Farmacopédia zootécnica do cerrado
Caroline Silva Botelho 1*
Nathaly Silva Rezende *
Indiara Aparecida Alves da Silva *
Regiane Rosa Amaral *
Eric Koiti Okiyama Hattori 2**
Diego Azevedo Mota **
Thiago Vasconcelos Melo **
Resumo
A utilização de plantas medicinais, no tratamento ou prevenção das enfermidades corriqueiras da criação de animais, além do uso como suplementação aos animais é uma atividade antiga transcorrida entre várias gerações e que ainda hoje é utilizada, principalmente, na zona rural. O objetivo deste estudo foi identificar quais plantas, forrageiras, frutos e demais que são utilizadas empiricamente junto aos produtores rurais do município de Unaí-MG como produtos terapêuticos e/ou como fonte de alimentação de suas criações animais. Foram realizadas entrevistas por meio de um formulário estruturado, para realizar levantamento etnobotânico e registrar a biodiversidade vegetal associada ao uso fitoterápico e de alimentação dos animais. As entrevistas e acompanhamentos foram realizados durante sete meses junto à 10 famílias em locais representativos do município de Unaí. No levantamento etnobotânico foram registradas 25 espécies, nas quais pertenciam à 15 famílias. Foram identificados diversas plantas e forrageiras com potencial para a utilização como alimentação animal na forma de suplementação. É necessário a realização de mais pesquisas para validar o uso destas plantas e forrageiras. O resgate e a transmissão de conhecimentos acerca do plantio e uso adequado das espécies nutricionais são de grande importância, e o Cerrado dispõe de um grande potencial econômico, principalmente no que diz respeito ao uso medicinal. Ele oferece várias possibilidades a serem descobertas quanto ao seu aproveitamento e utilização, sendo assim, é preciso aumentar as pesquisas acadêmicas nessa área para elevar o conhecimento dessas possibilidades em fitoterápicos e em plantas potenciais para a nutrição animal.
Palavras chave: alimentação animal; biodiversidade; plantas medicinais; sabedoria popular.
CERRADO ZOOTECHNICAL PHARMACOPEDIA
ABSTRACT:
The use of medicinal plants, in the treatment or prevention of common diseases of the breeding of animals, besides the use as supplementation to the animals is an old activity passed between several generations and that still today is used, mainly, in the rural zone. The objective of this study was to identify which plants, forages, fruits and others that are used empirically with the rural producers of the municipality of Unaí-MG as therapeutic products and / or as a source of feed of their animal creations. Interviews were conducted using a structured form to conduct an ethnobotanical survey and to record the vegetal biodiversity associated with the phytotherapeutic and feeding of the animals. The interviews and follow-ups were carried out during seven months using 10 families in representative places of the municipality of Unaí. In the ethnobotanical survey, 25 species were recorded, in which they belonged to 15 families. Several plants and forages with potential for use as animal feed in the form of supplementation were identified. Further research is needed to validate the use of these plants and forages. The recovery and transmission of knowledge about the planting and proper use of nutritional species are of great importance, and the Cerrado has great economic potential, especially with regard to medicinal use. It offers us several possibilities to be discovered in terms of its use and utilization, so we need to increase the academic research in this area to raise the knowledge of these possibilities in herbal medicines and in potential plants for animal nutrition.
Key-words: animal feed; biodiversity; medicinal plants; popular knowledge.
O Brasil detém em seu território uma inestimável biodiversidade, com cerca de 24 % do total de plantas superiores existentes no mundo. Além desse patrimônio genético, o país destaca-se como detentor de rica diversidade cultural e étnica. O acervo de conhecimentos sobre manejo e uso de plantas medicinais, resultado do acúmulo de conhecimentos e tecnologias tradicionais, passados de geração a geração, compõem a sociobiodiversidade (Dias e Laureano, 2009).
O conhecimento tradicional do uso das espécies medicinais é repassado, principalmente, de forma empírica entre indivíduos de uma mesma comunidade, sendo mantido por meio da tradição oral (Oliveira et al., 2009). Porém, devido à necessidade de validação dos vários usos terapêuticos e de suplementação, consequentemente dos efeitos benéficos e maléficos causados pelo uso de plantas medicinais, nem sempre é aceitável esta utilização.
A utilização de plantas medicinais, ou fitoterápicas, no tratamento ou prevenção das enfermidades corriqueiras da criação de animais, além do uso como suplementação aos animais em períodos de escassez de chuvas ou não, é uma atividade antiga transcorrida entre várias gerações e que ainda hoje é utilizada, principalmente, na zona rural. O Brasil é um país de grande biodiversidade, principalmente o Cerrado, que detém um valioso conhecimento tradicional associado ao uso de plantas medicinais, e tem o potencial necessário para o desenvolvimento de pesquisas e tecnologias terapêuticas. As plantas do Cerrado possuem características diferentes, devido a seus solos serem ácidos, de baixa fertilidade e com alta concentração de ferro e alumínio. Muitos acreditam que devido a isso o Cerrado possui muitas plantas medicinais, porém a grande maioria de forma empírica. Muitas destas plantas são usadas também na criação animal, como suplementação e/ou medicação. O uso das plantas medicinais empregadas tanto para a alimentação da população humana quanto para fins medicinais, esteve presente ao longo do tempo (Almassy Junior et al., 2004). Esta opção terapêutica é a alternativa de muitos brasileiros, principalmente em regiões agropecuárias e que possuem uma ampla biodiversidade, utilizando-se dessa prática para si e para seus animais.
Essa biodiversidade é um importante recurso na elaboração de fitoterápicos e potenciais forrageiras e frutos para alimentação e suplementação animal, tornando o país um grande exportador de ideias e medicamentos naturais. No entanto, é preciso mais estudos e investimentos perante os conhecimentos que se têm sobre a vasta flora brasileira (Lima et al., 2012).
Para garantir a sanidade e saúde do animal, é necessário preservar o seu bem-estar, além da especial preocupação existente na qualidade dos produtos oriundos da produção animal, geram demanda por métodos alternativos de controle de doenças, e novos produtos alternativos para alimentação e suplementação.
Conforme Galdino (2007) o uso de produtos e medicamentos convencionais na produção animal além de prejudicar a saúde das pessoas que consomem os alimentos, exige grande investimento econômico por parte dos produtores para adquirirem. No entanto, as vantagens com as grandes possibilidades no uso das plantas do cerrado são inegáveis, pois é uma alternativa que pode propiciar a cura de algumas enfermidades na criação animal e na alimentação da mesma, sem toxidade e efeitos colaterais, e ainda com baixo custo, já que é de fácil acesso na natureza ou de fácil plantio (Filho, 2014; Silva, 2013).
O cultivo de plantas lenhosas, as monoculturas e criação de animais em determinada área (Fernandes e Nair, 1996), podem ser encarados como “quintais agroflorestais”, o método mais antigo do uso das terras, sendo as áreas dos arredores das casas ou das pequenas propriedades, representantes de uma zona de manejo e uso do solo, além de disponibilizar alimento para as famílias (Albuquerque, 2005).
A utilização de potenciais plantas e seus produtos tem um papel importante na produção animal, visto que as práticas e saberes populares ainda hoje, são amplamente utilizados por muitos agricultores. Logo, o objetivo deste estudo foi identificar quais plantas, forrageiras, frutos e demais que são utilizadas empiricamente junto aos produtores rurais do município de Unaí como produtos terapêuticos e/ou como fonte de alimentação de suas criações animais como alternativa para os períodos de seca quando as pastagens apresentam alta taxa de lignificação da parede celular vegetal e ainda pouco valor nutricional, otimizando a produção destes produtos a fim de melhorar a qualidade e produtividade da criação animal que os mesmos possuem e valorizar a sabedoria popular, na perspectiva de dar visibilidade, proteger e promover o uso sustentável e econômico das espécies.
Foram realizadas entrevistas de setembro de 2016 a abril de 2017 por meio de um formulário estruturado, segundo modelo adaptado de Albuquerque (2010), para realizar levantamento etnobotânico e registrar a biodiversidade vegetal associada ao uso fitoterápico e de alimentação dos animais. As entrevistas e acompanhamentos foram realizados durante sete meses com 10 famílias em locais representativos do município de Unaí-Mg.
Nestes formulários, foram utilizadas as metodologias participativas de extensão rural – MEXPAR, descrita abaixo segundo Ruas, 2006:
O MEXPAR para o desenvolvimento sustentável é uma ferramenta que contribui para a ruptura do modelo tecnicista da grande maioria dos extensionistas. O MEXPAR apresenta de forma objetiva e didática uma estratégia de trabalho emancipadora que possibilita efetivamente, com a sua aplicação, o protagonismo dos agricultores e agricultoras no processo de desenvolvimento.
A metodologia participativa definida na Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) privilegia os processos participativos de promoção ao desenvolvimento rural apoiados em conceitos como desenvolvimento sustentável, agroecologia, equidade social, participação, educação popular, empoderamento, gênero, geração e etnia.
Esta metodologia foi reelaborada a partir de uma concepção educativa, que considera extensionistas e agricultores protagonistas de uma ação transformadora, na qual os extensionistas assumem o papel de mediadores do processo de mudança, e as agricultoras e agricultores familiares o de sujeitos do seu próprio desenvolvimento. Tem como principal objetivo propiciar aos extensionistas a vivência de um processo metodológico, fundamentado nos princípios da participação, da dialogicidade e troca de saberes, do planejamento participativo e da gestão social, capaz de orientar a sua prática junto aos agricultores familiares e outros atores sociais na implementação de estratégias de desenvolvimento rural sustentável. Esta metodologia, utiliza como referencial teórico, as relações educativas estabelecidas no processo de produção do conhecimento, agregando os princípios teóricos da Epistemologia Genética de Jean Piaget, nas referências teóricas e filosóficas do método pedagógico de Paulo Freire de educação de adultos e na didática “aprender a aprender”, de Pedro Demo. O exercício dessa sistematização apoia-se na necessidade sentida de alicerçarmos a prática extensionista num aporte teórico – explicativo e orientador – que contribua para uma ação continuamente refletida e, portanto, reformulada na perspectiva do compromisso da extensão rural contemporânea com as mudanças sociais e a necessidade de uma prática educativa coerente com os princípios do desenvolvimento sustentável.
No levantamento etnobotânico foram registradas 25 espécies, nas quais pertencem à 15 famílias (Tabela 1 e Tabela 2). A Etnobotânica inclui todos os estudos referentes à relação mútua entre populações tradicionais e as plantas (Cotton, 1996). Na Tabela 1 as famílias botânicas nutricionais mais representativas foram Leguminosae (2 spp.) e Rubiaceae (2 spp.). Quanto ao hábito as frequências foram: arbóreo 33,33%; arbustivo 33,33%; herbáceo 22,22% e liana em 11,11% das espécies.
No que se refere as famílias botânicas medicinais, as mais representativas foram Leguminosae (4 spp.), Rubiaceae (3 spp.) e Apocynaceae (2 ssp.) (Tabela 2). E em relação ao hábito, temos: arbóreo 62,5%; arbustivo 18,75% e herbáceo também em 18,75% das espécies. O hábito arbóreo obteve uma certa predominância entre os demais hábitos, tanto nas plantas com potencial na nutrição animal quanto para as medicinais, e este número pode estar associado ao fato de que no cerrado há uma predominância de espécies lenhosas e mais rígidas devido ao clima e situações adversas em que se encontram. Além disso, verificou-se uma alta frequência na utilização da casca e do entrecasco nas plantas medicinais, provenientes principalmente das espécies arbóreas. No uso medicinal, o hábito herbáceo obteve a mesma frequência do arbustivo (18 e 75%). Almeida et al. (2006) comentam que apesar da origem das plantas estar condicionadas à variação regional, há um uso maior de espécies exóticas, a fim de cultivar as mesmas espécies medicinais em diferentes regiões, possibilitando uma maior diversidade de princípios ativos disponíveis no ambiente em que estes pequenos produtores vivem.
No formulário, as espécies de hábito herbáceo foram associadas as espécies exóticas (Tabelas 1 e 2), tendo em vista que o ambiente de crescimento de ambas (herbáceo e arbustivo) foram na mesma região, essa igualdade do hábito ocorre porque apesar das espécies arbustivas ocorrerem naturalmente em meio à vegetação característica do cerrado, as espécies herbáceas geralmente são menores e cultivadas em quintais domésticos, tornando mais fácil o acesso e obtenção do remédio. Na análise das partes vegetativas 100% das plantas nutricionais tem seu uso vinculados às folhas, como observado também por Cartaxo, (2010). 33,33% dos animais também consomem o fruto e 22,22% as flores (Tabela 1). No que se refere as partes vegetativas das espécies medicinais, 50% estão vinculadas as folhas; 43,75% à casca do caule; 31,25% ao entrecasco; 25% as raízes; 12,5% à casca do fruto e 6,25% as sementes (Tabela 2). Nas espécies com potencial nutricional e medicinal, quando os hábitos mais frequentes (arbórea/ arbustiva) eram encontrados nas propriedades, havia utilização em maior número das folhas, casco e entrecasco. E com respeito a utilização de folhas, sementes e cascas dos frutos, eram consumidos pelos animais no cocho ou in natura sem que fosse necessário a separação das partes vegetativas.
Os processos pelos quais são submetidas as partes vegetativas até chegarem ao animal para alimentação/ medicação são bem diversos. O consumo In Natura foi o modo de preparo mais representativo em 55,55% das plantas, onde os animais se alimentam na própria natureza sem intervenções humanas, seguido pelo método de ofertar no cocho, responsável por 44,44% das espécies (Tabela 1).
No consumo das espécies medicinais, as formas de ofertar no cocho e a maceração foram as mais representativas, ambas em 31,25% das espécies, seguido pela infusão 25%, decocção 12,5% e pela utilização do leite do fruto em 6,25% das plantas identificadas (Tabela 2). Albuquerque (2006) ressalta que a escolha por espécies exóticas está relacionada à necessidade de aumentar a “diversidade do estoque farmacêutico local”, apesar das plantas nativas terem se mostrado em maior número, as exóticas também obtiveram um valor expressivo de 44,44% no uso na alimentação animal e em 43,75% das espécies como terapêutico, propiciando também maior frequência da condição nativa tanto para as espécies com potencial na nutrição animal (55,55%), quanto para o uso medicinal (56,25%). O hábito arbóreo foi o mais expressivo na Tabela 1 e na Tabela 2, em 33,33% e 62,5% das espécies respectivamente, essas árvores não eram plantadas, foram encontradas em meio ao cerrado, por esse motivo o número de espécies nativas foi maior.
Tabela 1.
Lista de espécies com potencial de utilização na nutrição animal.
Família e Nome científico | Nome Popular | Condição | Hábito | Parte utilizada | Preparo | Utilização/Indicação dos entrevistados |
Rubiaceae Morinda citrifolia L. | Noni | Ex | Ar | Fo | In natura | Complemento na alimentação de bovinos |
Pedaliaceae Sesamum indicum L. | Gergelim | Nt | Ab | Fo e Fr | Cortado e ofertado no cocho | Complemento na alimentação animal |
Leguminosae Cajanus cajan (L.) Millsp. | Feijão Guandú | Ex | Ab | Fo Fr | Cortado e ofertado no cocho | Complemento na alimentação de bovinos |
Leguminosae Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville | Barbatimão | Nt | Ar | Fo | Cortado e ofertado no cocho | Complemento na alimentação de galinhas |
Amaranthaceae Amaranthus tricolor L. | Caruru | Ex | He | Fo e Fl | Cortado e ofertado no cocho | Complemento na alimentação de bovinos e suínos |
Gramíneas Panicum maximum Jacq vr | Capim Mombaça | Ex | He | Fo e Fl | In natura | Volumoso na alimentação de bovinos |
Araticum | Nt | Ar | Fo | In natura | Complemento na alimentação de bovinos | |
Rubiaceae Alibertia sessilis (Vell.) K. Schum | Marmelada | Nt | Ab | Fo e Fr | In natura | Complemento na alimentação de bovinos e equinos |
Bignoniaceae Fridericia sp. | Rabo de Guariba | Nt | Li | Fo | In natura | Complemento na alimentação de bovinos e equinos |
Legenda: Ex: exótica; Nt: nativa; Ar: arbóreo; Ab: arbustivo; He: herbáceo; Li: Liana; Fo: folhas; Fl: flor; Fr: fruto. |
Tabela 2.
Lista de espécies utilizadas para fins medicinais.
Família e Nome científico | Nome Popular | Condição | Hábito | Parte utilizada | Preparo | Utilização/Indicação dos entrevistados |
Rubiaceae Bathysa sp | Quina do Cerrado | Nt | Ar | Fo, Cc e Ec | Decocção e infusão | Vermífugo e antianêmico para animais |
Chenopodiaceae Chenopodium ambrosioides L. | Erva - de Santa - Maria | Ex | He | Fo, Se | Infusão | Vermífugo para animais |
Amaranthaceae Alternanthera brasiliana (L.) O. Kunt. | Terramicina | Nt | He | Fo | Maceração | Tristeza em galinhas |
Leguminosae Senna occidentalis (L.) Link | Fedegoso | Nt | Ab | Cc, Fo e Ra | Maceração, de molho no bebedouro | Corta febre de galinhas e bezerros |
Leguminosae Senna alata (L.) Roxb. | Fedegosão | Nt | Ab | Cc, Fo e Ra | Maceração, de molho no bebedouro | Corta febre de galinhas e bezerros |
Myrtaceae Psidium guajava L. | Goiaba | Ex | Ar | Cf e Cc | Maceração, de molho no bebedouro | Antidiarreico para animais |
Asteraceae Bidens pilosa L. | Carrapicho | Ex | He | Cc e Fo | Maceração, de molho no bebedouro | Antidiarreico para animais |
Leguminosae Anadenanthera peregrina (L.) Speng. | Angico | Ex | Ar | Ec e La | Infusão da casca e resina/ entrecasco no bebedouro | Antidiarreico em bovinos e galinhas |
Leguminosae Pterodon emarginatus Vogel. | Fava de Sucupira | Nt | Ar | Ec e La | Infusão com adição de limão e água | Antidiarreico em bovinos e galinhas |
Euphorbiaceae Manihot esculenta Crantz. Mandioca Mansa Ex Ar Ra e Fo Decocção Antianêmico para animais | ||||||
Apocynaceae Hancornia speciosa Gomes. | Mangaba | Nt | Ar | Cf e La | Leite do fruto in natura | Antidiarreico em bezerros |
Vochysiaceae Qualea grandiflora Mart. | Pau Terra da folha grande | Nt | Ar | Cc e Ec | Cortado e ofertado no cocho | Antidiarreico para animais |
Meliaceae Azadirachta indica A. Juss | Nim | Ex | Ar | Fo | Cortado e ofertado no cocho | Vermífugo para animais |
Apocynaceae Geissospermum vellosi Allemao | Tambú/Pau - Pereira | Nt | Ar | Ec | Cortado e ofertado no cocho | Antidiarreico para animais |
Rubiaceae Genipa americana L. | Genipapo de Lobo | Ex | Ar | Cc | Cortado (adição de sal) e ofertado no cocho | Vermífugo para animais |
Rubiaceae Chiococca alba (L.) Hitchc | Cainca | Nt | Ab | Ra | Cortado e ofertado no cocho | Vermífugo e troca o pelo velho dos animais |
Legenda: Ex: exótica; Nt: nativa; Ar: arbóreo; Ab: arbustivo; He: herbáceo; Fo: folhas; Ra: raiz; Se: semente; Cc: casca do caule; Ec: entrecasca do caule; Cf: casca do fruto; La: látex; |
Foram identificadas diversas plantas e forrageiras com potencial para a utilização como alimentação animal na forma de suplementação. É necessário a realização de mais pesquisas para validar o uso destas plantas e forrageiras.
O resgate e a transmissão de conhecimentos acerca do plantio e uso adequado das espécies nutricionais são de grande importância, pois muitas pessoas não sabem identificá-las, e por medo de oferecerem espécies tóxicas à sua criação essas plantas com grande potencial zootécnico ainda são pouco utilizadas.
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Recebido em: 21/06/2018
Aceito em: 25/09/2018
1 * Discente do Curso de Zootecnia do Instituto de Ciências Agrárias. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM. Teófilo Otoni - MG, Brasil.
2 ** Docente do Curso de Zootecnia do Instituto de Ciências Agrárias. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM. Teófilo Otoni - MG, Brasil. E-mail: [email protected]