ESTRUTURA DE PROPRIEDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL EM COMPANHIAS ABERTAS
Geovanne Dias de Moura
Universidade Comunitária da Região de Chapecó – (UNOCHAPECÓ), Santa Catarina (Brasil)
Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis e Administração
Aline Luiza Brusco Pletsch
Universidade Comunitária da Região de Chapecó – (UNOCHAPECÓ), Santa Catarina (Brasil)
Mestre em Ciências Contábeis e Administração pela Universidade Comunitária da Universidade Comunitária da Região de Chapecó – (UNOCHAPECÓ), Santa Catarina (Brasil)
Evanilde Gollo Cordazzo
Universidade Comunitária da Região de Chapecó – (UNOCHAPECÓ), Santa Catarina (Brasil)
Sady Mazzioni
Universidade Comunitária da Região de Chapecó – (UNOCHAPECÓ), Santa Catarina (Brasil)
Doutor em Ciências Contábeis e Administração pela Universidade Regional de Blumenau – FURB. Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis e Administração da Universidade Comunitária da Região de Chapecó – (UNOCHAPECÓ), Santa Catarina (Brasil)
O estudo analisou a relação entre estrutura de propriedade e responsabilidade socioambiental em companhias abertas. A responsabilidade socioambiental foi analisada por meio de um índice constituído por 91 indicadores, elaborado a partir das recomendações da Global Reporting Initiative (GRI). Em relação a estrutura de propriedade foi investigada a concentração acionária, propriedade gerencial, propriedade governamental, propriedade internacional e propriedade institucional. Realizou-se pesquisa descritiva, documental e quantitativa em uma amostra composta por 34 companhias abertas. Em relação aos indicadores, classificados nas dimensões econômica, ambiental e social, os resultados revelaram que o maior indicador médio se encontrava na dimensão econômica, enquanto o menor referia-se a dimensão social. No tocante a estrutura de propriedade, constatou-se que o percentual médio de concentração de direitos de voto foi de 59,94%. Quanto aos tipos de proprietários, percebeu-se que as propriedades internacional e governamental se destacaram com maior representatividade. A propriedade gerencial foi a que apresentou menor percentual médio. Por fim, constatou-se associação negativa entre a concentração acionária e a responsabilidade socioambiental e associação positiva das propriedades governamental e internacional com a responsabilidade socioambiental.
Palavras-chave: Estrutura de propriedade; Responsabilidade socioambiental; Companhias abertas.
OWNERSHIP STRUCTURE AND SOCIAL AND ENVIRONMENTAL RESPONSIBILITY IN LISTED COMPANIES
ABSTRACT
This paper investigates the relationship between ownership structure variables and social and environmental responsibility in listed companies. The variables of ownership structure investigated were the stock concentration, managerial property, governmental property, international property and institutional property. Social and environmental responsibility was analyzed through an index of 91 indicators, based on the recommendations of the Global Reporting Initiative (GRI). Regarding the ownership structure, we investigated the concentration of ownership, management property, governmental property, international property and institutional property. Descriptive, documentary and quantitative research was carried out in a sample of 34 listed companies. In relation to the indicators, which were divided into economic, environmental and social dimensions, the results showed that the highest average indicator was in the economic dimension, while the lowest was the social dimension. Regarding the ownership structure, it was verified that the average percentage of concentration of voting rights was 59.94%. As to the types of landowners, it was perceived that international property and government ownership stood out positively. Managerial ownership was the type of property with the lowest average percentage. Finally, there was a negative association between the shareholding concentration and social and environmental responsibility and positive association of government ownership and international ownership with social and environmental responsibility. The variables related to managerial and institutional property did not present statistical significance.
Keywords: Ownership structure; Social and environmental responsibility; Listed companies.
ESTRUCTURA DE PROPIEDAD Y RESPONSABILIDAD SOCIALAMBIENTAL EN COMPAÑÍAS ABIERTAS
RESUMEN
El estudio analizó la relación entre estructura de propiedad y responsabilidad socioambiental en compañías abiertas. La responsabilidad socioambiental fue analizada por medio de un índice constituido por 91 indicadores, elaborado a partir de las recomendaciones de la Global Reporting Initiative (GRI). En relación a la estructura de propiedad se investigó la concentración accionaria, propiedad gerencial, propiedad gubernamental, propiedad internacional y propiedad institucional. Se realizó una investigación descriptiva, documental y cuantitativa en una muestra compuesta por 34 compañías abiertas. En cuanto a los indicadores, clasificados en las dimensiones económica, ambiental y social, los resultados revelaron que el mayor indicador medio se encontraba en la dimensión económica, mientras que el menor se refería a la dimensión social. En cuanto a la estructura de propiedad, se constató que el porcentaje medio de concentración de derechos de voto fue de 59,94%. En cuanto a los tipos de propietarios, se percibió que las propiedades internacional y gubernamental se destacaron con mayor representatividad. La propiedad gerencial fue la que presentó menor porcentaje medio. Por último, se constató una asociación negativa entre la concentración accionaria y la responsabilidad socioambiental y asociación positiva de las propiedades gubernamental e internacional con la responsabilidad socioambiental.
Palabras clave: Estructura de propiedad; Responsabilidad socioambiental; Compañías abiertas.
1 INTRODUÇÃO
Na medida em que a sociedade se torna cada vez mais preocupada com os aspectos sociais e ambientais, aumenta também a exigência para que as empresas se envolvam e divulguem mais informações relevantes sobre o seu desempenho nestas áreas (Meng, Zeng, Shi, Qi & Zhang, 2014). Assim, a divulgação de informações de natureza social e ambiental pode ser vista como uma ação estratégica, capaz de moldar as percepções das partes interessadas e justificar a aceitação e aprovação das operações realizadas pelas empresas (Hu, Zhu & Hu, 2016).
As preocupações sociais e ambientais podem ser vistas como novos aspectos, que não estão associados aos objetos principais das empresas, mas que podem ser criadores de valor (Crisóstomo, Freire & Parente, 2013). Por isso, o tema responsabilidade socioambiental tem recebido evidência no decorrer dos anos e despertado o interesse da sociedade como um todo. Especificamente nas empresas, trata-se de um modelo de gestão mais transparente, ético e que inclui as dimensões sociais e ambientais (Di Domenico, Mazzioni, Kronbauer & Simionatto, 2016). Adicionalmente, a sociedade passou a valorizar, além da qualidade dos produtos, preço e cumprimento da legislação, também as ações que ajudam a minimizar os problemas sociais e ambientais (Busch & Ribeiro, 2009).
Consequentemente, a responsabilidade socioambiental passou a ser compreendida pelas empresas como uma necessidade à sobrevivência e como um estímulo para novas estratégias de gestão (Di Domenico et al., 2016). As empresas passaram a ser avaliadas de uma forma ampla, que vai além dos indicadores tradicionais, englobando, inclusive, a forma como interagem com as demandas sociais e ambientais (Crisóstomo et al, 2013).
Ressalta-se que a responsabilidade socioambiental, por parte das empresas, é uma tendência que está alinhada com o crescente interesse de uma variedade de stakeholders. Alguns desses stakeholders têm o poder de influenciar nas decisões gerenciais, nesse caso, para um maior envolvimento social e ambiental (Lu & Abeysekera, 2014; Hu et al., 2016). Os principais stakeholders que podem influenciar nas empresas são tipicamente grupos de acionistas, como investidores estrangeiros, investidores institucionais e o próprio governo, por exemplo (Lu & Abeysekera, 2014).
Estudos internacionais (Oh, Chang & Martynov, 2011; Juhmani, 2013; Soliman, El Din & Sakr, 2013; Hu et al., 2016) confirmam que a responsabilidade socioambiental está associada à estrutura de propriedade, ou seja, pode sofrer influência dos diferentes tipos de proprietários da empresa, haja vista que, segundo Hu et al. (2016) tipos diferentes de proprietários podem ter preferências divergentes em relação às várias decisões corporativas.
Todavia, diversos autores, tais como Uwalomwa (2011), Oh et al. (2011), Soliman et al. (2013) e Hu et. al. (2016) destacam que o número de pesquisas que têm investigado a relação entre estrutura de propriedade e responsabilidade socioambiental é bastante reduzido, principalmente em países de economias emergentes, a exemplo do Brasil. Nesse contexto, a questão de pesquisa que orienta este estudo é: Qual a relação entre estrutura de propriedade e responsabilidade socioambiental em companhias abertas brasileiras? Assim, o objetivo do estudo consiste em analisar a relação entre estrutura de propriedade a responsabilidade socioambiental em companhias abertas brasileiras.
Busca-se com este estudo contribuir para as lacunas, ainda existentes, no âmbito da relação entre estrutura de propriedade e responsabilidade socioambiental em companhias abertas. Além do reduzido número de estudos, outro fator relevante é a importância que o tema responsabilidade socioambiental vem apresentando e a atenção, cada vez maior, que tem atraído dos investigadores, decisores políticos, órgãos reguladores e acadêmicos de países desenvolvidos e emergentes, conforme ressaltam Sufian e Zahan (2013), Chang e Zhang (2015) e Hu et al. (2016).
2 RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
O conceito de responsabilidade socioambiental tem sido progressivamente associado com objetivos organizacionais amplos que envolvem maior consciência social e ações com menor impacto ambiental (Uwalomwa, 2011). No âmbito social, segundo Ashley (2003), é toda e qualquer ação que possa contribuir para a melhoria da qualidade de vida da sociedade. No mesmo sentido, Cabestré, Graziadei e Polesel Filho (2008) explicam que a responsabilidade social tem como característica o fato das atividades e atitudes possuírem base em valores definidos na ética e moral, tendo como objetivo maior mitigar os impactos negativos que as instituições podem causar no ambiente em que atuam. Quanto ao aspecto ambiental, Albanio e Tatsch (2016), descrevem que se trata das ações que estimulam as organizações a considerarem o resultado de suas atividades sobre o meio ambiente, com menor impacto ambiental, aproveitando materiais e resíduos oriundos de seu processo produtivo, para oferecer produtos denominados sustentáveis.
É importante ressaltar que, no Brasil, não existe uma legislação vigente que obrigue todas as empresas a serem socialmente responsáveis, exceto aquelas que possuem mais de 500 funcionários, em concordância com a Lei nº 1305/2003 (Ethos, 2003). As empresas de médio porte não possuem essa obrigatoriedade, sendo que apresentar vantagens do uso de medidas sociais aos gestores ainda é o meio mais adequado para que a prática aconteça. Porém, como argumenta Fernandes (2006), a responsabilidade social vai além do que a lei exige, fazendo parte da aceitação pela empresa de uma obrigação social que a ultrapassa. Esta visão acompanha a chamada perspectiva europeia, de que ser socialmente responsável não se restringe ao compromisso de cumprimento de todas as recomendações e obrigações legais.
No campo teórico, conforme alerta Pinto, Lemos, Rocha & Ferreira (2009), é comum ocorrer uma confusão entre atividades filantrópicas e ações de responsabilidade socioambiental. Enquanto as ações filantrópicas tratam especificamente dos negócios da empresa e de como ela os conduz, e tem o objetivo de solucionar problemas sociais, as ações socioambientais são mais pontuais, de caráter assistencialista, desenvolvidas pela empresa em benefício da comunidade e/ou de organizações.
Nesse contexto pode-se dizer que a responsabilidade socioambiental, não pode ser vista como uma atribuição facultativa às atividades estratégicas da empresa, sendo, portanto, a demonstração da forma como uma empresa é gerida e é hoje um referencial competitivo para as empresas de todos os segmentos de mercado (Fernandes, 2006). Este fator tem crescido em sua importância estratégica, com tendência de no futuro próximo, ser tão importante como a qualidade, a competitividade, os preços ou a capacidade de atrair mão de obra com qualificação.
3 INFLUÊNCIA DA ESTRUTURA DE PROPRIEDADE NA RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL E HIPÓTESES DA PESQUISA
A literatura aponta diversos fatores que influenciam na responsabilidade socioambiental das empresas. Na sequência são descritos os fatores considerados na pesquisa, juntamente com as respectivas hipóteses de pesquisa.
3.1 CONCENTRAÇÃO ACIONÁRIA
A concentração acionária representa a participação substancial de um acionista na estrutura de propriedade de uma empresa, ou seja, significa que uma grande quantidade de ações votantes está em posse de um único acionista controlador, ou então, de um pequeno grupo de acionistas (Juhmani, 2013; Chang & Zhang, 2015). Nesses casos, de acordo com Juhmani (2013) e Sufian e Zahan (2013), a concentração acionária pode atuar como um mecanismo de controle, capaz de impedir que gestores atuem em benefício próprio. Mas, por outro lado, quando há um grande acionista controlador, as empresas podem se tornar menos propensas a divulgarem mais informação, porque seus principais investidores conseguem acessar fontes internas para obter as informações que necessitam.
As informações voluntárias, como as de natureza socioambiental, segundo Juhmani (2013), são fornecidas para satisfazer as necessidades de diversas partes interessadas. Todavia, quando existem menos interessados, ou seja, quando existe um grande acionista controlador, é provável que menos informações voluntárias sejam divulgadas pela empresa.
Juhmani (2013) em uma análise realizada em uma amostra composta por 41 companhias abertas do Bahrein e Hu et al. (2016) em uma amostra de 491 companhias abertas da China verificaram que a concentração acionária estava negativamente relacionada com a divulgação de informações de natureza social e ambiental.
Hipótese 1: Há uma associação negativa entre a concentração acionária e a responsabilidade socioambiental.
3.2 PROPRIEDADE GERENCIAL
Propriedade gerencial significa que gestores, tais como diretores ou membros do conselho de administração, possuem participação acionária na empresa (Sufian e Zahan, 2013; Juhmani, 2013; Chang e Zhang, 2015). O principal objetivo é alinhar os interesses entre acionistas e gestores, haja vista que gestores com ações se tornammais motivados a aumentar o valor da empresa e a riqueza dos demais acionistas. Uma vez que fazendo isso também aumentarão a sua própria riqueza (Juhmani, 2013).
Nesse sentido, Uwalomwa (2011), Soliman et al. (2013) e Chang e Zhang (2015) também destacam que se os gestores possuem participação acionária, estarão mais propensos a tomarem decisões que vizem maximizar o patrimônio e o valor das ações. Além disso, de acordo com Juhmani (2013), os gestores que possuem participações acionárias também passam a reconhecer e valorizar os benefícios de mercado que surgem em decorrência de um aumento do nível e da qualidade da informação divulgada.
Deste modo, como os gestores têm os mesmos interesses dos acionistas, divulgarão mais informações. De modo mais específico, as informações ambientais são úteis e importantes para às empresas se comunicarem com as partes interessadas sobre a realização de ações ambientalmente responsáveis e para reduzir desentendimentos das práticas de proteção do meio ambiente (Chang & Zhang, 2015).
Hipótese 2: Há uma associação positiva entre propriedade gerencial e a responsabilidade socioambiental.
3.3 PROPRIEDADE GOVERNAMENTAL
A propriedade governamental trata-se da participação acionária do governo nas empresas (Juhmani, 2013; Hu et al., 2016). Os objetivos do governo, enquanto acionista, vão além de lucro e incluem também objetivos sociais, a exemplo da necessidade de aumentar o número de empregados e realizar ações socioambientais (Hu et al., 2016).
Além disso, de acordo com Juhmani (2013), o governo, como órgão regulador, de modo geral, tende a solicitar para todas as companhias uma maior transparência e maior responsabilidade socioambiental. Consequentemente, irá influenciar para que as empresas em que participa como acionista, também divulguem mais informações. No mesmo sentido, Choi, Sami e Zhou (2010) ressaltam que o governo, como promotor da maximização do bem-estar público, precisa buscar sempre melhorar a transparência geral da divulgação corporativa para todos os usuários de informações.
Hipótese 3: Há uma associação positiva entre a propriedade governamental e a responsabilidade socioambiental.
3.4 PROPRIEDADE INTERNACIONAL
As empresas podem ser influenciadas por práticas internacionais se houver participação acionária dos investidores internacionais em suas estruturas de propriedade. Hu et al. (2016) destacam que na América do Norte e na Europa, por exemplo, há uma exigência crescente pela divulgação de informações socioambientais e, por isso, a participação de investidores de tais regiões poderia influenciar para um aumento na evidenciação de informações socioambientais nas empresas de países emergentes em que participam como acionistas.
Além disso, Soliman et al. (2013) e Hu et al. (2016) mencionam que investir em empresas socialmente e embientalmente responsáveis, que divulgam informações de melhor qualidade é uma estratégia que investidores internacionais, da mesma forma como investidores institucionais, possuem para reduzir o risco dos seus investimentos. Soliman et al. (2013) salientam ainda que o investimento neste tipo de empresa, por parte dos investidores internacionais, além de ser uma maneira de reduzir o risco, também se trata de uma forma de mostrar que é um investidor altamente respeitável.
Hipótese 4: Há uma associação positiva entre propriedade internacional e a responsabilidade socioambiental.
3.5 PROPRIEDADE INSTITUCIONAL
Propriedade institucional refere-se à participação acionária de bancos, companhias de seguros, fundos de pensões, fundos mútuos, sociedades de investimentos, entre outros (Soliman et al., 2013; Chang & Zhang, 2015; Hu et al., 2016). Investidores institucionais possuem participações consideráveis de ações e, por isso, exercem influência nas decisões organizacionais das empresas (Oh et al., 2011; Chang & Zhang, 2015; Hu et al., 2016).
Normalmente, são grupos constituídos por investidores individuais que juntos ganham força e detêm mais ações em relação a um único acionista ordinário individual. São vistos como investidores de longo prazo e normalmente desempenham um papel ativo no monitoramento das decisões gerenciais. Também contribuem para a melhoria das práticas de governança corporativa e para o aumento da evidenciação de informações das empresas que recebem seus investimentos (Macêdo, Moura & Hein, 2013).
Usando as vantagens de poder e informação, segundo Chang e Zhang (2015), os proprietários institucionais tendem a ser mais ativamente envolvidos nas decisões das empresas do que os proprietários não institucionais. Ressaltam que os investidores institucionais são investidores de longo prazo, razão pela qual teriam preferências em realizar ações ambientais. Para os autores, acionistas de longo prazo são mais propensos a apoiarem práticas de gestão ambiental e exigirem a divulgação de informações de melhor qualidade.
Os investidores institucionais, conforme relatam Soliman et al. (2013), estão associados ao aumento das ações e da divulgação de informações socioambientais, principalmente porque boa reputação socioambiental é um indicador de comportamento gerencial competente.
Hipótese 5: Há uma associação positiva entre propriedade institucional e a responsabilidade socioambiental.
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Para atender ao objetivo proposto realizou-se pesquisa descritiva, conduzida por meio de análise documental e abordagem quantitativa dos dados. A população objeto do estudo é composta pelas empresas listadas na B3 – Brasil, Bolsa, Balcão. A amostra é considerada intencional e não probabilística, compreendendo 34 companhias que fazem parte do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE).
O ISE foi lançado em 2005 pela B3 em conjunto com a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (ABRAPP), Associação Nacional dos Bancos de Investimento (ANBIMA), Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais (APIMEC), Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), International Finance Corporation (IFC), Instituto ETHOS e Ministério do Meio Ambiente para corresponder a uma tendência mundial, que trata-se da procura, por investidores, de empresas socialmente responsáveis, sustentáveis e rentáveis para aplicação de recursos (B3, 2017).
Definida a amostra, em seguida, foram consultados os relatórios anuais e/ou de sustentabilidade modelo GRI do ano de 2015 para verificar o nível de responsabilidade socioambiental de tais empresas. Para isso, elaborou-se um índice, a partir das recomendações da Global Reporting Initiative (GRI), versão 4, composto por 91 indicadores de desempenho, divididos em três dimensões: econômica (9), ambiental (34) e social (48).
As variáveis utilizadas estão destacadas no construto da pesquisa, apresentado no Quadro 1.
Quadro 1.
Quadro das variáveis dependentes, independentes e de controle.
Fonte: elaborado pelos autores.
Nota-se, no Quadro 1, que os dados referentes a responsabilidade socioambiental foram coletados nos Relatórios Anuais e/ou de Sustentabilidade das empresas. Os dados das variáveis de estrutura de propriedade foram coletados nos Formulários de Referência: Seção 6.3 – Breve histórico; Seção 8.1 - Descrição do grupo econômico; Seção 15.2 - Posição acionária; Seção 15.4 – Organograma dos acionistas; Seção 15.5 – Acordo de acionistas. E, os dados das variáveis de controle foram coletados no banco de dados Economática e nos Formulários de Referência: Seção de Dados cadastrais – Dados gerais. O período de coleta e de análise corresponde ao ano de 2015.
É possível observar ainda, no Quadro 1, que as variáveis de controle, ou seja, variáveis que também podem influenciar na Responsabilidade Socioambiental, conforme indicado na literatura, e que também são consideradas variáveis independentes na regressão, foram:
Após a coleta dos dados, realizou-se análise descritiva das variáveis de responsabilidade socioambiental e de estrutura de propriedade. Para tal, foram usadas medidas de estatísticas descritivas (médias, mínimos, máximos e desvio padrão). Em seguida, a análise de regressão linear múltipla foi realizada para verificar a influência da estrutura de propriedade na responsabilidade socioambiental. Destaca-se que foram observados os pressupostos de normalidade, por meio do teste de Kolmogorov-Smirnov; multicolinearidade, por meio do fator de inflação de variância – VIF e Tolerance; homocedasticidade, por meio do teste de Pesarán-Pesarán; e ausência de autocorrelção serial, por meio do teste de Durbin-Watson.
5 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
Esta seção destina-se a descrição e análise dos dados coletados na pesquisa. Inicialmente, far-se-á a análise descritiva, em seguida apresentam-se os resultados que apoiam ou refutam as hipóteses da pesquisa. O primeiro aspecto investigado está descrito na Tabela 1 e buscou identificar e apresentar as estatísticas descritivas dos indicadores de responsabilidade socioambiental nas empresas da amostra.
Tabela 1.
Estatística descritiva dos indicadores de Responsabilidade Socioambiental
Estrutura de propriedade |
Nº empresas |
Percentual Mínimo |
Percentual Máximo |
Percentual Médio |
Desvio Padrão |
Indicadores Econômicos |
34 |
0,00 |
100,00 |
58,17 |
28,70 |
Indicadores Ambientais |
34 |
0,00 |
100,00 |
49,48 |
25,05 |
Indicadores Sociais |
34 |
0,00 |
100,00 |
45,71 |
26,86 |
Indicadores Gerais |
34 |
10,99 |
100,00 |
51,37 |
24,54 |
Fonte: dados da pesquisa.
Em relação aos indicadores, percebe-se na Tabela 1, por meio do desvio padrão, que existe grande dispersão nos percentuais de evidenciação nas três dimensões (econômica, ambiental e social) e também no índice geral. Enquanto algumas empresas da amostra não apresentaram nenhuma informação, outras divulgaram 100% dos indicadores.
Especificamente no tocante aos indicadores econômicos, duas empresas não divulgaram nenhuma informação, ao passo que outras cinco divulgaram 100% das informações propostas no GRI. Sendo assim, o percentual médio identificado nessa dimensão foi de 58,17%. É importante ressaltar que essa dimensão possui o maior indicador médio.
Quanto aos indicadores ambientais, verifica-se na Tabela 1 que o percentual médio de divulgação foi de 49,48%, com desvio padrão de 25,05%. Apenas uma empresa apresentou 100% de divulgação nessa dimensão, enquanto que duas não apesentaram nenhuma divulgação. A média, inferior a 50%, se justifica, pois, apenas 18 empresas publicaram 50% ou mais dos indicadores ambientais analisados.
Os resultados apurados referentes aos indicadores sociais foram os mais baixos, no comparativo com as outras dimensões, apontando um percentual médio de divulgação de apenas 45,71%. Nessa dimensão, duas empresas não divulgaram nenhuma informação e apenas uma empresa divulgou 100% das informações sociais investigadas.
Por fim, em relação aos indicadores gerais, é possível perceber na Tabela 1 que o percentual médio evidenciado foi de 51,37%, ou seja, distante de 100%. O índice mínimo foi de 10,99% e o máximo foi de 100% conquistado por uma única empresa que evidenciou todas as informações investigadas.
Na Tabela 2 apresentam-se os dados provenientes da estrutura de propriedade das empresas da amostra.
Tabela 2 - Estatística descritiva das variáveis de estrutura de propriedade.
Estrutura de propriedade |
Nº empresas |
Percentual Mínimo |
Percentual Máximo |
Percentual Médio |
Desvio Padrão |
Concentração acionária |
34 |
15,35 |
94,47 |
59,94 |
16,57 |
Propriedade gerencial |
34 |
0,00 |
32,58 |
1,18 |
5,64 |
Propriedade governamental |
34 |
0,00 |
94,08 |
14,51 |
25,65 |
Propriedade internacional |
34 |
0,00 |
94,14 |
16,65 |
25,70 |
Propriedade institucional |
34 |
0,00 |
44,37 |
9,25 |
14,06 |
Fonte: dados da pesquisa.
Nota-se na Tabela 2 que o percentual médio de concentração de direitos de voto nas empresas da amostra foi de 59,94%, sendo que 29 das 34 companhias possuíam um controlador com percentual superior a 50%. O percentual mínimo de concentração acionária foi de 15,35% e o máximo 94,47%. Ressalta-se que uma única empresa possuía controlador com percentual inferior a 35% e em quatro delas o percentual era superior a 85%. O desvio padrão equivalente a 16,57% indica que existem desigualdades significativas nos percentuais de concentração acionária.
Em relação aos tipos de proprietários, percebe-se na Tabela 3 que a propriedade internacional e a propriedade governamental se destacaram positivamente, pois apresentaram percentuais médios equivalentes a 16,65% e 14,51%, respectivamente. Em relação à propriedade internacional o percentual mínimo identificado foi de 0% e o máximo de 94,14%. Quanto a propriedade governamental o percentual mínimo identificado foi de 0% e o máximo de 94,08%. O desvio padrão, para ambos os tipos de acionistas, ficou próximo a 25%, demonstrando que também existem diferenças nos percentuais.
Verifica-se ainda, na Tabela 2, que os investidores institucionais possuíam um percentual médio de 9,25%, sendo que o mínimo foi de 0%, o máximo de 44,37% e estavam presentes em quase metade das empresas da amostra. Verifica-se também que a propriedade gerencial é o tipo de propriedade que apresentou o menor percentual médio, correspondente a apenas 1,18%, sendo que o percentual mínimo foi de 0% e o máximo 32,58%.
Na Tabela 3 apresentam-se os coeficientes das regressões lineares múltiplas, que possibilitam analisar o poder preditivo da estrutura de propriedade, bem como das variáveis de controle, na responsabilidade socioambiental (variável dependente).
Tabela 3.
Coeficientes das regressões que analisam a influência da estrutura de propriedade na responsabilidade socioambiental.
VARIÁVEIS |
Coeficientes |
Coeficientes |
Coeficientes |
Coeficientes |
Coeficientes |
(estatística-t) |
(estatística-t) |
(estatística-t) |
(estatística-t) |
(estatística-t) |
|
(Constante) |
105,66** |
85,66 |
88,16*** |
96,23*** |
87,020 |
(2,02) |
(1,60) |
(1,70) |
(1,83) |
(1,54) |
|
Conc_Acion |
-0,52*** |
- |
- |
- |
- |
(-1,88) |
- |
- |
- |
- |
|
Propr_Gerenc |
- |
-0,64 |
- |
- |
- |
- |
(-0,85) |
- |
- |
- |
|
Propr_Govern |
- |
- |
14,17*** |
- |
- |
- |
- |
(1,70) |
- |
- |
|
Propr_Internac |
- |
- |
- |
0,27*** |
- |
- |
- |
- |
(1,51) |
- |
|
Prop_Instituc |
- |
- |
- |
- |
0,03 |
- |
- |
- |
- |
(0,08) |
|
Tamanho |
-1,23 |
-5,71 |
-4,96 |
-7,83 |
-5,38 |
(-0,18) |
(-0,82) |
(-0,75) |
(-1,13) |
(-0,73) |
|
Alavancagem |
-24,14 |
4,61 |
-11,48 |
1,83 |
-1,58 |
(-0,92) |
(0,18) |
(-0,47) |
(0,08) |
(-0,06) |
|
Rentabilidade |
2,13** |
1,67*** |
2,02** |
2,06** |
1,78*** |
(2,32) |
(1,77) |
(2,20) |
(2,20) |
(1,82) |
|
Idade_Cia |
0,18*** |
0,25*** |
0,19*** |
0,33** |
0,24*** |
(1,45) |
(1,92) |
(1,54) |
(2,38) |
(1,84) |
|
R2 Ajustado |
0,18 |
0,10 |
0,17 |
0,15 |
0,08 |
F-ANOVA |
2,48** |
1,76*** |
2,31*** |
2,15*** |
1,57*** |
Durbin Watson |
2,12 |
2,30 |
2,25 |
2,18 |
2,30 |
Pesarán-Pesarán |
0,76 |
0,73 |
0,79 |
0,74 |
0,70 |
VIF/Tolerance |
<10 |
<10 |
<10 |
<10 |
<10 |
* Significância: * 1%; ** 5%; *** 10%
Fonte: dados da pesquisa.
Em relação às variáveis de estrutura de propriedade, nota-se na Tabela 3, que a variável “Conc_Acion” é estatisticamente significativa a um nível de 0,10. Portanto, não foi possível rejeitar a hipótese H1, pois, o resultado demonstra que há uma associação negativa entre a concentração acionária e a responsabilidade socioambiental, confirmando o que foi apresentado nos estudos de Juhmani (2013) e Hu et al. (2016).
Outra variável que apresentou significância estatística a um nível de 0,10 foi “Propr_Govern”. Sendo assim, não foi possível rejeitar a hipótese H3, pois o resultado indica que há uma associação positiva entre a propriedade governamental e a responsabilidade socioambiental. Esse resultado coaduna com o descrito na literatura (Choi, Sami & Zhou, 2010; Juhmani, 2013; Hu et al., 2016), de que o governo tende a influenciar para que as empresas em que participa como acionista se envolvam em ações e também divulguem mais informações de natureza socioambientais.
A variável “Propr_Internac” também apresentou significância estatística a um nível de 0,10. Dessa forma, não se rejeita a hipótese H4, já que o resultado evidencia que há uma associação positiva entre propriedade internacional e a responsabilidade socioambiental, assim como preconizam Oh et al. (2011), Soliman et al. (2013) e Hu et al. (2016).
As variáveis “Propr_Gerencial” e “Propr_Instituc”, não apresentaram significância estatística. Sendo assim, a hipótese H2 foi rejeitada, ou seja, para a amostra desta pesquisa, não se confirmou o que foi preconizado por Uwalomwa (2011), Soliman et al. (2013), Juhmani (2013) e Chang e Zhang (2015), de que há uma associação positiva entre propriedade gerencial e a responsabilidade socioambiental. Também foi rejeitada a hipótese H5, pois não se confirmou o que foi descrito por Oh et al. (2011), Soliman et al. (2013), Chang e Zhang (2015) e Hu et al. (2016), que há uma associação positiva entre propriedade institucional e a responsabilidade socioambiental.
No que tange às variáveis de controle, as variáveis “Rentabilidade” e “Idade_Cia” revelaram-se estatisticamente significantes. Esses resultados confirmam os relatos de Crisóstomo et al. (2013), Chang e Zhang (2015) e Hu et al. (2016) de que empresas mais rentáveis possuem maior folga financeira e, por isso, são mais propensas e comprometidas com a responsabilidade socioambiental. Também estão alinhados aos argumentos de Oh et al. (2011) e Soliman et al. (2013) de que empresas que atuam há mais tempo no mercado tendem a possuir estruturas de governança de melhor qualidade, estão sujeitas a análises mais rigorosas por parte de investidores, analistas e, por isso, também serão mais comprometidas com a responsabilidade socioambiental.
Quanto ao “Tamanho” e “Alavancagem”, os coeficientes não foram estatisticamente significativos. Logo, não foi possível confirmar que o tamanho possui associação com a responsabilidade socioambiental, conforme sugerem Juhmani (2013), Chang e Zhang (2015) e Hu et al. (2016). Da mesma forma, não se pode afirmar que o nível de alavancagem apresenta associação com a responsabilidade socioambiental, conforme destacam Soliman et al. (2013), Chang e Zhang (2015) e Hu et al. (2016).
Resumidamente, percebe-se que a concentração acionária, a propriedade governamental, a propriedade internacional, a rentabilidade e a idade das companhias podem ser consideradas fatores que influenciam na responsabilidade socioambiental das companhias abertas que compõem a amostra de pesquisa.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo do estudo foi analisar a relação entre estrutura de propriedade e responsabilidade socioambiental nas companhias abertas listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). As variáveis de estrutura de propriedade investigadas foram: concentração acionária, propriedade gerencial, propriedade governamental, propriedade internacional e propriedade institucional. A responsabilidade socioambiental foi analisada por meio de um índice constituído por 91 indicadores, elaborado a partir das recomendações da Global Reporting Initiative (GRI). Para atender ao objetivo proposto, realizou-se pesquisa descritiva, documental e de abordagem quantitativa em uma amostra composta por 34 companhias abertas.
Em relação aos indicadores, que foram divididos nas dimensões econômica, ambiental, e social, os resultados revelaram que o maior indicador médio se encontrava na dimensão econômica, enquanto o menor referia-se a dimensão social. Por meio do indicador geral, que englobou os 91 indicadores, das três dimensões, verificou-se um percentual médio de 51,37%, ou seja, distante de 100%.
No tocante a estrutura de propriedade, constatou-se que o percentual médio de concentração de direitos de voto nas empresas da amostra foi de 59,94%, sendo que 29 das 34 companhias possuíam um controlador com percentual superior a 50%. Quanto aos tipos de proprietários, percebeu-se que a propriedade internacional e a propriedade governamental se destacaram positivamente, pois apresentaram percentuais médios equivalentes a 16,65% e 14,51%, respectivamente. Os investidores institucionais possuíam um percentual médio de apenas 9,25% e a propriedade gerencial foi o tipo de propriedade que apresentou o menor percentual médio, correspondente a apenas 1,18%.
Por fim, quanto ao poder preditivo das variáveis de estrutura de propriedade na responsabilidade socioambiental, inicialmente, constatou-se que havia uma associação negativa entre a concentração acionária e a responsabilidade socioambiental, confirmando o que foi descrito nos estudos de Juhmani (2013) e Hu et al. (2016), ou seja, havendo grande concentração acionária as empresas podem se tornar menos propensas a divulgarem mais informação, porque seus principais investidores conseguem acessar fontes internas para obter as informações que necessitam.
Os resultados também evidenciaram uma associação positiva entre a propriedade governamental e a responsabilidade socioambiental. Sinalizando que o governo tende a influenciar para que as empresas em que participa como acionista se envolvam em ações e também divulguem mais informações de natureza socioambientais, conforme relatado por Choi et al. (2010), Juhmani (2013) e Hu et al. (2016).
Além disso, verificou-se ainda uma associação positiva entre propriedade internacional e a responsabilidade socioambiental, assim como preconizam Oh et al. (2011), Soliman et al. (2013) e Hu et al. (2016), pois, o envolvimento em ações socioambientais, além de ser uma maneira que tais investidores utilizam para reduzir riscos, também se trata de uma forma de mostrar que é um investidor altamente respeitável.
As variáveis referentes à propriedade gerencial e institucional não apresentaram significância estatística. Sendo assim, não se confirmou o que foi preconizado por Uwalomwa (2011), Soliman et al. (2013), Juhmani (2013) e Chang e Zhang (2015), de que há uma associação positiva entre propriedade gerencial e a responsabilidade socioambiental. Também não se confirmou o que foi descrito por Oh et al. (2011), Soliman et al. (2013), Chang e Zhang (2015) e Hu et al. (2016), que há uma associação positiva entre propriedade institucional e a responsabilidade socioambiental.
A pesquisa orientou-se no sentido de contribuir para os estudos teóricos e empíricos sobre fatores que influenciam na responsabilidade socioambiental. Assim, estes achados fornecem evidências adicionais para a literatura existente, além de serem relevantes para os diversos usuários das informações contábeis, como analistas e investidores, por exemplo. Os resultados também despertam o interesse para novas pesquisas, sendo assim, recomenda-se verificar se o setor de atuação interfere nos resultados encontrados. Outras sugestões são que fatores diversos dos investigados neste estudo sejam pesquisados, também outros períodos de tempo, bem como, outras proxies para a responsabilidade socioambiental.
REFERÊNCIAS
Albanio, L. S., & Tatsch, M. P. (2016) A Percepção de Empresas do Setor Calçadista Sobre Práticas Sustentáveis. Revista Organizações em Contexto-online, 12(23), 241-260.
Ashley, P. A. (2003) Ética e responsabilidade social nos negócios. São Paulo: Saraiva.
B3 – Brasil, Bolsa, Balcão S/A. (2017) Índices. Índice de Sustentabilidade Empresarial – ISE. Disponível em: <http://www.bovespa.com.br/Principal.asp>. Acessado em 02 de Fevereiro de 2017.
Busch, S. E., & Ribeiro, H. (2009). Responsabilidade socioambiental empresarial: revisão da literatura sobre conceitos. INTERFACEHS-Revista de Gestão Integrada em Saúde do Trabalho e Meio Ambiente, 4(2), 25
Cabestré, S. A., Graziadei, T. M., & Polesel Filho, P. (2008). Comunicação estratégica, sustentabilidade e responsabilidade socioambiental: um estudo destacando os aspectos teórico-conceituais e práticos. Conexão-Comunicação e Cultura, 7(13).
Chang, K., & Zhang, L. (2015). The Effects of Corporate Ownership Structure on Environmental Information Disclosure - Empirical Evidence from Unbalanced Penal Data in Heavy-pollution Industries in China. WSEAS Transactions on Syatems and Control, 10.
Choi, J. J., Sami, H., & Zhou, H. (2010). The impacts of state ownership on information asymmetry: Evidence from an emerging market. China Journal of Accounting Research, 3, 13-50.
Crisóstomo, V. L., Freire, F. S., & Parente, P. H. N. (2013). Ownership concentration favors corporate social responsibility of Brazilian firm. In Anais do Congresso da Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis–ANPCONT, Fortaleza, CE, Brasil (Vol. ٧).
Di Domenico, D., Mazzioni, S., Kronbauer, N. B., & Simionatto, F. J. (2016). Responsabilidade socioambiental e a estrutura de propriedade das empresas listadas na BM&F BOVESPA. Caderno de Administração, 24(1), 19-31.
ETHOS - Instituto de Responsabilidade Social. Disponível em: <http://www3.ethos.org.br> Acessado em: 23 Janeiro de 2017.
Fernandes, F. R. C. (2006). Responsabilidade socioambiental e trabalho infantil na mineração. Gênero e trabalho infantil na pequena mineração, 94.
Hu, Y., Zhu, Y., & Hu, Y. (2016). Does ownership type matter for corporate social responsibility disclosure: Evidence from China. In Global Conference on Business and Finance Proceedings, 11(1), 183-197
Juhmani, O. I. (2013). Ownership structure and corporate voluntary disclosure: Evidence from Bahrain. International Journal of Accounting and Financial Reporting, 3(2), 133.
Lu, Y., & Abeysekera, I. (2014). Stakeholders’ power, corporate characteristics, and social and environmental disclosure: evidence from China. Journal of Cleaner Production, 64, 426-436.
Macêdo, F., Moura, G. D., & Hein, N. (2013). Investidores institucionais e práticas de governança corporativa: uma análise das maiores empresas brasileiras listadas na BM&FBovespa. Revista Iberoamericana de Contabilidad de Gestión, 11(21), 1-20.
Meng, X. H., Zeng, S. X., Shi, J. J., Qi, G. Y., & Zhang, Z. B. (2014). The relationship between corporate environmental performance and environmental disclosure: An empirical study in China. Journal of environmental management, 145, 357-367.
Oh, W. Y., Chang, Y. K., & Martynov, A. (2011). The effect of ownership structure on corporate social responsibility: Empirical evidence from Korea. Journal of business ethics, 104(2), 283-297.
Pinto, F. R., Lemos, A. Q., da Rocha, J. D. A., & Ferreira, J. W. C. (2010). A percepção de empresários do setor de agronegócio sobre as práticas de responsabilidade socioambiental. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, 6(2), 437-452.
Soliman, M., El Din, M. B., & Sakr, A. (2013). Ownership structure and corporate social responsibility (CSR): An empirical study of the listed companies in Egypt. Available at SSRN 2257816.
Sufian, M. A., & Zahan, M. (2013). Ownership structure and corporate social responsibility disclosure in Bangladesh. International Journal of Economics and Financial Issues, 3(4), 901.