AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO EFLUENTE DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO NOS CORPOS HÍDRICOS: Estudo de caso da ETE-Vinhais sobre o rio Anil, São Luí­s – MA

Autores

Palavras-chave:

Saneamento, Tratamento de Esgoto

Resumo

A utilização dos recursos hí­dricos para fins de transporte ou diluição de efluentes exige um conhecimento adequado dos processos para assegurar a qualidade da água do corpo receptor. Este trabalho teve como objetivo avaliar o impacto do lançamento do efluente da Estação de Tratamento de Esgoto Vinhais (ETE-Vinhais) sobre a qualidade da água do Rio Anil. Foram realizadas coletas de campo e análises laboratoriais no sistema de tratamento por reatores anaeróbios de fluxo ascendente com manta de lodo ativado (RAFA) e nos pontos a montante e a jusante do lançamento do efluente. A eficiência do tratamento de esgoto apresentou valores tí­picos para o sistema de RAFA e atendeu aos requisitos de qualidade para a descarga de efluentes. O tratamento anaeróbio apresentou boa remoção DBO com valor médio 78,36%, porém, ineficiente na remoção de nutrientes e organismos patogênicos. A Escherichia coli apresentou valores em desacordo com os requisitos de qualidade no perí­odo monitorado. A remoção de nitrogênio amoniacal e fósforo também se mostrou ineficiente para satisfazer os requisitos de qualidade do corpo hí­drico, sendo a poluição difusa o principal aspecto na degradação da qualidade do rio Anil.

Biografia do Autor

Marlon Michel Ferreira Carvalho, Centro Universitário Unidade de Ensino Superior Dom Bosco/ Engenheiro Civil

http://lattes.cnpq.br/3543496470355558

Claudemir Gomes de Santana, Centro Universitário Unidade de Ensino Superior Dom Bosco/ Professor Doutor em Quí­mica

http://lattes.cnpq.br/0005464426041071

Danielle Cristina dos Santos Lisboa, Centro Universitário Unidade de Ensino Superior Dom Bosco/ Graduanda em Engenharia Civil

http://lattes.cnpq.br/3350912872257730

Lucas Nadler Rocha, Centro Universitário Unidade de Ensino Superior Dom Bosco/ Engenheiro Civil

http://lattes.cnpq.br/8693441362635767

Alberto Nunes Rangel, Universidade Estadual de Campinas / Mestrando em Estruturas

http://lattes.cnpq.br/6250356382204655

Renata Medeiros Lobo Muller, Centro Universitário Unidade de Ensino Superior Dom Bosco/ Professora Doutora em Quí­mica

http://lattes.cnpq.br/2366742124450336

Referências

ASSOCIAÇíO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.NBR 9897: Planejamento de amostragem de efluentes lí­quidos e corpos receptores. Rio de Janeiro, 1987.

BITTENCOURT, Claudia; PAULA, Maria Aparecida Silva de. Tratamento de água e efluentes: fundamentos de saneamento ambiental e gestão de recursos hí­dricos. 1. ed. São Paulo: Érica, 2014.

BRASIL. Lei Federal nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. Disponí­vel em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11445.htm >. Acesso em 8 out. 2018.

CAEMA. Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão. Histórico da CAEMA. 2011. Disponí­velem:http://www.caema.ma.gov.br/portalcaema/index.php?option=com_content&view=article&id=677&Itemid=241. Acesso em: 5 set. 2019.

CETESB. Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Significado ambiental e sanitário das variáveis de qualidade das águas. São Paulo. 2014. 46 p. Disponí­vel em:< https://cetesb.sp.gov.br/aguas-interiores/wp-content/uploads/sites/12/2013/11/Ap%C3%AAndice-D-Significado-Ambiental-e-Sanit%C3%A1rio-das-Vari%C3%A1veis-de-Qualidade-29-04-2014.pdf>

Acesso em: 16 set. 2019.

CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução n.º 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Maranhão. Disponí­vel em:< http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=459>. Acesso em: 15 set. 2018.

CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução n.º 430, de 13 de maio de 2011. Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução n.º 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente. Diário Oficial da União, Maranhão. Disponí­vel em:< http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=646>. Acesso em: 22 set. 2018.

GERCOV, I.G; JOLY, M.T. Estudo da utilização de lodo de Estação de Tratamento de ígua para polimento de efluentes de Estação de Tratamento de Esgoto com vistas í sustentabilidade. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal do ABC, Santo André, 2011.

GOOGLE EARTH. Imagem de satélite da área da ETE-Vinhais São Luí­s-MA. Disponí­vel em: https://www.google.com/earth/. Acesso em: 08.set.2019.

INSTITUTO TRATA BRASIL. O que é Saneamento? Disponí­vel em: http://www.tratabrasil.org.br/saneamento/o-que-e-saneamento.Acesso em: 04 set. 2019

INSTITUTO TRATA BRASIL. Ranking do Saneamento 2019. 2019. Disponí­vel em: http://www.tratabrasil.org.br/images/estudos/itb/ranking-2019/Relat%C3%B3rio_-_Ranking_Trata_Brasil_2019_v11_NOVO_1.pdf. Acesso em: 12 set. 2019.

JORDíO, Eduardo Pacheco; PESSÔA, Constantino Arruda. Tratamento de Esgotos Domésticos. 7. ed. Rio de Janeiro: ABES, 2014. 1050 p.

Laércio L. Santos; Timóteo H. S. Barros; Jaime J. S. P. Cabral; Roberto T. Melo. A aplicação da tecnologia de filtração em margens para redução ou eliminação de contaminantes fí­sico-quí­micos na região semi-árida de Pernambuco. XIX Simpósio Brasileiro de Recursos Hí­dricos, 2015.

LEME, Edson José de Arruda. Manual prático de tratamento e águas residuárias. São Carlos: Edufscar, 2010. 595 p.

MARANHíO. Governo do Estado. Governador entrega ETE Vinhais, responsável pelo tratamento de 40% dos esgotos da capital. 2016. Disponí­vel em: < https://www.ma.gov.br/governador-entrega-ete-vinhais-responsavel-pelo-tratamento-de-40-dos-esgotos-da-capital/>. Acesso em: 15 set. 2018.

NUVOLARI, Ariovaldo. Esgoto sanitário: coleta, transporte, tratamento e reuso agrí­cola. Blucher: São Paulo, 2011.

SANTOS, L. L; BARROS, T.H. S; CABRAL, J.J.S. P; MELO, R.T. Aplicação da tecnologia de filtração em margens para redução ou eliminação de contaminantes fí­sico-quí­micos na região semi-árida de Pernambuco. XIX Simpósio Brasileiro de Recursos Hí­dricos, 2015.

SNIS. Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento. Instituto Trata Brasil. Benefí­cios econômicos e sociais da expansão do saneamento no Brasil. 2017. Disponí­vel em: <http://www.tratabrasil.org.br/blog/2018/08/29/saneamento-e-desenvolvimento-humano-no-mundo-o-acesso-a-agua-e-esgoto/>. Acesso em: 12 set. 2018

VON SPERLING, Marcos. Introdução a qualidade das águas e ao tratamento de esgoto: Princí­pios do tratamento biológico de águas residuárias. v.1. 4 ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2017. 472 p.

Downloads

Publicado

2020-10-20

Edição

Seção

Artigos