamações e Retorno Sobre o Patrimônio Lí­quido: estudo em bancos atuantes no Brasil no segundo semestre de 2014. Revista Metropolitana de Sustentabilidade (ISSN 2318-3233), São Paulo, v. 8, n. 2, p. 21–32, 2018. Disponível em: https://revistaseletronicas.fmu.br/index.php/rms/article/view/1272. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Administração, Contabilidade e Economia