Abordagem da sustentabilidade nas cadeias de commodities do agronegócio brasileiro a partir de sites governamentais
Tamara Pereira Zanella*
Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Brasil
Edison Luiz Leismann
Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Brasil
Resumo
O objetivo do artigo concentra-se na identificação das práticas sustentáveis presentes no agronegócio brasileiro no setor das commodities a partir da pesquisa nos sites das secretarias estaduais de agricultura, visa-se, portanto, analisar como se dá a abordagem do tema sustentabilidade no agronegócio brasileiro sob ponto de vista governamental. O estudo foi exploratório, utilizou-se de pesquisa bibliográfica para fundamentação teórica e conceitual. Posteriormente pesquisou-se de forma qualitativa em todos os vinte e sete sites estaduais de agricultura, identificou-se a abordagem que a sustentabilidade recebe no material eletrônico encontrado utilizando como palavras de busca: sustentabilidade, agronegócio ou commodities, visto que os mesmos constituem as palavras chave do tema objeto de estudo. As conclusões obtidas indicaram a elevada importância do agronegócio para as economias estaduais em seus mais diversificados produtos. Foi possível constatar também o crescente destaque para sustentabilidade na preocupação da sociedade e consequentemente em seu debate nas gestões governamentais.
Palavras-chave: Sustentabilidade. Agronegócio. Commodities.
Approach to sustainability in commodities chains of Brazilian agribusiness from government sites
Abstract
The purpose of the article focuses on the identification of sustainable practices present in the Brazilian agribusiness in the sector of commodities from the research on the websites of state departments of agriculture, it aims therefore analyze how is addressed the theme of sustainability in agribusiness under point of view of government. The study was exploratory, we used bibliographical research to theoretical and conceptual basis. Later it was researched qualitatively in all twenty-seven state sites of agriculture, identified the approach that sustainability receives the electronic material found using as search words: sustainability, agribusiness or commodities, as they constitute the words key object of study subject. The conclusions indicated the high importance of agribusiness for state economies
in its more diversified products. It was also possible to note the growing emphasis on sustainability in the concern of society and consequently in their debate in government administrations.
Key words: Sustainability. Agribusiness. Commodities.
Acercamiento a la sostenibilidad en las cadenas de commodities de la agroindustria brasileña de sitios del gobierno
Resumen
El propósito del artículo se centra en la identificación de prácticas sostenibles presentes en la agroindustria brasileña en el sector de los productos básicos de la investigación sobre los sitios web de los departamentos estatales de agricultura, por lo tanto, el propósito es analizar cómo el tema de enfoque de sostenibilidad en el sector agroalimentario bajo el punto de vista del gobierno. El estudio fue exploratorio, se utilizó la investigación bibliográfica de base teórica y conceptual. Más tarde se investigó cualitativamente en todos los veintisiete sitios estatales de agricultura, identificado el enfoque de sostenibilidad que recibe el material encontrado electrónica utilizando como palabras de búsqueda: sostenibilidad, la agroindustria o materias primas, ya que constituyen las palabras objeto clave del objeto de estudio. Las conclusiones indican la gran importancia de la agroindustria para la economía de los estados en sus productos más diversificados. También fue posible observar el creciente énfasis en la sostenibilidad en la preocupación de la sociedad y por lo tanto en su debate en las administraciones gubernamentales.
Palabras clave: Sostenibilidad. Agronegocios. Commodities.
Com os diversos problemas ambientais e sociais flagrados com frequência a partir do século XX, a sociedade verificou a relevância de obter o desenvolvimento econômico aliado às questões ambientais e sociais (Dias, 2011).
O crescimento do consumo do mercado interno e externo, assim como os recursos naturais e tecnológicos demonstram o potencial da evolução da produção agropecuária brasileira. Este cenário demonstra uma grande possibilidade para o país com geração de divisas e aumento das exportações. Ao mesmo tempo, cada vez maiores são as exigências de conciliar o desenvolvimento com a redução de impactos ambientais a partir de novas práticas e tecnologias de produção (Assad, Martins & Pinto, 2012).
Para atender a todas as preocupações acima citadas, surgiu um novo conceito: sustentabilidade, que está baseada no tripé que define o desenvolvimento sustentável: valor econômico, responsabilidade social e ambiental. Ou seja, para sobrevivência faz-se necessário a lucratividade e viabilidade econômica, aliado a isso busca-se a satisfação do cliente interno e externo das organizações bem como a ecoeficiência no processo produtivo (Dias, 2011).
A atividade econômica do agronegócio tem fundamental participação na economia brasileira, de acordo com o Cepea - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada-ESALQ/USP. Para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), no ano de 2013, por exemplo, o PIB do agronegócio correspondeu a 22,54% ao PIB total brasileiro. Tal atividade consiste da integração do setor agrícola e pecuário, que engloba desde insumos, sementes até os maquinários. Desde de 1970, constata-se seu elevado crescimento no território brasileiro, consistindo em item relevante de estudos e discussões ao longo dos últimos anos (Plata & Conceição, 2012).
O agronegócio possibilitou o crescimento econômico bem como elevou a representatividade do Brasil no exterior, visto que o país é um dos maiores produtores e exportadores do mundo, principalmente quando os produtos são alimentos. Verifica-se, portanto, ser determinante para o bom andamento do agronegócio que este esteja vinculado ao desenvolvimento econômico, social e sustentável do Brasil (Novaes, Moreira, Oliveira, Talamani & Viana, 2009).
Apesar da grande representatividade econômica, o agronegócio também possui papel de vilão, visto que contribui com a emissão de aproximadamente 487 milhões de toneladas de CO2 anualmente, além do Metano (CH4) e o Óxido Nitroso (N2O) provenientes dos dejetos de animais, cultivo de grãos, desmatamento e diversas atividades relacionadas (Assad et al., 2012).
Especialmente em países em desenvolvimento, como o Brasil, o agronegócio está fortemente ligado às commodities que são compostos principalmente por gêneros agrícolas e minérios produzidos em larga escala e comercializados mundialmente. E são as commodities que exigem grandes fluxos de energia e materiais caracterizados principalmente por um modelo de produção agressivo considerado muitas vezes injusto e insustentável (Porto & Milanez, 2009).
Diante do exposto, o artigo pretende explorar estudos sobre a cadeia das principais commodities do agronegócio brasileiro na perspectiva da sustentabilidade. Ou seja, busca-se responder a pergunta: como é trabalhada a sustentabilidade no agronegócio nacional?
Define-se, portanto, como objetivo principal: identificar as práticas sustentáveis presentes no agronegócio brasileiro no setor das commodities a partir de sites das secretarias estaduais de agricultura.
A relevância do tema concentra-se no antagonismo presente na necessidade de crescimento econômico do agronegócio no setor das commodities e a preocupação com o desenvolvimento sustentável a partir da adoção de práticas ambientalmente corretas.
O artigo foi estruturado em quatro itens. No primeiro foi desenvolvido a introdução, contextualizando a relevância e atualidade do tema. A partir de então foi realizado o referencial teórico para embasamento em teorias e conceitos abordando os principais temas ligados ao foco da pesquisa.
No terceiro momento a metodologia utilizada foi descrita para possibilitar outros estudos e possíveis replicações. E, por fim, o artigo apresenta as conclusões obtidas e sua contribuição.
O agronegócio engloba toda a cadeia produtiva da agricultura e pecuária que vai desde a produção dos insumos até o consumo dos produtos agropecuários. Nessa cadeia, diversos são os serviços desenvolvidos: pesquisa, processamento, comercialização, exportação, distribuição, bolsas e consumidor, entre outros (Contini, Gasques, Leonardi & Bastos, 2006).
No Brasil, o agronegócio surgiu a partir da intensificação do processo industrial, com a existência dos bens de capital, dos insumos agrícolas e o processo do êxodo rural. Percebe-se as mudanças relatadas principalmente a partir das décadas de 1950 e 1960 com concentração nas regiões sul e sudeste, e a partir de 1970 a expansão para outras regiões (Plata & Conceição, 2012).
A ocupação de outras regiões como o centro oeste se deu principalmente com a evolução tecnológica das culturas, especialmente da soja, a partir da adaptação ao clima subtropical e tropical; a elevação dos índices de produtividade; a resistência a doenças e a mecanização da cultura (Gazzoni, 2013).
Na economia brasileira, o agronegócio possui papel fundamental, pois gera renda e emprego, e permite ao Brasil grande destaque no comércio internacional. O país é o terceiro maior exportador de produtos agrícolas e o primeiro em algumas commodities como: café, açúcar, suco de laranja, tabaco, álcool, carne de frango e bovina, por exemplo (Assad et al., 2012).
O agronegócio apresenta historicamente saldos comerciais positivos, e desde a década passada é o único responsável por manter a balança comercial brasileira positiva. Ou seja, as importações do Brasil são possíveis apenas devido a sustentabilidade do agronegócio nacional (Gazzoni, 2013).
Apesar da importante representatividade do agronegócio para o país, deve-se destacar as crescentes preocupações com os impactos ambientais provocadas pela agricultura e pecuária. Principalmente quando relacionado ao consumo de água, aplicação de agrotóxicos e fertilizantes, emissão de gás metano, desmatamento de áreas para expansão do agronegócio (Assad et al., 2012).
O conceito de desenvolvimento sustentável é entendido como um conjunto das variáveis: economia, sociedade e meio ambiente integradas. Ou seja, parte-se da ideia de que o crescimento econômico deve considerar também a importância da proteção ambiental e inclusão social (Comitê Nacional de Organização Rio+20, 2011).
O documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio+20 apresenta os objetivos do desenvolvimento sustentável a partir da realização de ações focadas e coerentes. Foram definidos 17 objetivos e 169 metas, com foco no fim da pobreza e fome, no acesso universal à educação e à recursos fundamentais como a água e a energia, por exemplo (PNUD, 2012).
O desenvolvimento sustentável agrega o conceito antigo de desenvolvimento contínuo no aspecto econômico com o entendimento atual do compromisso com a preservação do meio ambiente. Ou seja, o processo econômico é muito importante, mas deve ocorrer respeitando as limitações ambientais e os aspectos sociais. E este é o grande desafio contemporâneo (Bourscheidt & Dalcomuni, 2010).
Muito se questiona da possibilidade real do desenvolvimento sustentável, no entanto a situação atual da sociedade demonstra a necessidade de se contemplar novas ideias e quebrar paradigmas. A ideia de desenvolver com sustentabilidade parece ainda irreal, no entanto para torna-lo possível é fundamental superar a visão de desenvolvimento a partir da ocupação de novos espaços e sim com melhor aproveitamento dos espaços já ocupados, aumentando os níveis de produtividade (Batista & Albuquerque, 2007).
O Brasil possui umas das legislações ambientais mais severas do mundo. É um dos raros países que exigem a manutenção de áreas de preservação permanente à custa do proprietário rural e impõem cotas de preservação de vegetação nativa. O agronegócio portanto responde a questões legais sobre os aspectos ambientais, embora entenda-se ainda existir a necessidade de aprimorar o desenvolvimento de práticas sustentáveis nos diversos setores econômicos do país (Gazzoni, 2013).
Inúmeros são os desafios. Desenvolvimento de políticas voltadas a utilização racional dos recursos naturais, introdução de gestão participativa nas decisões públicas e privadas de interesse da sociedade, educação nas escolas sobre a sustentabilidade; e avanços tecnológicos e científicos para aprimorar práticas sustentáveis. O conjunto desses fatores pode proporcionar a adoção de uma nova política de desenvolvimento (Batista & Albuquerque, 2007).
É possível, portanto, verificar a crescente demanda mundial por produtos com impacto ambiental reduzido. O selo da sustentabilidade tem constituído exigência cada vez mais frequente no mercado exterior, principalmente por países desenvolvidos. São identificadas diversas oportunidades como o cultivo de produtos orgânicos, extração de materiais de forma sustentável, bem como geração de energia elétrica a partir dos resíduos produzidos na agricultura e pecuária (Contini, et al., 2006).
Entende-se por commodities, as mercadorias principalmente minérios e gêneros agrícolas produzidos em grande quantidade e comercializados mundialmente. Suas principais características estão na definição de seus preços pelo mercado internacional e o seu baixo valor agregado, acarretando geralmente aos seus países produtores vulnerabilidade no mercado internacional (Porto & Milanez, 2009).
A participação das commodities nas exportações brasileiras no período entre 1999 e 2011, demonstra uma elevação contínua apesar da apreciação cambial observada a partir de 2003. Durante esse período, a participação média das commodities nas exportações foi de 57,57% e nas importações de 31,12%. Demonstra-se, portanto, a elevada importância das commodities na balança comercial brasileira (Souza & Veríssimo, 2013).
Por detrás da produção de commodities, existem fluxos de energia, materiais e distribuição de riquezas. Tudo isso decorre de um modelo de produção e consumo insustentável e injusto, visto que o comércio de commodities intensifica as desigualdades sociais e prejuízos ambientais. Pois tem como base, preços de mercadorias que não englobam as degradações ambientais, os problemas sociais ocasionados pela concentração de renda e poder, nem consideram os impactos à saúde geradas na cadeia produtiva (Porto & Milanez, 2009).
A necessidade do aumento da produção das commodities bem como o potencial nacional são notórios. No entanto a expansão sustentável é repleta de desafios, pois são necessárias políticas que permitam aumentar a produtividade utilizando ao máximo os recursos disponíveis e evitando perdas/desperdícios ao longo de toda a cadeia de produção das commodities. Haja visto que as perdas acarretam no aumento dos custos produtivos, prejudicam os aspectos ambiental e econômico da produção, consequentemente afetando a imagem brasileira no mercado global (Torres et al., 2014).
A partir da década de 1970 verificou-se grande avanço no aspecto sustentável da produção das commodities brasileiras. O desenvolvimento da legislação trabalhista e ambiental, a introdução de novas técnicas e tecnologias e a inovação de processos proporcionaram ao país grande destaque no cenário mundial (Gazzoni, 2013).
No entanto, muitos são os problemas ambientais decorrentes da produção das commodities. Poluição do ar decorrentes de queimadas e agrotóxicos, contaminação do solo por dejetos, erosão, assoreamento e poluição dos rios, desmatamento, entre outros (Assad et al., 2012).
Diante da situação atual faz-se necessário ainda políticas públicas nacionais e internacionais que façam a transição de um modelo frágil e exportador para o desenvolvimento de alternativas sustentáveis como apoio a agroecologia para pequenos produtores rurais, desenvolvimento de atividades de turismo ecológico, permitir o uso de recursos nas florestas em bases sustentáveis; fazer a transição energética fóssil para as fontes renováveis, desenvolvimento de tecnologias para melhorar a qualidade de vida, permitindo o fortalecimento interno do país (Porto & Milanez, 2009).
Esta é uma pesquisa exploratória e de fonte bibliográfica, pois de acordo com Gil (2002) visa-se maior familiaridade com o problema elaborado, e utiliza-se como base de pesquisa, material já existente, como artigos científicos e sites governamentais.
Procurou-se identificar em bases bibliográficas e em sites dos estados brasileiros como o tema sustentabilidade é abordado dentro do setor de agronegócio de acordo com os governos estaduais. A pesquisa nos sites foi realizada do início de outubro à primeira quinzena de dezembro de 2015.
A metodologia foi desenvolvida a partir de dois momentos: pesquisa bibliográfica; e posteriormente a identificação e análise qualitativa da abordagem da sustentabilidade no agronegócio a partir de sites das secretarias estaduais de agricultura.
A pesquisa bibliográfica foi utilizada para fundamentar a partir de conceitos teóricos as discussões sobre o tema em questão com pesquisa em artigos científicos e publicações. Em seguida, realizou-se a identificação dos sites relacionados a atividade agropecuária em cada estado brasileiro. Foram obtidos, portanto, os sites das secretarias estaduais de agricultura, fonte fundamental para alcançar ao objetivo do estudo.
Adaptou-se procedimentos metodológicos da tese de doutorado de Mello (2009). Foram utilizados os sites das secretarias estaduais de agricultura ou sites do estado (nos casos em que a unidade da federação não apresente site específico para a agricultura). Realizou-se portanto o censo, englobando os 26 estados e o Distrito Federal, conforme representado no quadro 1.
Quadro 1.
Relação dos sites estaduais relacionados a agricultura.
Estado | Website |
Acre (AC) | |
Alagoas (AL) | |
Amapá (AP) | |
Amazonas (AM) | www.amazonas.am.gov.br/entidade/sepror |
Bahia (BA) | |
Ceará (CE) | |
Distrito Federal (DF) | |
Espírito Santo (ES) | |
Goiás (GO) | |
Maranhão (MA) | |
Mato Grosso (MT) | |
Mato Grosso do Sul (MS) | |
Minas Gerais (MG) | |
Pará (PA) | |
Paraíba (PB) | www.paraiba.pb.gov.br/agropecuaria-e-pesca |
Paraná (PR) | |
Pernambuco (PE) | |
Piauí (PI) | |
Rio de Janeiro (RJ) | |
Rio Grande do Norte (RN) | |
Rio Grande do Sul (RS) | |
Rondônia (RO) | |
Roraima (RR) | |
Santa Catarina (SC) | www.agricultura.sc.gov.br |
São Paulo (SP) | www.agricultura.sp.gov.br |
Sergipe (SE) | |
Tocantins (TO) | www.seagro.to.gov.br |
Fonte: adaptado de Mello (2009)
A partir dos sites relacionados, foi realizada a pesquisa em seus campos de busca utilizando as palavras sustentabilidade, agronegócio ou commodities, identificando assim como cada governo estadual brasileiro aborda o tema.
Os resultados obtidos estão listados em quadros separados por regiões do Brasil. O quadro 2 apresenta os resultados apurados nos sites dos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Quadro 2.
Região Sul.
Estado | Identificação |
Paraná (PR) | O agricultor familiar é destacado como exemplo de gestão sustentável, o mesmo tem papel cada vez mais destacado na economia estadual. Muitas campanhas de orientação aos produtores rurais são desenvolvidos quanto aos cuidados do solo e da água. A agricultura orgânica tem demonstrado crescimento nos últimos anos. Debates constantes: destaca-se a realização de seminários e encontros sobre agroecologia e agronegócio. Desenvolvimento de programas de incentivo ao agricultor com o fornecimento de insumos como a entrega de calcário visando aumento da produtividade das pequenas propriedades, melhoria das estradas rurais, e a entrega de Patrulhas do Campo. O setor agrícola historicamente tem caracterizado-se como um dos responsáveis pelo crescimento da economia paranaense. O valor bruto da produção (VBP) agropecuária do Paraná, em 2014 obteve a marca de R$ 70,6 bilhões, correspondendo ao faturamento total e demonstrando o desempenho das lavouras e agropecuária. Destacam-se neste contexto as commodities como soja, frango de corte e milho. |
Rio Grande do Sul (RS) | Estudo de culturas para o fortalecimento da agricultura familiar. Verifica-se constante presença do debate da agricultura familiar, sua importância e adoção de estratégias para melhorias. Desenvolvimento de políticas de sustentabilidade. Lançamento de programa estadual para conservação de água e solo. Debate da agregação de valor às commodities, visando produzir mais e melhor. Salienta-se também a safra de grãos recorde obtida em 2013. Com o objetivo de proteger o solo, otimizar recursos e estimular a sustentabilidade, foi estabelecido termo de Cooperação Técnica Interinstitucional, estabelecendo compromissos entre entidades envolvidas na implementação do “Programa Plante Milho e Feijão Após a Colheita do Tabaco”, busca-se ainda diversificação de atividades dos produtores, proteção do solo da erosão, o aproveitamento dos resíduos da adubação do tabaco entre outras vantagens. O cooperativismo tem destaque no auxílio aos agricultores bom como relevância para o fortalecimento deste setor. |
Santa Catarina (SC) | Estabeleceu-se convênios com os municípios visando discutir as ações e políticas públicas para aumentar a produção e facilitar o acesso aos programas governamentais de acordo com o secretário da agricultura e da pesca, João Rodrigues.Verifica-se no site a falta de informações referentes aos itens pesquisados. |
Fonte: elaborado pelos autores
O quadro 3 demonstra a situação encontrada nos estados componentes da região sudeste: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Quadro 3.
Região Sudeste.
Estado | Identificação |
Espírito Santo (ES) | 114 matérias – com foco em desenvolvimento de oficinas e debates referente as culturas do café, pecuária, floricultura, aquicultura. Foram realizadas atividades de recuperação de áreas degradadas, investimento em armazém para acondicionamento de grãos e ainda apresentou preocupação com os povos indígenas. Destaca-se a relevância do programa de agricultura familiar na alimentação escolar. |
Minas Gerais (MG) | 787 matérias – aborda-se o desenvolvimento do programa de sustentabilidade e infraestrutura no campo que busca ampliar a inserção da produção mineira nos mercados nacional e internacional, agregando valor aos produtos, por exemplo. Destaca a contribuição do agronegócio nas exportações do estado representando um terço do total do mês de setembro de 2015. O café é apresentado como um dos principais produtos mineiros. Aumento do número de agricultores beneficiados pelo PRONAF. O Japão é o maior destino dos produtos agropecuários do estado. Destaca-se a atuação da EMATER nos debates e fóruns promovidos. |
Rio de Janeiro (RJ) | Amplo debate acerca da sustentabilidade em diversos eventos realizados no estado bem como o turismo. Preocupação com a gestão dos resíduos sólidos produzidos. Programa rio rural é destaque em evento das Nações Unidas. PIB do agronegócio demonstra força, relevância para a economia, bem como reduz a pobreza no estado. |
São Paulo (SP) | São desenvolvidos diversos encontros de debates sobre a sustentabilidade. Destacam-se projetos como a geração de energia e renda a partir de dejetos suínos e projeto de sustentabilidade hídrica com programas de nascentes. Os Canaviais paulistas são referência mundial de produção sustentável de biocombustíveis. O complexo sucroalcooleiro, carnes, suco de laranja, produtos florestais e soja formam os cinco principais grupos nas exportações do agronegócio paulista e respondem por quase 80% das vendas externas paulistas. |
Fonte: elaborado pelos autores
O quarto quadro apresenta os resultados obtidos da região centro oeste, a partir dos sites dos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
Quadro 4.
Região Centro-Oeste.
Estado | Identificação |
Distrito Federal (DF) | 87 matérias – destaca-se medidas para a preservação do cerrado a partir do plantio de milhres de mudas e assinatura do acordo de reciprocidade dando suporte a empresas e agricultores comprometidos com a recuperação do cerrado. A forte parceria com a EMATER para boas práticas agropecuárias, programas para a produção de alimentos orgânicos, programa de assessoramento de cooperativas, agroindústrias e associações. Agronegócio é destaque com índices de produtividade comparáveis com os norte-americanos. |
Goiás (GO) | 57 matérias – vice governador destaca a importância da sustentabilidade: “discutir meio ambiente é garantir o futuro das novas gerações”. Desenvolvimento de encontros sobre a integração lavoura pecuária e floresta. Realização de discussões sobre agronegócio e busca de parceiros comerciais. O vice governador afirma ainda que “agronegócio faz a diferença em momento de crise”. Propõe-se a criação o plano estadual de mudanças climáticas bem como muitos eventos desenvolvidos tem apresentado a necessidade cada vez maior de colocar em prática novas ações para o desenvolvimento sustentável. |
Mato Grosso (MT) | 36 matérias - desenvolvimento de fóruns sobre meio ambiente e agricultura familiar, governador Maggi afirma que setor pecuário do estado é referência em sustentabilidade atendendo requisitos legais com as questões sociais, sanitárias e ambientais. Coloca-se a relevância da mulher rural. Debate sobre a logística e foco ambiental na produção agropecuária. Lançamento do plano agrícola e pecuário. Desenvolvimento de planejamento e logística para as commodities. Superávit da balança comercial a partir da exportação do complexo de Alumínio, de Soja e de Celulose. |
Mato Grosso do Sul (MS) | 117 matérias – realização da bienal da agricultura com destaque para o debate da sustentabilidade, aborda-se também o tema sobre a relevância de novas tecnologias e informações no agronegócio. O fortalecimento da agroecologia no estado e a redução dos agrotóxicos também são mencionados. Desenvolvimento de produção para uso consciente dos recursos surge como novo conceito para sustentabilidade agropecuária. O agronegócio é apresentado como fundamental ferramenta para enfrentar crises econômicas. |
Fonte: elaborado pelos autores
Analisou-se posteriormente a região norte com a pesquisa os sites dos estados de Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia, Roraima, Tocantins e Acre.
Quadro 5.
Região Norte.
Estado | Identificação |
Acré (AC) | 34 matérias – abordou-se a preocupação do estado com a reserva florestal, o debate sobre economia solidária e o destaca-se no site que o “Estado é apresentado como líder nas políticas públicas de manejo florestal certificado” em matéria de 2010. |
Amazonas (AM) | 516 matérias- relação de diversas notícias com a divulgação de políticas para auxiliar os pequenos produtores na vacinação do rebanho, em práticas contra a erosão das propriedades, pesca manejada do pirarucu, debate da política estadual dos resíduos sólidos e atividade da virada sustentável em Manaus. Apresenta ainda política de sequestro de carbono e bolsa floresta. Os artesões receberam maior relevância e espaço com seus trabalhos desenvolvidos a partir de produtos amazônicos. Promoção de feiras encontros com o debate da agricultura familiar no estado. O banco mundial anuncia aporte para projetos ambientais. |
Amapá (AP) | Não foram encontradas informações referentes ao tema – site em manutenção. |
Pará (PA) | Desenvolvimento de agricultura de baixa carbono, financiamento do projeto para a sustentabilidade do agronegócio paraense. Parcerias desenvolvidas para programa estadual municípios verdes. Programas de certificação de produtos orgânicos. A secretaria adotou agenda ambiental. Oficinas discutem a conciliação da pecuária e a sustentabilidade. |
Rondônia (RO) | Relevância do café e soja para a economia estadual. Debates sobre a agroecologia e movimentos sociais. Agronegócio do estado cresce e demonstra sua importância no cenário nacional. Commodities agrícolas auxiliam estado a manutenção de suas contas em dia. |
Roraima (RR) | Desenvolvimento da agricultura familiar com a conciliação da sustentabilidade ambiental e econômica. A agroecologia como alternativa para a utilização de adubação verde e compostagem. Entendimento do grande desafio para explorar de forma sustentável a agricultura e pecuária no estado. Para secretário Álvaro Calegari a qualidade de vida e o desenvolvimento do Índice de Desenvolvimento Humano passa pela segurança e solidez da agricultura. |
Tocantins (TO) | Debate-se perspectivas de crescimento da agricultura e pecuária, o estado tem se caracterizado como referência nacional na produção de grãos, sendo registrado na safra 2014/2015 uma aumento de 25%. Existe o debate sobre as condições climáticas vista que a mesma interfere na produção. A agroecologia e produção orgânica tem aparecido nos eventos de debates no estado. Desenvolvimento de produção sustentável e melhoria de qualidade de vida são grandes desafios. |
Fonte: elaborado pelos autores
Por fim, foi realizado o quadro de análise dos sites referentes aos estados da região Nordeste: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Quadro 6.
Região Nordeste.
Estado | Identificação |
Alagoas (AL) | 134 matérias – destaca-se a realização de seminários para debates sobre leite, soja, fruticultura bem como o cenário internacional, as exportações crescentes para a China e ainda a relevância da inovação no agronegócio. Seminários com a discussão da sustentabilidade e agroecologia foram realizados, identificou-se ainda a preocupação com o semiárido alagoano. |
Bahia (BA) | 8 matérias – aborda de forma ampla a preocupação brasileira com a sustentabilidade e a modernização da produção. Destaca-se casos de doação de florestas para regularização junto ao estado a partir da exigência do cadastro ambiental rural. |
Ceará (CE) | 102 matérias - incentivo a atividades como o artesanato a partir da isenção de impostos, recebimento de prêmio plano safra agricultura familiar, projetos de incentivos da produção de energia limpa, transposição do rio São Francisco para acesso das famílias a água. O estado mede o desempenho dos municípios a partir do índice de Qualidade do Meio Ambiente (IQM). |
Maranhão (MA) | Debate da sustentabilidade a partir da realização de encontros, destaca-se o papel do turismo para o desenvolvimento do caráter sustentável no estado. Apoio a agricultura familiar. Inauguração do terminal de grãos permite novas possibilidades ao agronegócio. |
Paraíba (PB) | Debates de energias alternativas, agricultura familiar e sustentabilidade, desenvolvimento de programas de assistência técnica. Prêmio sustentabilidade hídrica, políticas para a sustentabilidade de cooperativas e garimpeiros. Lançamento de projetos para melhoria de vida da população rural. |
Pernambuco (PE) | Desenvolveu-se uma secretaria específica para meio ambiente e sustentabilidade com a ideia básica de conciliar as atividades econômicas do estado respeitando a política estadual do meio ambiente. |
Piauí (PI) | Desenvolvimento do programa água doce a partir da dessalinização gera-se renda, as energias renováveis têm elevado destaque no debate referente à sustentabilidade, principalmente a energia eólica. Preocupação com o manejo da caatinga. Crescimento da produção de grãos no cerrado com recordes nos últimos anos. |
Rio Grande do Norte (RN) | Apresentou-se ferramenta para medição das ações sustentáveis dos parceiros da agenda ambiental da administração pública. Capacitação de professores para abordagem da educação ambiental para posterior ensino nas escolas. Projeto sustentável utilizado para impulso da agricultura familiar (R$ 186 milhões em 2015). Desenvolvimento de aplicativo de informações sobre agronegócio do estado visando auxiliar os produtores rurais nas decisões. |
Sergipe (SE) | Preocupação quanto à seca na produção rural. Elaboração de propostas para a agricultura familiar. Linhas trabalhadas pelo governo do estado convivência do homem com a seca, revitalização da fruticultura, desenvolvimento do Baixo São Francisco, agricultura irrigada, aquicultura e pesca. |
Fonte: elaborado pelos autores
A partir da análise dos estados brasileiros e da elaboração do quadro com resultados preliminares pode-se chegar a algumas conclusões.
A partir da pesquisa nos vinte e sete sites dos estados e Distrito Federal, e posterior análise qualitativa individual de cada site foi perceptível a existência das especificidades da agricultura de cada estado, os produtos agropecuários mais representativos economicamente, bem como as diferentes condições climáticas para diversidade de produtos. Pode-se visualizar a riqueza de possibilidades produtivas brasileiras.
Nos últimos anos pode-se identificar também o crescimento expressivo, mas ainda limitado do debate referente a sustentabilidade dentro do agronegócio nacional, como a adoção de estratégias práticas e ações eficazes para preservação de recursos naturais, políticas ambientais e sociais. É visível que grande parte dos estados destacam a relevância do agronegócio, devido a sua fundamental contribuição para o crescimento econômico estadual, gerando divisas e possibilitando visibilidade no cenário nacional e muitas vezes até internacional.
Na Região Sul o debate é concentrado em questões como Agricultura Familiar e Cooperativismo, visando a permanência do homem no campo, a partir da sustentabilidade econômica das propriedades e também com a preocupação em relação à organização social e os cuidados ambientais para a sustentabilidade no longo prazo, preservando a produtividade da terra.
Na Região Sudeste a questão da energia e recuperação de áreas degradas são destaque, com realce também do turismo e principalmente quanto produção sustentável de biocombustíveis a partir do complexo sucroalcooeiro.
Na Região Centro Oeste a preservação do cerrado e os programas para a produção de alimentos orgânicos estão em destaque em uma região que apresenta índices de produtividade comparáveis com os norte-americanos. Também está presente a preocupação com o atendimento aos requisitos legais e com as questões sociais, sanitárias e ambientais. Coloca-se a relevância da mulher rural. Mas o principal debate sobre a logística, fator fundamental para a sustentabilidade econômica da região e o foco ambiental na produção agropecuária.
Na Região Norte o destaque se dá para as florestas e sua necessária preservação e a adoção de políticas públicas de manejo florestal certificado. Temas como a agroecologia, a Agricultura Familiar e sua interrelação com os movimentos sociais estão presentes.
Na Região Nordeste o tema fruticultura sustentável e exportações, num contexto de busca de produtividade com a modernização da produção está em destaque. A sempre presença questão da seca propicia debates e criação de programas como o Programa água doce a partir da dessalinização da água e geração de renda. Também as energias renováveis têm elevado destaque no debate referente à sustentabilidade, principalmente a energia eólica.
Assim, nas dimensões continentais do Brasil, evidencia-se a multifacetada abordagem dos temas relacionados à sustentabilidade, o que é natural.
O aumento do debate da sustentabilidade deve-se muito a pressão social e via imprensa a partir da divulgação e conscientização da fragilidade da saúde atual de nosso planeta, bem como as projeções nada animadoras do seu futuro.
É importante salientar, que análise e conclusões obtidas neste estudo foram baseadas nas informações disponibilizadas nos sites mencionados, não pode-se, portanto, confirmar a veracidade de tais dados utilizados. Constitui essa lacuna, sugestão para desenvolvimento de estudos futuros com a realização do comparativo entre discurso e prática.
Assad, E. D., Martins, S. C., & Pinto, H. P. (2012). Sustentabilidade no agronegócio brasileiro. Rio de Janeiro: Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável.
Batista, I. H., & Albuquerque, C. C. (2007). Desenvolvimento sustentável: novos rumos para a humanidade. Revista Eletrônica Aboré, (3).
Bourscheidt, D. M., & Dalcomuni, S. M (2010). Do crescimento econômico ao desenvolvimento sustentável: aspectos conceituais e marcos importantes. Anais do CONGREGA URCAMP, Alegrete, RS, Brasil, 6.
Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada. (2015). PIB Agro CEPEA-USP/CNA. Recuperado em 03 setembro, 2015, de http://cepea.esalq.usp.br/pib/.
Comitê Nacional de Organização Rio+20. (2015). Desenvolvimento sustentável. Recuperado em 07 outubro, 2015 de http://www.rio20.gov.br/clientes/rio20/rio20/sobre_a_rio_mais_20/ desenvolvimento-sustentavel.html.
Contini, E., Gasques, J. G., Leonardi, R. B. de A., Bastos, E. T. (2006). Evolução recente e tendências do agronegócio. Revista de política agrícola, 1(1), 5-28.
Contini, E., Gasques, J. G., Leonardi, R. B. de A., Bastos, E. T. (2006). Projeções do agronegócio no Brasil. Revista de política agrícola, 1(1), 29-44.
Dias, R. (2011). Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. São Paulo: Atlas.
Gazzoni, D. L. (2013). A sustentabilidade da soja no contexto do agronegócio brasileiro e mundial. Londrina: Embrapa Soja.
Gil, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa (4ªed.). São Paulo: Atlas.
Mello, G. R. (2009). Estudo das práticas de governança eletrônica: instrumento de controladoria para a tomada de decisões na gestão dos estados brasileiros. Tese de doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
Novaes, A. L., Moreira, B. C. R., Oliveira, L. de., Talamini, E., Viana, J. J. S. (2009). Análise dos fatores críticos de sucesso do agronegócio brasileiro. Anais do Congresso Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural, Campo Grande, MS, Brasil, 48.
Plata, L. E. A., & Conceição, A. V. (2015). O agronegócio brasileiro: análise das principais commodities. Recuperado em 03 setembro, 2015 de: http://www.centropaulasouza.sp.gov.br/ pos-graduacao/workshop-de-pos-graduacao-e-pesquisa/007-workshop-2012/workshop/ trabalhos/gestneg/o-agronegocio-brasileiro.pdf.
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. (2015). Os objetivos de desenvolvimento sustentável. Recuperado em 08 outubro, 2015 de: http://www.pnud.org.br/ODS.aspx.
Porto, M. F., & Milanez, B. (2009). Eixos de desenvolvimento econômico e geração de conflitos socioambientais no Brasil: desafios para a sustentabilidade e a justiça ambiental. Ciência & Saúde Coletiva, 14(6), 1983-1994.
Souza, T. A., & Veríssimo, M. P. (2013). O papel das commodities para o desempenho exportador brasileiro. Revista Indicadores Econômicos FEE, 40 (2), 79-94.
Torres, D. A. P., Campos, S. K., Ponchio, A. P. S., Barros, G. S. de C., Figueiredo, E. V. C., Vieira Junior, P. A. (2014). Viabilidade econômica da produção agropecuária no Brasil: aspectos gerais, metodologia e principais resultados. In: S. K. Campos et al. (Orgs.). Sustentabilidade e sustentação da produção de alimentos no Brasil: o desafio da rentabilidade na produção. Brasília: CGEE.
*Autor para correspondência / Author for correspondence / Autor para la correspondencia: Tamara Pereira Zanella Rua Principal, s/n, Linha La Salle, Palotina/PR. CEP: 85.950-000
Data do recebimento do artigo (received): 17/12/2015
Data do aceite de publicação (accepted): 05/04/2017
Desk Review - Double BlindReview