MONITORAMENTO DA DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNO (DBO) NUM FILTRO LENTO

Autores

  • ARISTON SILVA MELO JÚNIOR Unicamp/pesquisador USP/pós doutorando FMU/professor e Ex-coordenador
  • Patricia Cacho Nascimento FMU/coordenadora e Professora
  • Maria Daguimar Viana Paiva FMU/Estudante
  • Viniccius Kayque Soares de Faria FMU/Estudante
  • Murillo Padilha Costa FMU/Estudante
  • Wilson Almeida Fratel FMU/Estudante

Palavras-chave:

Filtro de areia, esgoto doméstico, contaminação, poluição hí­drica.

Resumo

Devido à preocupação atual com a preservação das fontes de água potável para as futuras gerações, cada vez mais tem sido importante o estudo de novos processos e tecnologias para tratamento do esgoto gerado pela sociedade. Com forma de garantir a preservação do modo de vida da sociedade moderna. A área de estudos de sistemas alternativos de tratamento de esgoto doméstico vem sendo pesquisados em centros de pesquisas no Brasil e no mundo. Uma das tecnologias emergentes a que vem agregar valor para o estudo e tratamento residual é o sistema de filtração lenta. É um sistema de câmaras compartimentadas com material granular constituí­do de areia e pedregulho. Esse trabalho monitorou um sistema piloto de filtro lento desenvolvido no campus da UNICAMP. O sistema possui dois filtros com camadas de material suporte em que num existe ainda uma camada adicional de carvão ativado. O estudo durou nove semanas com coletas semanais para analise da concentração da demanda bioquí­mica de oxigênio proveniente do esgoto do local. Os estudos mostraram que o sistema teve uma eficiência de até 70% para remoção da demanda bioquí­mica de oxigênio para o filtro com camada adicional de carvão ativado, enquanto o filtro convencional teve um desempenho na faixa de 60%.

Biografia do Autor

ARISTON SILVA MELO JÚNIOR, Unicamp/pesquisador USP/pós doutorando FMU/professor e Ex-coordenador

Pós-Doutor em Materiais Cerâmicos pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) da USP. Atualmente estuda células í  combustí­vel no IPEN. Possui graduação em Engenharia Agrí­cola pela Universidade Estadual de Campinas (1997), mestrado em Engenharia Agrí­cola pela Universidade Estadual de Campinas (2002) e doutorado em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Campinas (2006) e Pós-Doutorado em Engenharia pela UNICAMP. Atualmente é participante - Comitês de bacias hidrográficas PCJ e pesquisador colaborador da Universidade Estadual de Campinas. Tem experiência na área de Engenharia Agrí­cola, com ênfase em Engenharia Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: tratamento de esgotos, monitoramento material particulado, emissão veicular, analise de metais pesados por radiação sincrotron.

Patricia Cacho Nascimento, FMU/coordenadora e Professora

Possui graduação em Engenharia Civil pela Fundação Armando ílvares Penteado, FAAP (2003), MBA em Administração com Ênfase em Finanças e em Construção Civil, ambas pela Fundação Getúlio Vargas, FGV, (respectivamente 2010 e 2011), mestre em Ensino de Ciências e Matemática pela Universidade Cruzeiro do Sul, UNICSUL (2017) e Doutoranda em Educação, pela Universidade Internacional Iberoamericana do México, UNINI. Atualmente é Coordenadora Acadêmica dos Cursos de Engenharia Civil e Tecnologia em Construção de Edifí­cios do Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e Professora Universitária, Pesquisadora da UNINI e consultora em reformas e construção civil. Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em construção nas áreas de compras, orçamento, projeto, auditoria, planejamento, manutenção, fiscalização e gerenciamento.

Maria Daguimar Viana Paiva, FMU/Estudante

Graduando do curso de Engenharia Civil

Viniccius Kayque Soares de Faria, FMU/Estudante

Graduando do curso de Engenharia Civil

Murillo Padilha Costa, FMU/Estudante

Graduando do curso de Engenharia Civil

Wilson Almeida Fratel, FMU/Estudante

Graduando do curso de Engenharia Civil

Referências

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Publicado

2020-10-22

Edição

Seção

Artigos