GESTÃO DO PATRIMÔNIO GENÉTICO: ANÁLISE DOS NÚMEROS DAS SOLICITAÇÕES NO PERÍODO DE 2008 A 2012

Autores

  • Andréia Maria Martarello Gonçalves FMU, São Paulo,
  • Regiane Marques Sturn
  • Romilda Fabiana de Zenaide Jaremciuc Correa
  • Alexandre Francisco da Silva
  • Mariana do Val Muller
  • Fernanda Tereza de Lima

Resumo

No Brasil, para obter o acesso ao patrimônio genético ou ao conhecimento tradicional associado, para pesquisa cientí­fica, bioprospecção e desenvolvimento tecnológico, a lei ordena que os interessados solicitem autorizações a instituições governamentais responsáveis (Medida Provisória nº 2186/01). Porém o aparato jurí­dico brasileiro colocou entraves à comunidade cientifica, com o intuito de preservar a diversidade biológica, propôs exigências que dificultam o acesso ao processo das solicitações. Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi analisar, o número das solicitações apresentados ao Conselho de Gestão de Patrimônio Genético (CGEN), no perí­odo de 2008 a 2012, verificando a evolução dos dados pertinentes à problemática burocrática e normativa de relacionamento entre a comunidade cientí­fica e as autoridades governamentais do setor. Para isso, foi realizado o levantamento dos números dos processos de solicitados ao CGEN.  Os resultados obtidos demonstraram que tramitaram 1066 processos, porém apenas 43% foram concedidas, e autuados 270 outras solicitações. Evidenciando um percentual baixo de instituições brasileiras que fazem uso da biodiversidade, tem conseguido se adequar à nova regulação e menor ainda é o percentual de sucesso nesse processo. Conclui-se que é preciso condições e capacitação aos participantes ativos do desenvolvimento de produtos advindos da biodiversidade, tornando o Brasil um veí­culo de transformação de seus agentes.

Palavras-chave: biodiversidade, bioprospecção, Conselho de Gestão de Patrimônio Genético, pesquisa cientí­fica

 

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Publicado

2014-01-01

Edição

Seção

Artigos