Em direção a uma Teoria Comportamental dos Conselhos e Governança Corporativa – um olhar para as Empresas Familiares brasileiras

Autores

  • Gabriel Vieira Biscaia IBMEC-RJ/MESTRADO EM ADM
  • Diogo Gabriel Teixeira de Gouvêa IBMEC-RJ/MESTRADO EM ADM
  • Vivian Luiz Coco IBMEC-RJ/MESTRADO EM ADM

Palavras-chave:

Empresa Familiar, Conselho de Administração, Governança Corporativa e Teoria Comportamental

Resumo

O artigo buscou investigar o papel dos conselheiros de administração (CA) nas empresas familiares. Para tal, foram abordados como referenciais teóricos as empresas familiares, governança corporativa (GC) e teorias comportamentais do CA. Tomamos como método de partida os achados de Huse, Gabrielsson e Ees (2009), em que seus autores propuseram a continuidade do trabalho então realizado da pesquisa comportamental dos CA. Foram realizadas entrevistas com quatro conselheiros profissionais, com mais de 40 anos, residentes no Rio de Janeiro e com experiência de mais de 15 anos em CA e empresas familiares, a fim de buscar suas percepções sobre o estágio da GC e o funcionamento da CA em empresas familiares brasileiras. As conclusões da pesquisa discorrem nos prismas do papel do conselheiro, alinhamento de objetivos, aspectos socioemocionais, tomada de decisão e resolução de conflitos.

 

Biografia do Autor

Gabriel Vieira Biscaia, IBMEC-RJ/MESTRADO EM ADM

Funcionário de carreira do BNDES, atuou por mais de 7 anos como executivo na BNDESPAR no acompanhamento de pequenas e médias empresas investidas pelo banco dando suporte a gestão e governança corporativa. 

Diogo Gabriel Teixeira de Gouvêa, IBMEC-RJ/MESTRADO EM ADM

 

Vivian Luiz Coco, IBMEC-RJ/MESTRADO EM ADM

 

Referências

Anderson, R.; Reeb, D.M. (2003). Founding Family Ownership and Firm Performance Evidence from the S&P 500, Journal of Finance, 58, 1301-1329.

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, p. 229.

Bastos, L. M. G.; Silva, E. N. (2019). Public Management and Governance a partir da Plataforma Web of Science: Análise bibliométrica sobre a temática. Revista Brasileira de Administração Cientí­fica, v. 10, n. 3, p. 1-10.

Baysinger, B.D.; Butler, H.N., (1985). Corporate Governance and the Board of Directors: Performance Effects of Changes in Board Composition. Journal of Law, Economics, & Organization, 1, 101-124.

Borges, A. F.; Lescura, C.; Oliveira, J. L. (2012). Family business research in Brazil: analysis of scientific production in the period 1997-2009. Organizações & Sociedade, v. 19, n. 61, p. 315-332.

Bornholdt, W. (2005). Governança na Empresa Familiar: implementação e prática. Porto Alegre: Bookman.

Boyatzis, R. E. (1998). Transforming qualitative information: Thematic analysis and code development. Sage.

Buchweitz, M. J. R.; Machado, D. G.; Menezes, G. R. (2019). Empresa Familiar: Um Meta-Estudo, de 1997 a 2016, dos Anais dos Encontros da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (Enanpad). Revista Eletrônica de Administração e Turismo, v. 13, n. 1, p. 1889-1905.

Chua, J. H.; Chrisman, J. J.; Sharma, P. (1999). Defining the family business by behavior. Entrepreneurship: Theory and Practice, 23(4), 19-39.

Creswell, J. W.; Zhang, W. (2009). The application of mixed methods designs to trauma research. Journal of Traumatic Stress: Official Publication of The International Society for Traumatic Stress Studies, v. 22, n. 6, p. 612-621, 2009.

Dekker, J.; Marti-Renom, M. A.; Mirny, L. A. (2013). Exploring the three-dimensional organization of genomes: interpreting chromatin interaction data. Nature Reviews Genetics, v. 14, n. 6, p. 390-403.

Dyer, W.G. (2016). Are Family Firms Really Better? Reexamining "Examining the "˜Family Effect"™ on Firm Performance", Family Business Review, Vol. 31(2) 240–248.

Dyer, W.G. (2006). Examining the "˜family effect"™ on firm performance. Family Business Review, 19, pp. 253–273.

Frezatti, F., Bido, D. de S.; Mucci, D. M.; Beck, F. (2017). Estágios do ciclo de vida e perfil de empresas familiares brasileiras. RAE-Revista de Administração de Empresas, vol. 57, n. 6.

Gersick, K. E. et al. (1997). Generation to generation: Life cycles of the family business. Harvard Business Press.

Gómez-Mejí­a, L. R. et al. (2007). Socioemotional wealth and business risks in family-controlled firms: Evidence from Spanish olive oil mills. Administrative Science Quarterly, 52(1), 106-137.

Gómez-Mejí­a, L. R., Cruz, C., Berrone, P.; Castro, J. De. (2011). The bind that ties: Socioemotional wealth preservation in family firms. The Academy of Management Annals, 5(1), 653-707.

Handler, W. C. (1989). Methodological issues and considerations in studying family businesses, Family Business Review, 2(3), 257-276.

Hendry, J. (2002). The principal's other problems: Honest incompetence and the specification of objectives. Academy of management review, v. 27, n. 1, p. 98-113.

Huse, M. (2008). (Ed.). The value creating board: Corporate governance and organizational behaviour. Routledge.

Huse, M.; Eide, D. (1996). Stakeholder management and the avoidance of corporate control. Business & Society, v. 35, n. 2, p. 211-243.

Huse, M.; Rindova, V. P. (2001) Stakeholders' expectations of board roles: The case of subsidiary boards. Journal of management and Governance, v. 5, n. 2, p. 153-178.

IBGC. O que é governança corporativa. Disponí­vel em:<https://www.ibgc.org.br/conhecimento>. Acesso em: 18 jun. 2019.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatí­stica – IBGE. Disponí­vel em < https://www.ibge.gov.br/calendario-estudos-e-pesquisas-estruturais-e-especiais> Acesso em: 11 mar..2020.

Jensen, M. C.; Meckling, W. H. (1976) Theory of the firm: Managerial behavior, agency costs and ownership structure. Journal of financial economics, v. 3, n. 4, p. 305-360.

La Porta, R.; Lopez-de-Silanes, F.; Shleifer, A., (1999). Corporate ownership around the world, Journal of Finance, 54, 471-518.

Kahneman, D.; Tversky, A. (1979). Prospect theory: An analysis of decision under risk. Econometrica, 47(2), 263–291.

Mcnulty, T.; Pettigrew, A. (1999). Strategists on the board. Organization studies, v. 20, n. 1, p. 47-74.

Miller, D., Breton-Miller, I. L.; Lester, R. H.; Cannella, A. (2007). Are family firms really superior performers? Journal of Corporate Finance, 13(5), 829-858

Nason, R. S., Mazelli, A., & Carney, M. (2019). The ties that unbind: Socialization and business-owning family reference point shift. Academy of Management Review, in press.

Ocasio, W.; Kim, H. (1999). The circulation of corporate control: Selection of functional backgrounds of new CEOs in large US manufacturing firms, 1981–1992. Administrative science quarterly, v. 44, n. 3, p. 532-562.

Oliveira, D. P. R. de. (2006). Governança corporativa na prática: integrando acionistas, conselho de administração e diretoria executiva na geração de resultados:[conceitos, estruturação, atuação, prática]. Atlas.

Patton, M. Q., (1990). Qualitative evaluation and research methods. SAGE Publications, inc.

Rindova, V. P. (1999). What corporate boards have to do with strategy: A cognitive perspective. Journal of management studies, v. 36, n. 7, p. 953-975.

Roberts, J.; Mcnulty, T.; Stiles, P. (2005). Beyond agency conceptions of the work of the non"executive director: Creating accountability in the boardroom. British Journal of Management, v. 16, p. S5-S26.

Silveira, A. D. M. da. (2004). Governança corporativa e estrutura de propriedade: determinantes e relação com o desempenho das empresas no Brasil. 2004. 250 f. 2004. Tese de Doutorado. Tese (Doutorado em Administração) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Shanker, M. C.; Astrachan, J. H. (1996). Myths and realities: Family businesses"™ contribution to the US economy"”A framework for assessing family business statistics. Family Business Review, 9(2), 107-119.

Simon, H. A. (1955). A Behavioral Model of Rational choice, Quartely Journal of Economics, vol. 69, no. 1, fevereiro, pp. 99-118

Simon, H.A. (1978). Rationality as the process and as a product of thought. American Economic Review, v.68, no.2, p.1-16

Tapanjeh, A. M. (2009). Corporate governance from the Islamic perspective: A comparative analysis with OECD principles. Business Administration College Review, Vol. 37, Pag. 120 – 145.

Turnbull, C. (2000). Corporate Governance: Theories, Challenges and Paradigms. SSRN Electronic Journal.

Van Ees, H.; Gabrielsson, J.; Huse, M. (2009). Toward a behavioral theory of boards and corporate governance. Corporate Governance: An International Review, v. 17, n. 3, p. 307-319.

Downloads

Publicado

2020-09-17

Como Citar

BISCAIA, G. V.; GOUVÊA, D. G. T. de; COCO, V. L. Em direção a uma Teoria Comportamental dos Conselhos e Governança Corporativa – um olhar para as Empresas Familiares brasileiras. Revista Metropolitana de Governança Corporativa (ISSN 2447-8024), [S. l.], v. 5, n. 1, p. 78, 2020. Disponível em: https://revistaseletronicas.fmu.br/index.php/RMGC/article/view/2335. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS