MONITORAMENTO DA TEMPERATURA DO CONCRETO EM BLOCOS DE FUNDAÇÃO

Resumo

A execução de peças com grande volume de concreto tem sido cada vez mais comum em obras convencionais. A construção desses volumes de concreto necessita de cuidados especiais capazes de diminuir o gradiente entre as temperaturas do centro e das camadas exteriores, pois o posterior resfriamento pode levar o concreto à fissuração. Desse modo, o objetivo deste artigo consiste em avaliar a evolução da temperatura do concreto utilizado em fundações. O assunto é tratado desde a sua conceituação teórica e exposto, experimentalmente, através do estudo de caso, com monitoramento e análise do comportamento térmico do concreto dividido em etapas, por meio do registro da temperatura média do elemento estrutural nas primeiras idades, três vezes ao dia, durante seis dias consecutivos após a concretagem. Os resultados encontrados correlacionam-se entre si e as temperaturas do bloco utilizando as equações geradas aproximam-se bastante do valor encontrado em campo. Pode-se observar que o pico de temperatura da segunda camada é mais elevado que o da anterior, em razão desta ter sido lançada sobre a primeira camada, a qual se encontrava ainda mais quente do que a temperatura ambiente. Tornou-se possível a verificação para o conhecimento aproximado da temperatura máxima que o núcleo do bloco irá atingir, mediante a altura do bloco de concreto e suas propriedades, possibilitando uma análise anterior à construção, o que viabiliza estratégias capazes de reduzir as tensões derivadas dos efeitos térmicos.