CONTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL: MAPEAMENTO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM PERIÓDICOS DA BASE SPELL
Clayton Robson Moreira da Silva*
Mestrando em Administração e Controladoria pela Universidade Federal do Ceará
Universidade Federal do Ceará
E-mail: [email protected]
Diego Sampaio Vasconcelos Ramalho Lima
Mestrando em Administração e Controladoria pela Universidade Federal do Ceará
Universidade Federal do Ceará
E-mail: [email protected]
Sandra Maria dos Santos
Doutora em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco
Docente do PPG em Administração e Controladoria da Universidade Federal do Ceará
E-mail: [email protected]
Augusto Cézar de Aquino Cabral
Doutor em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais
Docente do PPG em Administração e Controladoria da Universidade Federal do Ceará
E-mail: [email protected]
Maria Naiula Monteiro Pessoa
Doutora em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina
Docente do PPG em Administração e Controladoria da Universidade Federal do Ceará
E-mail: [email protected]
RESUMO
Os estudos voltados às questões ambientais têm ganhado caráter interdisciplinar e estão presentes nas mais diversas áreas do conhecimento. No campo da contabilidade, o enfoque socioambiental aparece de forma cada vez mais frequente. Uma forma de se perceber o grau de evolução da Contabilidade Socioambiental é através da análise de suas publicações no decorrer dos anos. Dessa maneira, este artigo objetiva mapear a produção científica sobre contabilidade socioambiental nas áreas de Administração, Contabilidade e Turismo, em periódicos brasileiros. Trata-se de um estudo bibliométrico, onde foram analisados 88 artigos publicados entre os anos de 2006 a 2015. Utilizou-se o indexador SPELL para coletar os artigos. Adicionalmente, foram utilizadas técnicas de análise de conteúdo, análise léxica, análise de correspondência e análise sociométrica para o tratamento dos dados. Os resultados apontam que não houve crescimento linear da produção científica, tendo sido observados picos de publicações nos anos de 2006, 2009 e 2012; o eixo temático mais abordado nas publicações sobre o tema é a temática “Evidenciação Socioambiental”; no que tange às tipologias metodológicas mais utilizadas, observou-se maior número de estudos teóricos, descritivos e qualitativos; quanto ao número e o perfil dos autores, constatou-se que os artigos costumam ter dois autores, e que a maioria dos autores que mais publicam na área estão vinculados à “Universidade Federal de Santa Catarina”; por fim, observou-se a presença de algumas redes de coautorias.
Palavras-chave: Produção Científica; Contabilidade Socioambiental; Estudo Bibliométrico.
SOCIAL AND ENVIRONMENTAL ACCOUNTING: MAPPING OF THE SCIENTIFIC PRODUCTION IN JOURNALS FROM SPELL DATABASE
ABSTRACT
Studies focused on environmental issues have gained interdisciplinary character and are present in the most vary areas of knowledge. In the field of accounting, the social and environmental focus appears more and more frequently. A way to perceive the evolution of social and environmental accounting is through the analysis of its publications over the years. This way, this article aims to map the scientific production on social and environmental accounting in the areas of Management, Accounting and Tourism, in Brazilian journals. It is a bibliometric study, which analyzed 88 articles published between the years 2006 to 2015. It was used the indexer SPELL to collect the articles. Additionally, content analysis, lexical analysis, correspondence analysis and sociometric analysis techniques were used for data treatment. The results show that there was no linear growth on the scientific production, it was observed peaks of publications in the years 2006, 2009 and 2012; the theme most addressed in the publications is “Social and Environmental Disclosure”; in relation to the most used methodological typologies, it was observed a large number of theoretical, descriptive and qualitative studies; rellating to the number of authors and their profile, it was found that the articles usually have two authors, and that the majority of authors who publishes on the theme are linked to the “Federal University of Santa Catarina”; finally, it was observed the presence of some co-authoring networks.
Keywords: Scientific Production. Social and Environmental Accounting. Bibliometric Study.
CONTABILIDAD SOCIOAMBIENTAL: MAPEAMENTO DE LA PRODUCCIÓN CIENTÍFICA EN PERIÓDICOS DE LA BASE SPELL
RESUMEN
Los estudios centrados en los temas ambientales han ganado un carácter interdisciplinario y están presentes en las más diversas áreas del conocimiento. En el campo de la contabilidad, el enfoque del medio ambiente aparece cada vez más a menudo. Una manera de darse cuenta del grado de evolución de la contabilidad socioambiental es mediante el análisis de sus publicaciones en los últimos años. Por lo tanto, este artículo pretende trazar un mapa de la literatura científica sobre la contabilidad socioambiental en las áreas de administración, contabilidad y turismo, en las revistas brasileñas. Se trata de un estudio bibliométrico, que analizó 88 artículos publicados entre los años 2006 a 2015. Se utilizó el indexador SPELL para recolectar los artículos. Además, se utilizaron técnicas de análisis de contenido, análisis léxico, análisis de correspondencias y el análisis sociométrico para el tratamiento de los datos. Los resultados muestran que no hubo crecimiento lineal de la producción científica, habiéndose observado picos en las publicaciones de 2006, 2009 y 2012; el tema más discutido en publicaciones sobre el tema es el tema de “divulgación de información ambiental”; con respecto a las tipologías metodológicas utilizadas comúnmente, se observó un mayor número de estudios teóricos, descriptivos y estudios cualitativos; con respecto al número y el perfil de los autores, se encontró que los artículos suelen tener dos autores, y que la mayoría de los autores que publican en la zona están vinculados a la “Universidad Federal Santa Catarina “; por último, se observó la presencia de algunas redes de co-autoría.
Palabras clave: Producción Científica; Contabilidad Socioambiental; Estudio Bibliométrico.
A questão socioambiental tem sido muito discutida na atualidade, principalmente em relação à forma como as entidades devem se adequar, voluntariamente ou não, à realidade de divulgação e transparência das informações (Melo, Melo, Pereira & Barbosa, 2016; Degenhart, Rosa, Hein & Vogt, 2016). Na crescente preocupação com a sustentabilidade e a busca por vantagens competitivas, as organizações têm se adaptado para otimizar a qualidade do produto, melhorar a eficiência no processo produtivo e poupar o meio ambiente. Diante disso, a área ambiental tem se tornado um campo amplo para pesquisas, inclusive para os profissionais de Ciências Contábeis (Teixeira & Ribeiro, 2014).
Assuntos voltados ao meio ambiente passaram a ser inseridos nas agendas de discussão há pouco menos de cinco décadas. Isso representa, de certa forma, pouco tempo no que diz respeito à reflexão e compreensão dos problemas ambientais em âmbito global, além disso, esse pouco período de discussão sobre esse tópico não parece suficiente para se verificar se as ações desempenhadas em prol do apaziguamento das questões socioambientais têm sido eficazes (Leal, 2009). Nessa esteira, a contabilidade se apresenta como um meio que tem desempenhado um relevante papel no contexto socioambiental. Com sua evolução, vem desenvolvendo diferentes mecanismos e técnicas, além de apresentar formas de evidenciação que dão o arcabouço necessário para a tomada de decisão no que tange às ações de sustentabilidade (Melo et al., 2016).
As últimas duas décadas apresentaram grande avanço no desenvolvimento de técnicas de mensuração e divulgação de informações de caráter ambiental. A pesquisa acadêmica nas áreas de contabilidade e auditoria trouxe contribuições para o desenvolvimento das técnicas e para a sua análise e discussão (Rover, Santos & Salotti, 2012; Degenhart et al., 2016).
A divulgação de informação social e ambiental pelas empresas não é um fenômeno novo. O relato das empresas sobre os impactos socioambientais tem sido objeto de uma série de estudos realizados em nível nacional e internacional (Niskala & Pretes, 1995). Owen (2008) advogam que os estudos que objetivam avaliar criticamente a produção científica em determinado campo de conhecimento têm recebido atenção dos pesquisadores nos últimos anos na área de contabilidade ambiental e social.
A bibliometria é um dos métodos utilizados para mapear e conhecer trabalhos acadêmicos com o intuito de avaliar a produção científica e instigar a reflexão acerca desses trabalhos e sobre a área em questão (Cardoso, Mendonça Neto, Riccio & Sakata, 2005). Nessa esteira, conhecer o estado da arte sobre Contabilidade Socioambiental proporciona o mapeamento necessário para que os pesquisadores construam um arcabouço teórico robusto para a construção de novos estudos nesse campo. Um modo de obter esse conhecimento é na análise das produções científicas acerca da temática. Nesse contexto, este trabalho é norteado pela seguinte questão de pesquisa: Como caracteriza-se a produção científica sobre contabilidade socioambiental em periódicos brasileiros, nas áreas de Administração, Ciências Contábeis e Turismo? O objetivo geral, portanto, é mapear a produção científica sobre contabilidade socioambiental nas áreas de Administração, Contabilidade e Turismo, em periódicos brasileiros.
Para que se pudesse alcançar o objetivo geral desse estudo, foram delineados os seguintes objetivos específicos: (i) verificar a evolução da produção científica que trata sobre o tema; (ii) identificar os periódicos que mais publicam sobre o tema; (iii) identificar os principais eixos temáticos investigados nas pesquisas; (iv) verificar as tipologias metodológicas utilizadas, evidenciando se há associação entre elas; (v) identificar a quantidade de autores por artigo, bem como o perfil dos que mais publicam na área (vi) apresentar as redes de coautoria existentes entre os autores que mais publicam.
O presente estudo tem abordagem quantitativa e caráter documental. Utilizou-se de análise bibliométrica (Bjorneborn & Ingwersen, 2004; Vanti, 2002), análise de conteúdo (Bauer, 2011; Bardin, 2009), análise léxica (Freitas & Janissek, 2000), análise de correspondência [ANACOR] (Fávero, Belfiore, Silva & Chan, 2009), análise sociométrica (Pinto, Efrain-García, Barquín & González, 2007) para o tratamento dos dados. Foram analisados 88 artigos publicados nos últimos dez anos, 2006 a 2015, que foram coletados na biblioteca eletrônica Scientific Periodicals Electronic Library [SPELL] (2016).
O trabalho está dividido em cinco partes, contando com essa introdução; em seguida a segunda seção com a revisão da literatura, representada pelos itens contabilidade socioambiental e estudos anteriores; na terceira seção é explorado todo o percurso metodológico elaborado para o desenvolvimento da pesquisa; na quarta seção são apresentados e analisados os resultados da pesquisa; e por fim, na quinta e última seção são apresentadas considerações finais, seguidas da lista de obras referenciadas.
Nesta seção, contextualiza-se acerca do assunto objeto dessa pesquisa, a contabilidade socioambiental, além de apresentar estudos anteriores que abordam sobre o tópico. Inicialmente, apresentam-se conceitos sobre a contabilidade ambiental e contabilidade social, bem como suas relações com os paradigmas inerentes à responsabilidade social corporativa. Posteriormente, são apresentados estudos que dão contribuições no processo de construção do conhecimento no campo da contabilidade socioambiental.
As organizações estão cada vez mais preocupadas com a responsabilidade socioambiental, no entanto, apresentam certa dificuldade na avaliação do seu desempenho socioambiental, como afirmam Duarte e Dias (1986). Diante dessa realidade, Monteiro e Ferreira (2007) apontam que são evidenciadas diversas ações, nos mais diferentes campos do conhecimento, com o intuito de elaborar mecanismos que possibilitassem o incentivo à preservação do meio ambiente e dos recursos naturais, além disso, fiscalizar e controlar os efeitos sociais e ambientais decorrentes do crescimento econômico.
Um desses campos do conhecimento é a contabilidade. Essa ciência estuda a mensuração do patrimônio das entidades, bem como suas variações, durante determinado período e tem como objetivo proporcionar a continuidade dessas entidades (Merlo & Pertuzatti, 2005; Monteiro & Ferreira, 2007). Destarte, a contabilidade tem como papel evidenciar as informações sobre fatos e eventos, sejam eles internos ou externos, que podem vir a afetar o meio ambiente e o patrimônio empresarial (Costa & Marion, 2007; Souza & Costa, 2012).
Como ciência e veículo de informação, a contabilidade tem como propósito elaborar relatórios que apresentem, de forma integral e com transparência, as relações da empresa com a sociedade (Souza & Costa, 2012; Melo et al., 2016). A contabilidade deve evoluir no sentido de prestar informações atualizadas, observando a forma como as mudanças patrimoniais refletem no meio ambiente e na sociedade como um todo. As divulgações devem envolver diferentes aspectos, não se limitando a informações de ordem financeira (Kroetz, 2000).
Nesse contexto, o conceito de Contabilidade Socioambiental emerge no campo da contabilidade através de uma abordagem que toma como base o arcabouço teórico construído através dos paradigmas inerentes à Responsabilidade Social Corporativa (RSC) e tem como objetivo evidenciar informações socioambientais das organizações. Destaca-se que esse ramo da contabilidade é fundamentado em teorias amplamente discutidas na literatura e que servem de base para diversos outros temas emergentes na área contábil. Os autores destacam a forte influência da teoria da legitimação, da teoria institucional, teoria da dependência de recursos e da teoria dos stakeholders na construção dos conceitos centrais que direcionam a Contabilidade Socioambiental (Chen & Roberts, 2010)
Correa e Larrinaga (2015) e Melo et al. (2016) argumentam que a Contabilidade Socioambiental está cada vez mais presente em organizações e reforçam que ela tem por objetivo divulgar ações relacionadas ao meio ambiente e à sociedade. Corroborando o que foi exposto, Kabir e Akinnusi (2012) enfatizam que a pressão exercida por parte dos stakeholders em relação à divulgação dos aspectos sociais e ambientais das firmas tem proporcionado o cenário apropriado para o crescimento e ampliação dos conceitos de Contabilidade Socioambiental. Assim, compreende-se que a Contabilidade Socioambiental surge e se fortalece no âmbito da Responsabilidade Social Corporativa.
Souza e Costa (2012) afirmam que a evidenciação de informações socioambientais converge com os objetivos e princípios da contabilidade, e estaria também de acordo com os princípios de responsabilidade social corporativa, levando em consideração os aspectos éticos necessários para condução dos negócios, a transparência no relacionamento com os stakeholders e o comprometimento da empresa com o desenvolvimento sustentável. Porém, segundo Monteiro e Ferreira (2007), de modo geral, as empresas não divulgam esse tipo de informação, o que sugere desconhecimento ou desinteresse sobre esse aspecto da responsabilidade social. Ademais, também se pode observar que o nível de divulgação de informações ambientais tende a ser maior quando existe pressão por parte dos stakeholders, ou ainda quando leis mais rígidas são aplicadas em relação a esse tópico.
O estado da arte das pesquisas bibliométricas na área em estudo é fonte essencial para descrever como a questão socioambiental tem sido explorada por estudiosos da área de contabilidade. Gallon, Souza, Rover e Van Bellen (2007) fizeram um estudo que tinha como objetivo examinar as características metodológicas de 186 artigos da área ambiental publicados nos anais de congressos e em revistas de Contabilidade e Administração no período de 2000 a 2006. Como resultados, os autores encontraram que os artigos apresentam similaridade quanto à abordagem metodológica, tipo de estudo e quantidade de autores por artigo. Ainda mostram que os temas mais trabalhados são a contabilidade ambiental e a evidenciação ambiental.
Murcia, Santos, Salotti e Nascimento (2010) objetivaram apresentar uma revisão da literatura internacional sobre o tema evidenciação ambiental e analisaram 77 artigos publicados no período de 1997 a 2007. Alguns dos resultados evidenciam que a grande maioria dos trabalhos foi realizada no Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Quanto ao tipo de estudo, a grande maioria é estudo empírico, do tipo survey. Com relação à coleta de dados, a maioria utilizou fonte dedados secundária, sendo que a análise de conteúdo foi a técnica mais utilizada para coletar as informações de caráter ambiental.
Rosa, Lunkes, Pfitscher, Feliu e Soler (2012) analisaram o perfil das publicações sobre contabilidade socioambiental em revistas espanholas de contabilidade. Os autores selecionaram 15 revistas e analisaram 74 artigos que foram publicados entre os anos de 2001 a 2010. Os resultados da pesquisa apresentaram que os anos com maior número de publicações foram os anos de 2001, 2003 e 2006. Quanto as metodologias mais utilizadas, os autores perceberam que a maioria dos artigos utilizavam revisões bibliográficas, estudos de caso e análise de conteúdo. Além disso, identificaram que os artigos traziam conceitos acerca da normatização contábil, indicadores de sustentabilidade e evidenciação ambiental.
Rover et al. (2012) analisaram as características das pesquisas empíricas de contabilidade ambiental publicadas em periódicos de contabilidade nacionais e internacionais no período de 1992 a 2009. Dos 112 artigos sobre contabilidade ambiental analisados, 68 foram publicados em periódicos nacionais e 44 em internacionais. Os resultados apontam uma tendência de crescimento em pesquisas publicadas na área ambiental, tanto nas revistas acadêmicas nacionais quanto nas internacionais. Ademais, os autores constataram que a maior parte dos artigos aborda questões sobre contabilidade ambiental financeira; predomina a pesquisa empírica que relata características da contabilidade ambiental em determinado país ou setor; as técnicas de análise mais utilizadas nos trabalhos são análise de conteúdo, regressão e estudo de caso; e verifica-se que os estudos internacionais analisam, predominantemente, os seguintes países: Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Austrália.
Teixeira e Ribeiro (2014) tinham como objetivo identificar e analisar as características das pesquisas sobre a contabilidade ambiental de 2010 a 2013. Este estudo baseia-se no supramencionado. Os autores escolheram 8 periódicos focados na área de contabilidade ambiental para efetuar sua análise. Os resultados da análise dos 44 artigos demonstram que os temas mais explorados foram a evidenciação ambiental, as questões relacionadas aos impactos ambientais, o desempenho ambiental e ao desempenho econômico em relação ao meio ambiente. A Teoria da Legitimidade foi a mais utilizada para embasar os estudos investigados, bem como o Brasil foi o país mais analisado. A análise documental e os testes paramétricos e não-paramétricos foram os métodos mais utilizados para coleta e análise dos dados. Os estudos empíricos foram os mais desenvolvidos com predominância da exploração de dados secundários de empresas, setores e países.
Beuren, Silva, Dani e Kloeppel (2014) examinaram as características das publicações da área ambiental no Congresso USP de Controladoria e Contabilidade, EnANPAD e em periódicos de Administração e Contabilidade no período de 2000 a 2010. Os resultados da pesquisa destacam que: i) o volume de publicações sobre o tema no EnANPAD aumentou significativamente no decorrer do período analisado; ii) os periódicos O&S, RAE, RAUSP e REAd apresentam tendência ascendente no volume de publicações sobre o tema; iii) quanto aos procedimentos metodológicos, o Congresso USP e o EnANPAD priorizaram estudos de caso e survey e os periódicos estudos teóricos, mas em todos prevaleceu a abordagem qualitativa; iv) dentre as categorias da temática ambiental prevaleceu a Gestão Ambiental e evolução nas publicações sobre Evidenciação Ambiental.
Dessa forma, observa-se o desenvolvimento de estudos nesse campo da contabilidade e a utilização da bibliometria como método para se mapear a produção científica nessa área. Além disso, observa-se a pluralidade obtida através dos resultados nas pesquisas ao mesmo passo em que há convergência em determinados tópicos analisados. Os estudos aqui apresentados trazem diferentes contextos e diferentes períodos analisados, justificando-se, assim, a variedade obtida nos resultados.
O presente estudo, quanto à natureza do problema, utilizou-se da abordagem quantitativa. Essa abordagem caracteriza-se pelo emprego de técnicas estatísticas, que podem ser desde as mais simples, como percentual, média, desvio-padrão, às mais complexas, como coeficientes de correlação e análise de regressão (Richardson, 2008; Collis & Hussey, 2005). No tocante aos procedimentos, a pesquisa é documental. A pesquisa documental tipifica-se por utilizar documentos elaborados com finalidades diversas (Gil, 2010).
Os artigos foram coletados por meio da biblioteca digital SPELL, que é um sistema de indexação, pesquisa e disponibilização da produção científica. Ele concentra a produção científica das áreas de Administração, Contabilidade e Turismo. Assim, o Spell consiste em uma ferramenta virtual que agrega a produção científica disponibilizada eletronicamente pelos periódicos associados, reunindo artigos científicos, resenhas, editoriais, notas bibliográficas, casos de ensino, debates entre outros documentos (SPELL, 2016).
A escolha por essa base de dados aconteceu pela possibilidade de filtragem dos artigos conforme critérios específicos. Assim, procedeu-se a coleta dos dados secundários, através da busca dos seguintes termos no título, resumo e palavras-chave: “contabilidade socioambiental”, “contabilidade social” e “contabilidade ambiental”. Foram considerados apenas os artigos publicados entre os anos 2006 e 2015, a fim de se ter um panorama atual da produção científica sobre o tema. Ao fim da coleta, chegou-se ao total de 88 artigos.
Para o tratamento dos dados, foram utilizadas análise bibliométrica (Bjorneborn & Ingwersen, 2004; Vanti, 2002), análise de conteúdo (Bauer, 2011; Bardin, 2009), análise léxica (Freitas & Janissek, 2000), análise de correspondência [ANACOR] (Fávero et al., 2009) e análise sociométrica (Pinto et al., 2007).
A análise bibliométrica é formada por um conjunto de leis e princípios empíricos que utilizam métodos matemáticos e estatísticos para estabelecer diretrizes de busca e classificação na pesquisa científica sobre Ciência da Informação (Bjorneborn & Ingwersen, 2004).Com o enorme volume de publicações existentes, algumas ferramentas podem ser úteis na avaliação das atividades de produção e comunicação científica e, segundo Vanti (2002), a bibliometria se destaca entre essas técnicas de avaliação do conhecimento.
Outro procedimento utilizado no tratamento dos dados foi a análise de conteúdo. Segundo Bauer (2011) e Bardin (2009) trata-se de um método utilizado para extrair significado através da interpretação dos dados coletados. O método de análise de conteúdo obedeceu às três fases propostas por Mozzato e Grzybovski (2011). A primeira fase é definida pelos autores como a pré-análise, que se trata do momento em que se seleciona o material a ser analisado – nesse estudo equivale ao momento da coleta dos artigos através do Spell. A segunda fase, que é a exploração do material, foi feita de modo a buscar nos artigos o conteúdo suficiente para atender aos objetivos delineados nessa pesquisa, tais como: ano da publicação, revista, autores, tipologias metodológicas e eixos temáticos. A terceira fase – tratamento dos resultados, inferência e interpretação – corresponde ao tratamento de dados propriamente dito, quando foram dispostos os dados e os resultados na seção seguinte. Utilizou-se o Microsoft Excel para a tabulação dos dados da pesquisa.
Através da análise de conteúdo dos artigos, foi possível identificar a quantidade de artigos publicados por ano, número de publicações por periódico por ano, temáticas abordadas pelos artigos, tipologias metodológicas e número de autores por publicação. Ressalta-se que as tipologias metodológicas foram classificadas quanto à natureza, à abordagem, e aos objetivos, tomando como base as definições dadas pelos autores Gil (2010), Andrade (2008) e Beuren (2006).
A fim de se reforçar os achados obtidos através da análise de conteúdo sobre as temáticas mais abordadas nos artigos, foi feita análise léxica com os títulos dos artigos, onde foram observados os termos que mais se repetiram nos títulos. Freitas e Janissek (2000) enfatizam que a análise léxica busca extrair significados e interpretações através da análise de palavras em diferentes contextos. Utilizou-se o website TagXeto para a elaboração de uma nuvem de palavras com as palavras que mais se repetem nos títulos dos artigos.
Em relação às tipologias metodológicas utilizadas nos artigos, buscou-se evidenciar se havia associação entre elas. Para tanto, foram feitas análises de correspondência que, segundo Fávero et al. (2009), verificam a existência de associação entre variáveis qualitativas. Utilizou-se o software Statistical Package for the Social Sciences [SPSS] para a realização do teste qui-quadrado e para o cálculo das ANACOR.
Posteriormente, foram identificados os autores que mais publicaram sobre o tema durante os anos de 2006 a 2015. Em seguida, foi elaborado um ranking dos 10 autores que tinham maior volume de publicação nesse período e através dos dados publicados na Plataforma Lattes foi possível identificar o perfil dos autores, bem como as instituições as quais estes são vinculados. Por fim, através de uma análise sociométrica, foram elaboradas redes de coautoria entre esses principais autores. Pinto et al. (2009) comentam que a sociometria tem a finalidade de identificar a relação entre autores, bem como a existência de coautoria, semelhança entre suas produções e relações institucionais ou de temas de interesse. Foram utilizados os softwares UCINET6 e NetDraw para a elaboração das figuras que apresentam as redes de coautoria existentes entre os principais autores.
Conforme a tabela 1, a análise da evolução da produção científica indica que no primeiro ano analisado houve uma alta produção na temática de contabilidade socioambiental, assim como nos anos de 2009 e 2014. Esse último ano foi o que obteve maior quantidade, com 14 publicações na biblioteca eletrônica Spell. Percebe-se que no ano de 2008 há uma baixa produção na área, com apenas dois artigos, assim como no último ano analisado, 2015, com apenas 4 publicações. Os demais anos apresentam uma quantidade semelhante de publicações, variando de 8 a 9 artigos.
Tabela 1.
Quantitativo de artigos por ano.
Ano | Quantidade de Artigos | Percentual |
2006 | 13 | 14,77% |
2007 | 9 | 10,23% |
2008 | 2 | 02,27% |
2009 | 13 | 14,77% |
2010 | 8 | 09,09% |
2011 | 8 | 09,09% |
2012 | 14 | 15,91% |
2013 | 8 | 09,09% |
2014 | 9 | 10,23% |
2015 | 4 | 04,55% |
Total | 88 | 100,00% |
Fonte: Dados da pesquisa.
A tabela 2 mostra os periódicos que mais publicam sobre contabilidade socioambiental. A Revista Pensar Contábil foi a que mais publicou, com um total de 9 artigos no período analisado. Percebe-se que no ano de 2006, ela publicou 5 artigos e até o ano de 2009 esse total já tinha sido atingido. Portanto, desde esse ano a Pensar Contábil não publica sobre o tema, conforme a SPELL.
O periódico seguinte, a Revista Catarinense da Ciência Contábil, publicou 8 artigos. No entanto, diferente do primeiro periódico, as publicações são mais distribuídas, não tendo sido publicado artigos apenas nos anos de 2007, 2014 e 2015. A Revista de Gestão Social e Ambiental também publicou 8 artigos no período analisado. No ano de 2012 houve uma concentração de 4 artigos em tal periódico.
Os periódicos que seguem costumas concentrar a publicação em no máximo 4 anos, portanto há anos em que eles não publicam artigos sobre contabilidade socioambiental. Os periódicos que publicaram no ano de 2015 não fazem parte do grupo dos periódicos que mais publicam na área.
Tabela 2.
Periódicos que publicam sobre o tema
Periódico | Ano | Total | % | |||||||||
2006 | 2007 | 2008 | 2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | |||
Pensar Contábil | 5 | 2 | - | 2 | - | - | - | - | - | - | 9 | 10,23 |
Rev. Catarinense da Ciência Contábil | 1 | - | 1 | 1 | 1 | 1 | 1 | 2 | - | - | 8 | 9,09 |
Rev. de Gestão Social e Ambiental | - | 1 | 1 | - | - | 1 | 4 | - | 1 | - | 8 | 9,09 |
Sociedade, Contabilidade e Gestão | - | - | - | 4 | 1 | - | - | 1 | - | 1 | 7 | 7,95 |
Rev. Universo Contábil | 1 | - | - | - | 3 | - | - | - | 2 | - | 6 | 6,82 |
Contabilidade e Organizações | - | - | - | - | 2 | 1 | - | 2 | - | - | 5 | 5,68 |
Contabilidade Vista & Revista | 1 | - | - | 2 | 1 | - | - | - | - | - | 4 | 4,55 |
Rev. Contemporânea de Contabilidade | - | 1 | - | 2 | - | 1 | - | - | - | - | 4 | 4,55 |
Rev. de Administração, Contabilidade e Sustentabilidade | - | - | - | - | - | 1 | 2 | - | 1 | - | 4 | 4,55 |
Rev. de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ | - | - | - | - | - | - | 3 | - | - | 3 | 3,41 | |
Outros | 5 | 5 | - | 2 | - | 3 | 4 | 3 | 5 | 3 | 30 | 34,09 |
Total | 13 | 9 | 2 | 13 | 8 | 8 | 14 | 8 | 9 | 4 | 88 | 100 |
Fonte: Dados da Pesquisa.
A tabela 3 apresenta as temáticas mais abordadas nos artigos analisados. A única temática que apresentou grande recorrência foi a “Evidenciação Socioambiental”, aparecendo em 35 dos 88 artigos. Em seguida aparece o “Registro Contábil Ambiental” e a “Gestão Ambiental”, respectivamente com 9 e 8 artigos. A “Produção Científica em Contabilidade Socioambiental” e a “Sustentabilidade” vêm logo em seguida com 7 artigos cada. Prosseguindo, aparecem temas como “Auditoria Ambiental” e “Passivos Ambientais”. Ressalta-se que foram tabeladas apenas as temáticas identificadas em pelo menos dois artigos.
Tabela 3.
Temáticas mais abordadas nas publicações.
Temáticas | Ano | Total | % | |||||||||
2006 | 2007 | 2008 | 2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | |||
Evidenciação Socioambiental | 4 | 4 | 1 | 6 | 4 | 3 | 6 | 1 | 4 | 2 | 35 | 39,77 |
Registro Contábil Ambiental | 1 | 2 | - | 1 | 1 | 1 | - | 1 | 1 | 1 | 9 | 10,23 |
Gestão Ambiental | 2 | - | - | 1 | - | 3 | - | 1 | - | 1 | 8 | 9,09 |
Produção Científica em Contabilidade Socioambiental | - | - | - | - | - | - | 4 | 1 | 2 | - | 7 | 7,95 |
Sustentabilidade | 1 | - | - | 1 | - | 1 | 1 | 2 | 1 | - | 7 | 7,95 |
Contabilidade e Meio Ambiente | 2 | 1 | - | 2 | - | - | 1 | - | - | - | 6 | 6,82 |
Passivos Ambientais | 1 | - | - | 1 | 1 | - | - | 1 | - | - | 4 | 4,55 |
Auditoria Ambiental | - | 1 | 1 | - | - | - | - | - | 1 | - | 3 | 3,41 |
Responsabilidade Socioambiental | 1 | - | - | - | 1 | - | 1 | - | - | - | 3 | 3,41 |
Contabilidade Socioambiental no Setor Público | - | - | - | 1 | 1 | - | - | - | - | 2 | 2,27 | |
Contabilidade Social | - | 1 | - | - | - | - | - | 1 | - | - | 2 | 2,27 |
Ensino de Contabilidade Socioambiental | 1 | - | - | - | - | - | 1 | - | - | - | 2 | 2,27 |
Total | 13 | 9 | 2 | 13 | 8 | 8 | 14 | 8 | 9 | 4 | 88 | 100 |
Fonte: Dados da Pesquisa.
Foi feita análise léxica com os títulos dos artigos analisados, a fim de se extrair informações que corroborem os achados dessa pesquisa. Elaborou-se uma nuvem de palavras com as palavras que mais se repetem nos títulos do trabalho, trata-se da figura 1. Além das palavras “Contabilidade”, “Ambiental” e “Social”, que fizeram parte do termo de busca dos artigos, é possível ver outras palavras como “Evidenciação” e “Sustentabilidade”, que aparecem de forma destacada, isso corrobora os resultados presentes na tabela 3, que se referem aos eixos temáticos mais estudados nos artigos. Além dessas palavras, é possível verificar, de forma menos destacada, outras palavras que refletem também outros os eixos temáticos mais abordados nos artigos, tais como: “Auditoria”, “Pública”, “Gestão”, “Passivo”, “Científicas”, entre outros termos presente nos eixos temáticos mais abordados nos artigos.
Figura 1. Nuvem de palavras que mais se repetem nos títulos dos artigos.
Fonte: Elaborado pelos Autores.
Quanto às tipologias metodológicas, a tabela 4 apresenta os resultados em relação à natureza da pesquisa. Percebe-se que a grande maioria dos artigos é de natureza teórico-empírica (77%). Nos anos de 2014 e 2015, nenhum artigo teórico foi encontrado. No ano de 2013, quase a totalidade dos artigos publicados foi de natureza teórica. Esse ano contribuiu para a quantidade total de artigos dessa natureza. Há anos em que se verifica nenhuma publicação teórica. Por outro lado, em nenhum ano deixou-se de publicar artigos teórico-empíricos. Observa-se que em 2009, 13 artigos de natureza teórico-empírica foram publicados, ao passo de que nenhum teórico fora.
Tabela 4.
Natureza da pesquisa.
Natureza | Ano | Total | ||||||||||
2006 | 2007 | 2008 | 2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | % | ||
Teórico-Empírico | 10 | 6 | 1 | 13 | 6 | 8 | 10 | 1 | 9 | 4 | 68 | 77,27 |
Teórico | 3 | 3 | 1 | - | 2 | - | 4 | 7 | - | - | 20 | 22,73 |
Total | 13 | 9 | 2 | 13 | 8 | 8 | 14 | 8 | 9 | 4 | 88 | 100 |
Fonte: Dados da Pesquisa.
Outro aspecto quanto à tipologia metodológica observado foi em relação aos objetivos da pesquisa. Alguns artigos não explicitam esse aspecto, portanto foi criado a categoria “não informado”. Percebe-se uma predominância dos artigos descritivos, conforme tabela 5. Eles totalizam mais da metade do total. Os artigos exploratórios representam metade dos descritivos e pouco mais de 26% do total. Os descritivo-exploratórios somam 8 do total de 88 artigos. Em 11 artigos, os autores não citavam o aspecto metodológico em relação ao objetivo.
Tabela 5.
Objetivos da pesquisa.
Objetivos | Ano | Total | % | |||||||||
2006 | 2007 | 2008 | 2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | |||
Descritivo | 7 | 6 | 1 | 9 | 5 | 3 | 4 | 2 | 8 | 1 | 46 | 52,27 |
Exploratório | 6 | 3 | 1 | 4 | 3 | 3 | 1 | 1 | - | 1 | 23 | 26,14 |
Descritivo-Exploratório | - | - | - | - | - | 1 | 5 | 1 | - | 1 | 8 | 9,09 |
Explicativo | - | - | - | - | - | - | - | - | - | - | - | - |
Não informado | - | - | - | - | - | 1 | 4 | 4 | 1 | 1 | 11 | 12,50 |
Total | 13 | 9 | 2 | 13 | 8 | 8 | 14 | 8 | 9 | 4 | 88 | 100 |
Fonte: Dados da Pesquisa.
A tabela 6, da tipologia metodológica quanto à abordagem da pesquisa, mostra que há um domínio de artigos qualitativos, 59%. Em seguida aparecem os artigos quantitativos, com apenas 18% do total analisado. Os artigos que utilizam abordagem mista (quantitativa e qualitativa) somam 9%. 12 artigos não informaram a abordagem utilizada na pesquisa.
Tabela 6.
Abordagem da pesquisa.
Abordagem | Ano | Total | % | |||||||||
2006 | 2007 | 2008 | 2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | |||
Qualitativa | 13 | 7 | 2 | 9 | 6 | 3 | 5 | 3 | 4 | 2 | 54 | 61,36 |
Quantitativa | - | 1 | - | 1 | 2 | 2 | 4 | 3 | 2 | 1 | 16 | 18,18 |
Mista | - | 1 | - | 3 | - | 2 | - | - | 2 | - | 8 | 9,09 |
Não informado | - | - | - | - | - | 1 | 5 | 2 | 1 | 1 | 10 | 11,36 |
Total | 13 | 9 | 2 | 13 | 8 | 8 | 14 | 8 | 9 | 4 | 88 | 100 |
Fonte: Dados da Pesquisa.
No tocante dos procedimentos utilizados nos artigos analisados, a tabela 7 evidencia que, dentre os artigos que utilizam apenas um procedimento, o mais usado é o Estudo de Caso. Ainda é possível perceber que há maior frequência de artigos que utilizam mais de um procedimento. Percebe-se ainda que, no decorrer dos anos, os artigos passaram a deixar de utilizar apenas um procedimento para adotar mais de um, isso sinaliza uma maior complexidade no que diz respeito ao desenvolvimento das pesquisas sobre o tema.
Tabela 7.
Procedimentos metodológicos utilizados.
Procedimentos | Ano | Total | % | |||||||||
2006 | 2007 | 2008 | 2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | |||
Pesquisa Bibliográfica | 2 | 2 | 1 | - | 2 | - | 1 | - | - | - | 8 | 9,09 |
Pesquisa de Campo | 1 | 1 | - | 2 | 2 | - | - | - | - | - | 6 | 6,82 |
Estudo de Caso | 7 | 1 | 1 | 6 | 1 | - | 1 | - | - | - | 17 | 19,32 |
Análise Documental | 2 | 1 | - | 3 | 2 | 2 | 2 | - | 2 | - | 14 | 15,91 |
Survey | - | - | - | - | - | 1 | - | 3 | - | - | 4 | 4,55 |
Mais de um procedimento | - | 3 | - | 2 | 1 | 3 | 5 | 3 | 5 | 2 | 24 | 27,27 |
Não informado | 1 | 1 | - | - | - | 7 | 5 | 2 | 2 | 2 | 20 | 22,73 |
Total | 13 | 9 | 2 | 13 | 8 | 8 | 14 | 8 | 9 | 4 | 88 | 100 |
Fonte: Dados da Pesquisa.
Com base nos dados coletados, com o uso do SPSS, foram feitas análises de correspondência (ANACOR) a fim de observar se há associação entre alguns aspectos metodológicos utilizados nos artigos. Aplicou-se o teste qui-quadrado com o intuito de verificar a significância entre as variáveis, observou-se que há significância estatística ao nível de até 1% entre as variáveis referentes à Abordagem e Objetivo, Natureza e Objetivo, e Natureza e Abordagem. Após o teste qui-quadrado foram elaborados mapas perceptuais para verificar o grau de associação entre as variáveis, observou-se não haver associação entre Natureza e Abordagem. A figura 2 traz o primeiro mapa perceptual (Mapa Perceptual 1), que foi elaborado com base na associação entre os aspectos metodológicos em relação à Abordagem e Objetivo; enquanto a figura 3 traz o segundo mapa perceptual (Mapa Perceptual 2), que foi elaborado com base na associação entre os aspectos metodológicos em relação à Natureza e Objetivo.
Observando a figura 2, que traz um mapa perceptual das variáveis referentes à Abordagem e Objetivo, é possível afirmar que os trabalhos de natureza quantitativa ou mista tem associação com os trabalhos de objetivo descritivo, já os trabalhos de abordagem qualitativa associam-se à objetivo descritivo-exploratório, além disso, quando não se é mencionada a natureza da pesquisa, também não se menciona o tipo de objetivo.
Em relação à figura 3, que traz um mapa perceptual das variáveis referentes à Natureza e Objetivo, observa-se que os trabalhos de objetivo descritivo se associam à trabalhos de natureza teórico-empírica, enquanto os trabalhos puramente teóricos não mencionam o tipo de objetivo da pesquisa.
Figura 2. Mapa perceptual 1.
Fonte: Elaborado pelos autores.
Figura 3. Mapa perceptual 2.
Fonte: Elaborado pelos autores.
A tabela 8, do número de autores por publicação, indica que normalmente publicam-se artigos com dois, três e quatro autores. Verifica-se que publicações com cinco autores, assim como com um autor é menos comum. Nos últimos três anos não foi identificado artigo com apenas um autor.
Tabela 8.
Número de autores por publicação.
Número de Autores | Ano | Total | ||||||||||
2006 | 2007 | 2008 | 2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | % | ||
1 Autor (a) | 1 | 2 | 2 | - | - | - | 2 | - | - | - | 7 | 7,95 |
2 Autores | 4 | 6 | - | 6 | 2 | 2 | 2 | 1 | 3 | 2 | 28 | 31,81 |
3 Autores | 4 | 1 | - | 4 | 1 | 4 | 4 | 5 | 3 | 1 | 27 | 30,68 |
4 Autores | 2 | - | - | 3 | 5 | 1 | 6 | 2 | 2 | - | 21 | 23,86 |
5 Autores | 2 | - | - | - | - | 1 | - | - | 1 | 1 | 5 | 5,68 |
Total | 13 | 9 | 2 | 13 | 8 | 8 | 14 | 8 | 9 | 4 | 88 | 100 |
Fonte: Dados da Pesquisa.
Por fim, a tabela 9 mostra o perfil dos autores que mais publicam sobre o tema. É apresentado o número de participações em publicações, titulação dos autores, Instituição de Ensino Superior (IES) ao qual eles estão vinculados e se são membros de Programa de Pós-Graduação.
A autora que mais publicou no período analisado, conforme a SPELL, foi Elisete DahmerPfitscher com 10 publicações. Ela tem titulação de Doutora em Engenharia de Produção e é membro do Programa de Pós-Graduação em Contabilidade da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Em seguida aparece com três publicações a menos, Maísa de Souza Ribeiro. Ela é Doutora em Controladoria e Contabilidade e é vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Controladoria e Contabilidade da USP de Ribeirão Preto.
Com 6 publicações aparecem Aracéli Cristina de Sousa Ferreira e Vivian OsmariUhlmann. A primeira é vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Contabilidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e tem doutorado em Controladoria e Contabilidade. A segunda é Mestre em Contabilidade pela UFSC e não é vinculada a qualquer programa de pós-graduação. O autor José Alonso Borba aparece na seqüência com 5 publicações sobre contabilidade socioambiental. Ele possui doutorado em Controladoria e Contabilidade e é membro de dois Programas de Pós-Graduação da UFSC, o de Administração e o de Contabilidade. Prosseguindo, apresenta-se outros autores que publicaram 3 artigos. Vários autores publicaram um ou dois artigos, esse são enquadrados na categoria “outros”.
Tabela 9.
Perfil dos autores que mais publicam sobre o tema.
Autor(a) | Número de Participações em Publicações | Titulação | IES | Membro de Programa de Pós-Graduação |
Elisete DahmerPfitscher | 10 | Doutorado | UFSC | Sim |
Maisa de Souza Ribeiro | 7 | Doutorado | USP-RP | Sim |
Aracéli Cristina de Sousa Ferreira | 6 | Doutorado | UFRJ | Sim |
Vivian OsmariUhlmann | 6 | Mestrado | UFSC | Não |
José Alonso Borba | 5 | Doutorado | UFSC | Sim |
André Luiz Bufoni | 3 | Doutorado | UFRJ | Não |
Bernadete Limongi | 3 | Doutorado | UFSC | Não |
Fernando Dal-Ri Murcia | 3 | Doutorado | USP-SP | Sim |
João Paulo de Oliveira Nunes | 3 | Mestrado | UFSC | Não |
Sandro Vieira Soares | 3 | Mestrado | UFSC | Não |
Outros | 198 | - | - | - |
Total | 247 | - | - | - |
Fonte: Dados da pesquisa.
A tabela 10 traz uma matriz descritiva, onde é possível identificar a colaboração entre os autores que mais publicam sobre o tema. É possível observar que, em todos os 6 artigos publicados por Uhlmann, existe coautoria com Pfitscher, que é a que mais publica na área. O mesmo ocorre com Nunes, que tem 3 artigos publicados, todos em coautoria com Pfitscher. Destaca-se que tanto Uhlmann quanto Nunes são mestres pela UFSC, universidade a qual Pfitscher está vinculada. Além deles, Limongi e Nunes tem uma publicação com Pfitscher.
Observou-se também uma rede de coautoria existente entre Ferreira, Bufoni e Limongi, onde existe 2 publicações feitas em colaboração entre Ferreira e Bufoni e 1 publicação de Ferreira e Limongi juntos. Uhlmann tem uma colaboração feita em parceria com Limongi e outra com Nunes. Além disso, Limongi tem 2 participações em colaboração com Soares.
Outra rede de coautoria existente é entre Borba e Murcia, onde os dois participam em colaboração em 2 artigos publicados sobre o tema.
Tabela 10.
Colaboração entre os principais autores.
| Pfitscher | Ribeiro | Ferreira | Uhlmann | Borba | Bufoni | Limongi | Murcia | Nunes | Soares |
Pfitscher | - | |||||||||
Ribeiro | - | - | ||||||||
Ferreira | - | - | - | |||||||
Uhlmann | 6 | - | - | - | ||||||
Borba | - | - | - | - | - | |||||
Bufoni | - | - | 2 | - | - | - | ||||
Limongi | 1 | - | 1 | 1 | - | - | - | |||
Murcia | - | - | - | - | 2 | - | - | - | ||
Nunes | 3 | - | - | 1 | - | - | - | - | - | |
Soares | 1 | - | - | - | - | - | 2 | - | - | - |
Fonte: Elaborado pelos autores.
Como discutido acima, a figura 4 evidencia a forma que se dá essas redes de coautoria. Além disso, é possível perceber, com base na matriz e na figura abaixo, que apenas Maísa de Souza Ribeiro não participa de redes de coautoria com outros autores que mais publicam sobre o tema.
Figura 4. Redes de coautoria entre os autores que mais publicam sobre o tema.
Fonte: Elaborado pelos autores.
O objetivo deste estudo foi verificar o estado da arte da produção científica sobre contabilidade socioambiental na área de Administração, Contabilidade e Turismo, e assim, contribuir para o desenvolvimento de futuros estudos nesta área. Para tanto, foi realizado um estudo bibliométrico de 88 artigos publicados no Spell entre 2006 e 2015. Optou-se por um estudo bibliométrico, pois é uma forma prática de mostrar o rumo de pesquisas, assim como de divulgar as características que elas têm tomado.
Em relação ao primeiro objetivo específico, que foi verificar a evolução da produção científica que trata sobre o tema, verificou-se que não houve um crescimento linear da produção, havendo alguns picos de maior publicação nos anos de 2006, 2009 e 2012. O segundo objetivo específico buscou identificar os periódicos que mais publicam sobre o tema. A “Pensar Contábil” foi a revista que mais produziu artigos sobre contabilidade socioambiental, seguida da “Revista Catarinense da Ciência Contábil” e da “Revista de Gestão Social e Ambiental”
No que tange ao terceiro objetivo específico, que foi identificar os principais eixos temáticos investigados nas pesquisas, observou-se que o tema “Evidenciação Socioambiental” é o mais abordado nos artigos. A análise lexíca reforçou os achados dessa etapa, uma vez que a palavra “evidenciação” aparece com destaque na nuvem de palavras. O quarto objetivo específico buscou verificar as tipologias metodológicas utilizadas, evidenciando se há associação entre elas. Percebe-se uma predominância dos artigos teóricos, descritivos e qualitativos. Os trabalhos de natureza quantitativa ou mista associam-se com os trabalhos de objetivo descritivo. Os trabalhos de abordagem qualitativa associam-se à objetivo descritivo-exploratório. Os trabalhos de objetivo descritivo se associam com trabalhos de natureza teórico-empírica, enquanto os trabalhos puramente teóricos não mencionam o tipo de objetivo da pesquisa.
O quinto objetivo específico foi identificar a quantidade de autores por artigo, bem como o perfil dos que mais publicam na área. Observou-se que a maioria das publicações tem dois autores. O autor que mais publica na área é uma mulher, Elisete Dahmer Pfitscher, que é membro do Programa de Pós-Graduação em Contabilidade da Universidade Federal de Santa Catarina e tem um total de 10 publicações nos anos de análise. Ressalta-se que 6 dos 10 autores que mais publicam sobre o tema têm algum vínculo com essa instituição.
No que tange ao sexto objetivo específico, que foi de apresentar as redes de coautoria existentes entre os autores que mais publicam. Observa-se que existem publicações de Pfistscher em coautoria com diferentes autores, são eles Uhlmann (com 6 publicações em coautoria), Nunes (com 3), Limongi (1) e Soares (1). Observou-se também uma rede de coautoria existente entre Ferreira, Bufoni e Limongi: Ferreira e Bufoni (2 publicações); e Ferreira e Limongi (1 publicação). Uhlmann tem uma colaboração feita em parceria com Limongi e outra com Nunes. Além disso, Limongi tem 2 participações em colaboração com Soares. Outra rede de coautoria existente é entre Borba e Murcia, foram observados 2 artigos publicados em coautoria. Maísa de Souza Ribeira não participa de redes de coautoria com os autores que mais publicam sobre o tema.
Destaca-se que o presente estudo apresenta limitações, uma vez que o número de artigos analisados pode ser considerado pequeno perante a vasta literatura existente, no entanto, considerando a base de dados utilizada, os achados limitam-se aos critérios de busca. Portanto, os critérios de busca são outro aspecto limitador da pesquisa, podendo então, em pesquisas futuras, serem utilizados mais critérios.
Por fim, os resultados encontrados neste estudo não podem ser generalizados, pois não representam a conjuntura da área no período, mas a posição encontrada para os artigos analisados sob as condições predeterminadas. Espera-se que este estudo contribua para aumentar o nível de conhecimento sobre o estado da arte da contabilidade socioambiental.
REFERÊNCIAS
Andrade, M. M. (2008). Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação: noções práticas (7a ed.). São Paulo: Atlas.
Bardin, L. (2009). Análise de conteúdo. (4a ed). Lisboa: Edições 70.
Bauer, M. (2011). Análise de conteúdo clássica uma revisão. In: Bauer, M., & Gaskell, G. (Eds.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis, RJ: Vozes.
Beuren, I. M. (2006). Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática (3a ed.). São Paulo: Atlas.
Beuren, I. M., Silva, M. Z., Dani, A. C., & Kloeppel, N. R. (2014). Características bibliométricas e sociométricas de publicações da área ambiental e em congressos e periódicos nacionais. Revista GUAL, 7(1), 234-256.
Björneborn, L., & Ingwersen, P. (2004). Toward a basic framework for webometrics. Journal of the American Society for Information Science and Technology. 55(14), 1216-1227.
Cardoso, R. L., Mendonça Neto, O. C., Riccio, E. L., & Sakata, M. C. G. (2005). Pesquisa científica em contabilidade entre 1990 e 2003. Revista de Administração de Empresas, 45(2), 35-45.
Chen, J. C., & Roberts, R. W. (2010). Toward a more coherent understanding of the organization–society relationship: a theoretical consideration for Social and Environmental Accounting Research. Journal of Business Ethics, 97(1), 651-665.
Collis, J., & Hussey, R. (2005). Pesquisa em administração: um guia prático para alunos de graduação e pós-graduação (2a ed.). Porto Alegre: Bookman.
Correa, C., & Larrinaga, C. (2015). Engagement research in social and environmental accounting. Sustainability Accounting, Management and Policy Journal, 6(1), 5-28.
Costa, R. S., & Marion, J. C. (2007). A uniformidade nas evidenciações das informações ambientais. Revista Contabilidade e Finanças, 18(43), 20-33.
Degenhart, L., Rosa, F. S., Hein, N. & Vogt, M. (2016). Avaliação do grau de evidenciação dos impactos ambientais em relatórios de sustentabilidade e relatórios anuais de empresas brasileiras. Revista Metropolitana de Sustentabilidade, 6(1), 81-103.
Duarte, G. D., & Dias, J. M. M. (1986). Responsabilidade social: a empresa hoje (1a ed.). São Paulo: LTC.
Fávero, L. P., Belfiore, P., Silva, F. L. & Chan, B. L. (2009). Análise de dados: modelagem multivariada para a tomada de decisões. Rio de Janeiro: Campus.
Freitas, H. & Janissek, R. (2000). Análise léxica e análise de conteúdo: técnicas complementares, seqüenciais e recorrentes para análise de dados qualitativos (1a ed.). Porto Alegre: Sagra.
Gallon, A. V., Souza, F. C., Rover, S., & Van Bellen, H. M. (2007). Produção científica e perspectivas teóricas da área ambiental: um levantamento a partir de artigos publicados em congressos e periódicos nacionais da área de contabilidade e administração. Anais do Congresso USP de Contabilidade e Controladoria, São Paulo, SP, Brasil, 7.
Gil, A. C. (2010). Como elaborar projetos de pesquisa (5a ed.). São Paulo: Atlas.
Kabir, H., & Akinnusi, D. M. (2012). Corporate social and environmental accounting information reporting practices in Swaziland. Social Responsibility Journal, 8(2), 156-173.
Kroetz, C. E. S. (2000). Balanço social: teoria e prática (1a ed.). São Paulo: Atlas.
Leal, C. E. (2009). A era das organizações sustentáveis. Revista Eletrônica Novo Enfoque, 8(8), 1-11.
Melo, H. D., Melo, J. F. M., Pereira, A. W. R. & Barbosa, M. F. N. (2016). Análise da frequência dos itens ambientais nos instrumentos de evidenciação voluntária e obrigatória: estudo de caso nas empresas do segmento de siderurgia registradas na Bovespa entre o período de 2008 a 2012. Revista Metropolitana de Sustentabilidade, 6(1), 24-42.
Merlo, R. A., & Pertuzatti, E. (2005) Cidadania e responsabilidade social do contador como agente da conscientização tributária das empresas e da sociedade. Anais do Congresso USP de Controladoria e Contabilidade, São Paulo, SP, Brasil, 5.
Monteiro, P. R. A., & Ferreira, A. C. S. (2007). A evidenciação da informação ambiental nos relatórios contábeis: um estudo comparativo com o modelo ISAR/UNCTAD. Revista de Gestão Social e Ambiental, 1(1), 82-101.
Mozzato, A., R., & Grzybovski, D. (2011). Análise de Conteúdo como técnica de análise de dados qualitativos no campo da administração: potencial e desafios. Revista de Administração Contemporânea (RAC), 15(4), 731-747.
Murcia, F. D. R., Santos, A., Salotti, B. M., & Nascimento, A. (2010). Mapeamento da pesquisa sobre disclosure ambiental no cenário internacional: uma revisão dos artigos publicados em periódicos de língua inglesa no período de 1997 a 2007. ConTexto, 10(17), 7-18.
Niskala, M., & Pretes, M. (1995). Environmental reporting in Finland: a note on the use of annual reports. Accounting, Organization and Society, 20(6), 457-466.
Owen, D. (2008). A personal reflection on the current state of and future prospects for, social and environmental accounting research. Accounting, Auditing & Accountability Journal, 21(2), 240-267.
Pinto, A. L., Efrain-García, P., Barquín, B. A. R., & González, J. A. M (2007). Indicadores científicos na literatura em bibliometria e cientometria através das redes sociais. Brazilian Journal of Information Science (BJIS), 1(1), 58-76.
Richardson, R. J. (2008). Pesquisa social: métodos e técnicas (3a ed.). São Paulo: Atlas.
Rosa, F. S., Lunkes, R. J., Pfitscher, E. D., Feliu, V. R., & Soler, C. C. (2012). Contabilidad medioambiental en España: proceso estructurado de revisión y análisis teórico referencial. Contabilidad y Negocios, 7(14), 23-48.
Rover, S., Santos, A., & Salotti, B. M. (2012). Análise das pesquisas empíricas de contabilidade ambiental publicadas em periódicos nacionais e internacionais no período de 1992 a 2009. Revista de Gestão Social e Ambiental, 6(1), 143-160.
Scientific Periodicals Electronic Library [SPELL]. (2016). Sobre o Spell: objetivos. Recuperado em 13 junho, 2016, de http://www.spell.org.br/sobre/objetivos
Souza, J. A., & Costa, T. M. T. (2012). Responsabilidade social empresarial e desenvolvimento sustentável: conceitos, práticas e desafios para a contabilidade. Organizações em Contexto, 8(15), 213-238.
Teixeira, L. M. S., & Ribeiro, M. S. (2014). Estudo bibliométrico sobre as características da contabilidade ambiental em periódicos nacionais e internacionais. RGSA - Revista de Gestão Social e Ambiental, 8(1), 20-36.
Vanti, N. A. P. (2002). Da bibliometria à webometria: uma exploração conceitual dos mecanismos utilizados para medir o registro da informação e a difusão do conhecimento. Revista Ciência da Informação, 31(2), 152-162.