Evidenciação de custos e despesas ambientais nas empresas do segmento de energia elétrica registradas na BOVESPA e no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE)
Palavras-chave:
Relatório de Sustentabilidade, Custos e Despesas Ambientais, Setor Elétrico.Resumo
Percebe-se que o impacto do homem no meio ambiente está mais complexo e nocivo nos últimos tempos. O consumo de recursos naturais, aliado a pressão exercida pela sociedade para o controle, preservação e recuperação ambiental, estimula que as organizações incorporem estratégias de sustentabilidade. Este estudo tem por escopo verificar as fontes geradoras de custos ambientais divulgados no Relatório de Sustentabilidade no ano de 2014. Deste modo, foi verificada a estrutura de divulgação dos custos ambientais pelas empresas brasileiras do segmento de energia cadastradas na Bovespa e no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). Como estratégia de pesquisa adotou-se a análise de conteúdo conforme os critérios do Questionário ISE 2015. A categorização foi feita pela análise dos elementos de evidenciação adaptados do estudo de Rover, Borba e Borgert (2008). Os achados apresentam que grande parte dos custos divulgados são evidenciados de forma qualitativa. Desse modo, infere-se que as informações sobre os aspectos ambientais estão sendo divulgadas, porém limitadas à sua forma descritiva no Relatório de Sustentabilidade. Assim, entende-se que este fato pode estar relacionado à dificuldade de mensuração dos custos de reparação ao meio ambiente.
Referências
AES Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A. Relatório de sustentabilidade 2014. Recuperado em 14 agosto de 2015, de http://aesbrasilsustentabilidade.com.br.
AES Tietê Energia S.A. Relatório de sustentabilidade 2014. Recuperado em 22 de maio de 2017, de www.companhiabrasiliana.com.br/Show.aspx?...iKr5eUxqNQw3SvssaxSFKQ==.
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. RESOLUÇíO No 444, DE 26 DE OUTUBRO DE 2001. Institui o Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica, englobando o Plano de Contas revisado, com instruções contábeis e roteiro para elaboração e divulgação de informações econômicas e financeiras. Brasília, D.O. 29.10.2001, Seção 1, 138(207), p. 139.
Allenby, B. R. (1999). Industrial ecology: Policy framework and implementation. Prentice-Hall: Upper Saddle River.
Bardin, L. (2008). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.
BBC Brasil. (2015). Usina no rio Tapajós repetirá 'caos' de Belo Monte, diz Greenpeace. Reportagem de Thiago Guimarães. Recuperado de http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/09/150928_greenpeace_tapajos_tg em 20 de maio, 2017.
Bolsa de valores, mercadorias e futuros de São Paulo - BM&FBovespa. índice de Sustentabilidade Empresarial - ISE. Recuperado em 25 de setembro de 2015, de http://www.bmfbovespa.com.br/indices/ResumoIndice.aspx?Indice=ISE&idioma=pt-br.
Brasil. Lei nº 9.514, de 20 de novembro de 1997. Dispõe sobre o Sistema de Financiamento Imobiliário, institui a alienação fiduciária de coisa imóvel e dá outras providências. Brasília, DOU 21.11.1997.
Câmara Notícias. (2013). Moradores cobram compensação de impactos ambientais da usina de Estreito. Reportagem de Karla Alessandra. Recuperado em 20 de maio, 2017, de http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/MEIO-AMBIENTE/454700-MORADORES-COBRAM-COMPENSACAO-DE-IMPACTOS-AMBIENTAIS-DA-USINA-DE-ESTREITO.html.
Carvalho, G. M. B. (2007). Contabilidade ambiental: teoria e prática. Curitiba: Juruá.
Cemig Distribuição S.A. Relatório de Sustentabilidade 2014. Recuperado em 22 de maio de 2017, de http://ri.cemig.com.br/static/sustentabilidade-2014/pt.html.
Centrais Elétricas Brasileira S.A. – Eletrobrás. Relatório Anual e de Sustentabilidade 2014. Recuperado em 22 de maio de 2017, de http://www.eletrobrasalagoas.com/arquivos/Relatorio-Anual-e-de-Sustentabilidade-Eletrobras-2014.pdf.
Cia Paranaense de Energia – Copel. Relatório de Sustentabilidade 2014. Recuperado em 22 de maio de 2017, de http://www.copel.com/hpcopel/root/sitearquivos2.nsf/arquivos/relatorio2014/$FILE/RelAnual14.pdf.
Companhia Energética de São Paulo – CESP. Relatório de Sustentabilidade 2014. Recuperado em 14 de agosto de 2015, em http://www.cesp.com.br/portalCesp/portal.nsf/V03.02/Sustentabilidade_Relatorio?OpenDocument&Menu=5%20-%20menu_lateral@@004_001.
Comitê de Pronunciamentos Contábeis. CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Recuperado em 22 de maio de 2017, de http://www.cpc.org.br/CPC/DocumentosEmitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=56.
Clarke, J., & Gibson-Sweet, M. (1999). The use of corporate social disclosure in the management of reputation and legitimacy: a cross sectoral analysis of UK top 100 companies. Business Ethics: An European Review, 8(1), 5-13.
CPFL Energia. Relatório Anual 2014. Recuperado em 14 de agosto de 2015, de http://www.cpfl.com.br/institucional/relatorio-anual/Paginas/default.aspx.
CPFL Energias Renováveis S.A. Relatório Anual 2014. Recuperado em 22 de maio de 2017, de http://extapps.mz-ir.com/rao/cpflrenovaveis/2014/rao.asp?i=0
Dierkes, M., & Preston, L. E. (1997). Corporate social accounting and reporting for the physical environment: a critical review and implementation proposal. Accounting, Organizations and Society, 2 (1), 3-22.
Dreher, M. T., Casagrande, R. M., & Gomes, G. (2012). Inovação e sustentabilidade: desafios da consulto¬ria ambiental. In XV Seminários em Administração, São Paulo: SEMEAD, 2012.
EDP - Energias Do Brasil S.A. Relatório Anual 2014. Recuperado em 22 de maio de 2017, de http://www.edp.com.br/conheca-edp/relatorios/Documents/RS-EDP_2014-09062015.pdf.
FGVces - Faculdade Getúlio Vargas: Centro de Estudos em Sustentabilidade. (2015). Questionário ISE 2015 - Versão Final. Recuperado em 20 de maio de 2017, de http://isebvmf.com.br/questionario-ise-2015-versao-final/?locale=pt-br.
FGVces - Faculdade Getúlio Vargas: Centro de Estudos em Sustentabilidade. (2016). O que é o ISE. Recuperado 20 de maio de 2017, de http://isebvmf.com.br/o-que-e-o-ise?locale=pt-br.
Gubiani, C. A., Santos, V., & Beuren, I. M. (2012). Disclousure Ambiental das Empresas de Energia Elétrica Listadas no índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). Sociedade, contabilidade e Gestão, 7 (2).
Henri, J. F., Boiral, O., & Roy, M. J. (2014). The tracking of environmental costs: motivations and impacts. European Accounting Review, 23 (4), 647–669.
Hinz, R. T. P., Valentina, L. V. D., & Franco, A. C. (2006). Sustentabilidade ambiental das organizações através da produção mais limpa ou pela avaliação do ciclo de vida. Estudos tecnológicos, 2(2), 91-98.
Inatomi, T. A. H., & Udaeta, M. E. M. (2005). Análise dos impactos ambientais na produção de energia dentro do planejamento integrado de recursos. Brasil Japão. Trabalhos 2005. Coordenadoria de Relações Institucionais e Internacionais. Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Recuperado em 20 de maio de 2017, de http://seeds.usp.br/portal/uploads/INATOMI_TAHI_IMPACTOS_AMBIENTAIS.pdf Jacobi, P. (2003). Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa. São Paulo: Autores Associados, 1(18), 189-205.
Jasch, C. (2003). The use of environmental management accounting (EMA) for identifying environmental costs. Journal of Cleaner Production, 11, 667-676.
Kraten, M. (2014). Sustainability-The Accounting Perspective. Your industry. One source.
Light S.A. Relatório de Sustentabilidade 2014. Recuperado em 22 de maio de 2017, de http://www.light.com.br/Repositorio/Sustentabilidade/relatorio_sustentabilidade_2014.pdf.
Lins, C., & Ouchi, H. C. (2007). Desenvolvimento Sustentável–FBDS. "Sustentabilidade corporativa–energia elétrica." Relatório da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável.Sustentabilidade Corporativa – Energia Elétrica. Recuperado em 11 de julho de 2015, de http://fbds.org.br/apresentacoes/FBDS-IMD-EnergiaEletrica.pdf
Machado, M. R. (2010). As informações sociais e ambientais evidenciadas nos relatórios anuais das empresas: a percepção dos usuários. Tese (Doutorado), Universidade de São Paulo, 159.
Martins, G. A., & Theóphilo, C. R. (2007). Metodologia da investigação científica para ciências sociais aplicadas. São Paulo: Atlas.
Profissão Repórter (2016). Usina de Belo Monte causa impactos ambientais e sociais em Altamira (PA). Globo.com. Recuperado em 20 de maio de 2017, de http://g1.globo.com/profissao-reporter/noticia/2016/07/usina-de-belo-monte-causa-impactos-ambientais-e-sociais-em-altamira-pa.html.
Rover, S., Borba, J. A., & Borgert, A. (2008). Como as Empresas Classificadas no índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) evidenciam os Custos e Investimentos Ambientais? Revista de Custos e @gronegócio online. 4 (1).
Santos, A. O., Silva, F. B., Souza, S., & Souza, M. F. R. (2001). Contabilidade Ambiental: Um Estudo sobre sua Aplicabilidade em Empresas Brasileiras. Revista Contabilidade & Finanças, 16 (27), 89-99.
Silva, T. L., Borgert, A., Pfitscher, E. D., & Rosa, F. S. (2014). Disclosure of environmental costs and investments from electricity sector companies listed on ISE BM&FBOVESPA 2011/2012. Custos e @gronegócio on line, 10(2), 970-984.
Tinoco, J. E. P., & Kraemer, M. E. P. (2008). Contabilidade e gestão ambiental (2ª ed). São Paulo: Editora Atlas.
Tractebel Energia S.A. Relatório de Sustentabilidade 2014. Recuperado em 22 de maio de 2017, de http://www.tractebelenergia.com.br/wps/wcm/connect/0974bc6e-dfa1-4638-a5c5-51efd08a8994/Tractebel_RA2014-02-07-15.pdf?MOD=AJPERES&CACHEID=ROOTWORKSPACE0974bc6e-dfa1-4638-a5c5-51efd08a8994.
Udaeta, M. E. M. (1997). Planejamento Integrado de Recursos Energéticos para o Setor Elétrico -PIR- (Pensando o Desenvolvimento Sustentado). Tese de Doutorado, São Paulo: Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
- O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
- O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
- A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
- É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigos às normas da publicação
- Os Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).