EXPOSIÇÃO DOMÉSTICA A CÃES E GATOS NÃO INFLUI NA PREVALÊNCIA OU PADRÃO DE ALERGIAS RESPIRATÓRIAS
Palavras-chave:
Hipersensibilidade, Alergia e Imunologia, animais domésticos, IgE.Resumo
As reações alérgicas tem representado um grande problema de saúde pública na atualidade. Paralelamente, em nossa sociedade a frequência de animais domésticos também tem aumentado. Diversos trabalhos tem objetivado investigar uma possível relação entre estes fatores e tem obtido resultados divergentes. Aqui, objetivamos realizar uma abordagem de importância regional (na cidade de São Paulo) e que considerasse os três principais fatores a serem avaliados para uma confiável avaliação da frequência de alergias: a avaliação in vivo por teste cutâneo de puntura (TCP), a avaliação in vitro dos níveis séricos de IgE específica a alérgenos e, a avaliação clínica dos indivíduos. Neste trabalho os indivíduos foram agrupados de acordo com a presença de animais domésticos em suas residências. As características sócio-demográficas dos indivíduos agrupados são muito semelhantes. Também foi observada uma grande semelhança quanto ao perfil de reatividade avaliado por TCP embora tenha sido observada uma maior frequência de reatividade a cão e aeroalérgenos combinada a uma menor frequência de reatividade a alérgenos de gato nos níveis de IgE especifica. A avliação clínica dos indivíduos mostrou grande semelhança quanto o desenvolvimento de alergias respiratórias entre os grupos. Com isso concluímos que, na população investigada, a convivência com animais domésticos não influi no desenvolvimento de alergias respiratórias. Â
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