Volume 8, número 1 (Jan./Abr.2018)

ISSN: 2318-3233

Editora Científica: Elza Veloso

Avaliação: Melhores práticas editoriais da ANPAD

Endereço: revistaseletronicas.fmu.br/index.php/rms

Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU

O USO DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE COMO FONTE DE PESQUISAS ACADÊMICAS:
TENDÊNCIAS E GAPS A SEREM EXPLORADOS

Matheus Leone Borges
Faculdade de Engenharia Mecânica, Departamento de Engenharia de Manufatura e de Materiais, Universidade Estadual de Campinas.
E-mail: [email protected]

Rosley Anholon
Mestre (2003) e Doutor (2006) em Engenharia de Materiais e Processos de Fabricação, sendo todos os títulos conferidos pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
E-mail: [email protected]

Robert Eduardo Cooper Ordoñez
Mestrado (2004) e Doutorado (2013) em Engenharia Mecânica, ambos os títulos pela Universidade Estadual de Campinas.
E-mail: [email protected]

Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2 - CA PE - Engenharia de Produção e de Transportes. Prêmio Láurea ao Mérito CREA RJ, 2013. Presidente da ABEPRO. Mestrado em Engenharia Civil pela Universidade Federal Fluminense (1984), Doutorado em Engenharia de Produção pela COPPE(1994 - UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro) e atividades de Pós-Doutorado na Universidade do Minho (Portugal. 2005), Campus Guimarães.
E-mail: [email protected]



Resumo

O presente artigo objetiva analisar a literatura existente sobre os relatórios de sustentabilidade e sua utilização em pesquisas acadêmicas, buscando proporcionar uma contribuição ao identificar gaps e tendências. Realizou-se uma triagem inicial nas principais bases acadêmicas mundiais, sendo identificados 45 artigos relevantes. Estes artigos foram analisados e classificados em 6 categorias previamente definidas por um painel de especialistas, sendo elas: 1) contribuição dos stakeholders; 2) qualidade e credibilidade dos relatórios; 3) ferramentas e práticas para produção de relatórios de sustentabilidade; 4) causas e consequências da publicação de relatórios; 5) práticas setoriais/locais atreladas à responsabilidade social corporativa; e 6) recortes específicos. Os resultados evidenciaram interessantes lacunas de pesquisas associadas aos estudos sobre motivações e consequências da publicação de relatórios de sustentabilidade, além do uso de técnicas que potencializem ainda mais a credibilidade dos referidos documentos em prol da transparência. Destaca-se, também, a falta de estudos focados na América Latina e na África, desfavorecendo a melhoria das práticas de responsabilidade social corporativa nestas regiões. Ressalta-se ainda a originalidade do artigo, uma vez que não foram encontrados artigos similares na literatura.

Palavras-chave: sustentabilidade; responsabilidade social corporativa; relatórios de sustentabilidade.

THE USE OF SUSTAINABILITY REPORTS AS SOURCE FOR ACADEMIC RESEARCH:
TENDENCIES AND GAPS TO BE EXPLORED

Abstract

This article aims to analyze the existent literature on sustainability reports and its use on academic research, looking forward to contribute by identifying gaps and tendencies. A search on the world’s main research bases was narrowed down to 45 relevant articles. These articles were then analyzed and classified into 6 categories, previously defined by a panel of experts. They were: 1) stakeholder engagement; 2) quality and credibility of the reports; 3) tools and practices of sustainability reporting; 4) motivations and consequences of sustainability reporting; 5) sector/local corporate social responsibility practices; and 6) specific subjects. Results uncovered relevant gaps in the motivations and consequences of sustainability reporting, as well as the use of techniques to improve credibility of the documents, for the sake of accountability. It is also important to highlight the lack of studies focused on Latin America and Africa, impairing further development in sustainable practices on those regions. It is also worth emphasizing the originality of this article, since no similar articles were found in literature.

Keywords: sustainability reporting; sustainability; corporate social responsibility.

EL USO DE INFORMES DE SOSTENIBILIDAD COMO FUENTES DE INVESTIGACIÓN ACADÉMICA: TENDENCIAS Y GAPS A EXPLORARSE

Resumen

Este artículo objetiva analizar la literatura existente sobre los informes de sostenibilidad y su utilización em investigaciones académicas, intentando proporcionar una contribucíon al identificar gaps y tendencias. Realizó-se una seleccíon em las principales bases académicas mundiales, siendo identificados 45 artículos relevantes. Estos artículos fueron analizados y classificado em 6 categorías definidas por un panel de especialistas, siendo estas: 1) contribuición de los stakeholders; 2) calidad y credibilidade de los informes; 3) herramientas y prácticas para produción de informes de sostenibilidad; 4) causas e consecuencias de la publicación de informes de sostenibilidad; 5) prácticas sectoriales/locales de responsabilidade social corporativa; e 6) recortes específicos. Los resultados evidenciaron interesantes lagunas de investigaciones asociadas a estudios sobre motivaciones y consecuencias de la publicacíon de informes de sostenibilidad, además de lo uso de técnicas que potencien la credibilidade de los referidos documentos. Destaca-se, también, la falta de estudios enfocados em America Latica y Africa, desfavoreciendo la mejoría de las prácticas de responsabilidad social corporativa en estas regiones. Resalta-se la originalidade de lo artículo, una vez que no fueron encontrados artículos similares em la literatura.

Palabras clave: informes de sostenibilidad; sostenibilidad; responsabilidad social corporativa.

  1. Introdução

O poder econômico das grandes empresas é notável (Stel, Carree, & Thurik, 2005) e pode ser ilustrado pela soma da receita das 500 maiores companhias do mundo: 27,6 trilhões de dólares, cerca de uma vez e meia maior que o PIB americano (Fortune, 2016; The World Bank, 2015). Porém, a influência das empresas se estende muito além da economia, impactando inclusive aspectos políticos (Nye, 1974; Salamon & Siegfried, 1977; Scherer, Palazzo, & Matten, 2014; Tahoun, 2014) e ambientais (Boiral, 2013; Shrivastava, 1995; Whiteman, Walker, & Perego, 2013).

Diante desta nova realidade, emerge o conceito de accountability, termo plural e multidisciplinar que não possui tradução literal para o português mas, como denotam Pinho & Sacramento (2009), pode ser entendido como “a responsabilidade, a obrigação e a responsabilização (...) em prestar contas segundo os parâmetros da lei”, de forma ética e transparente. Esta prestação de contas deve se voltar aos acionistas, aos stakeholders e à sociedade no geral (Cooper & Owen, 2007). O termo accountability está diretamente associado a conceitos mais amplos como sustentabilidade e responsabilidade social corporativa (RSC) (Gray, Adams, & Owen, 2014).

Tanto o conceito de sustentabilidade quanto o de RSC ganharam força e popularidade frente a escândalos mundiais, como o da Enron, e acidentes ambientais de grande porte, como o vazamento de petróleo ocorrido em 2010 no Golfo do México, após a explosão de uma plataforma da empresa British Petroleum (BP). Além disso, estes problemas levaram a uma pressão, por parte dos stakeholders e da sociedade em geral, para que as empresas assumissem suas responsabilidades e tomassem ações relativas a estes tipos de problema (Dias, 2006; Kolk, 2008). Denominam-se stakeholders na literatura todas as partes que possuem interesse ou são afetadas pelas operações de uma organização (Freeman, 1984).

O conceito de desenvolvimento sustentável surgiu inicialmente em 1987 no Relatório da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, também conhecido como Relatório Brundtland. Este relatório definiu como sustentável o “desenvolvimento que busca satisfazer as necessidades da geração presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem suas próprias” (World Comission on Environment and Development, 1987). Uma das melhores formas de se entender a sustentabilidade é por meio do conceito do triple bottom line (TBL) difundido por Elkington (1994). Este mesmo conceito, também conhecido popularmente como 3P’s (people, planet, profit), evidencia a sustentabilidade como o equilíbrio dinâmico entre as esferas econômicas, sociais e ambientais, prevendo organizações lucrativas, ecológicas e socialmente responsáveis (Christofi, Christofi, & Sisaye, 2012).

A RSC pode ser definida, inicialmente, como um conjunto de ferramentas com potencial para tornar as práticas corporativas mais transparentes e responsáveis (Asif, Searcy, Zutshi, & Fisscher, 2013). O conceito passou por várias evoluções durante o tempo, sendo geralmente interpretado como uma implementação da TBL, incorporando aos negócios tópicos como os direitos humanos e trabalhistas, proteção do consumidor, proteção ambiental e a luta contra a corrupção (Nijhof et al., 2005). Segundo o Instituto Ethos (2015), um negócio responsável e sustentável possui “atividade orientada para a geração de valor econômico-financeiro, ético, social e ambiental e seus resultados são compartilhados com os públicos afetados”.

Como notam Nijhof et al. (2005), as práticas de RSC não podem ser implementadas apenas por ações individuais, uma vez que, para um impacto significativo destas, elas devem ser vistas como um imperativo organizacional permeando toda a cadeia de valor da empresa, seus clientes e demais partes interessadas. Autores como Asif et al. (2013) corroboram as ideias de Nijhof et al. (2005) e propõem modelos integrados de gestão que contemplem os pormenores anteriormente mencionados. O modelo de Responsabilidade Social Corporativa (RSC) deve fazer parte do cotidiano das organizações como qualquer outro sistema de gestão (Asif et al., 2013).

Uma vez implantado um modelo de gestão integrado, torna-se interessante que a organização divulgue para seus stakeholders as ações desenvolvidas em prol da RSC e, neste contexto, destacam-se os relatórios de sustentabilidade (Boiral, 2013; Kolk, 2008; Shnayder, Van Rijnsoever, & Hekkert, 2016). Segundo Hahn & Kühnen (2013), a publicação de relatórios de sustentabilidade gera diversas vantagens, como aumentar a transparência corporativa; valorizar, legitimar e aumentar a reputação de uma marca; permitir o benchmarking com outras empresas, aumentando a competitividade; demonstrar as relações da empresa com o desenvolvimento sustentável; entre outros (English & Schooley, 2014; Global Reporting Initiative, 2016d; Nagano, Kassai, Kussaba, & Carvalho, 2014).

Os primeiros relatórios de sustentabilidade objetivavam exclusivamente a apresentação dos impactos ambientais causados pelas corporações durante suas operações e as atitudes tomadas na tentativa de sua reversão. Porém, com o passar do tempo, novos conceitos foram sendo agregados e atualmente os relatórios de sustentabilidade são utilizados para a divulgação de outras atividades além das ambientais, como por exemplo práticas éticas e sociais (Kolk, 2008). Portanto, por relatórios de sustentabilidade, entende-se todo e qualquer tipo de relatório que divulgue informações a respeito de práticas sustentáveis, responsabilidade social corporativa e fatores ambientais, seja por meio de um relatório separado ou de uma seção nos relatórios financeiros anuais das empresas (Global Reporting Initiative, 2016a; Roca & Searcy, 2012; World Business Council for Sustainable Development, 2015).

O número de empresas que publicam relatórios de suas ações sustentáveis vem crescendo ano a ano, como demonstram as pesquisas anuais realizadas pela consultoria KPMG (2015). Segundo estas, 73% das maiores empresas mundiais publicam relatórios de sustentabilidade e 60% delas seguem o padrão Global Reporting Initiative (GRI). O GRI é uma organização internacional e independente, fundada em 1997 através de uma iniciativa na qual estavam envolvidos o Coalition for Environmentally Responsible Economies (CERES), o Instituto Tellus e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). O principal objetivo da organização é auxiliar governos e companhias a entender o impacto dos negócios em problemas como a mudança climática, os direitos humanos, a corrupção, dentre outros (Global Reporting Initiative, 2016b; Isaksson & Steimle, 2009; Oliveira, Campos, Sehnem, & Rossetto, 2014).

A primeira versão das normas para confecção de relatórios do GRI foi publicada em 2000. Desde então, estas vem passando por constantes revisões, chegando à publicação de sua quarta versão, o GRI G4, no ano de 2013. Esta versão estabelece a estruturação dos relatórios de sustentabilidade em oito seções: Estratégia e Análise; Perfil Organizacional; Aspectos Materiais e Limitações; Envolvimento dos Stakeholders; Perfil de Relatório; Governança; Ética e Integridade; e aspectos específicos (Global Reporting Initiative, 2016c). Siew (2015) destaca alguns fatores que favorecem a adoção do padrão GRI para produção de relatórios, como a diminuição do tempo e esforços gastos na divulgação das informações; a maior qualidade dos relatórios padrão GRI; e uma melhor performance financeira das empresas que utilizam-se deste padrão de produção de relatórios.

A grande quantidade de informações operacionais e indicadores presentes nos relatórios de sustentabilidade faz com que estes sejam fontes valiosas de pesquisa acadêmica, permitindo análises diversas como as práticas de RSC e gestão de uma companhia, setor ou localidade (Hetze & Winistörfer, 2016; Medrado & Jackson, 2016; Oliveira et al., 2014); as relações que uma companhia estabelece com seus diferentes grupos de stakeholders (Goettsche, Steindl, & Gietl, 2016; Joensuu, Koskela, & Onkila, 2015); o formato no qual as informações são divulgadas (Isaksson & Steimle, 2009); a linguagem usada na divulgação das informações e as formas de legitimar possíveis impactos negativos (Hahn & Lülfs, 2013; Smeuninx, De Clerck, Hoste, & Aerts, 2016); dentre outros. A credibilidade das informações é fator relevante nas pesquisas acadêmicas e, devido a isto, recomenda-se que sejam selecionados documentos de empresas que sigam as diretrizes do GRI (Maubane, Prinsloo, & Van Rooyen, 2014; Oliveira et al., 2014; Romolini, Fissi, & Gori, 2014).

Mesmo com a crescente adesão ao GRI, algumas questões problemáticas relacionadas à publicação de relatórios de sustentabilidade ainda permanecem relevantes. Castro, Siqueira, & Macedo (2011) destacam a falta de abrangência dos relatórios, associada à não evidenciação de aspectos negativos, muitas vezes mascaradas pela presença do selo GRI. Algumas das motivações evidenciadas por Idowu & Papasolomou (2007) relacionam-se à preocupação com a imagem pública da companhia, favorecendo a adulteração ou supressão de dados objetivando uma melhor visão da empresa. Ambas questões anteriores também relacionam-se com Bouten, Everaert, Van Liedekerke, De Moor, & Christiaens (2011), uma vez que estes autores trazem novamente à tona a abrangência dos relatórios e sua relação com as informações necessárias para o entendimento da companhia e suas iniciativas pelos stakeholders, além de possíveis incompatibilidade entres as informações apresentadas e o comportamento real das empresas.

Mediante o contexto apresentado e visando proporcionar uma contribuição à academia, este artigo tem por objetivo analisar a literatura científica relacionada aos relatórios de sustentabilidade e sua utilização para análises de práticas de Responsabilidade Social Corporativa, realizando um estudo bibliométrico sobre o tema, identificando os aspectos pouco tratados pela academia e apontando os gaps ainda existentes que podem ser explorados por outros pesquisadores. A importância deste trabalho se dá justamente na identificação dos gaps e na sugestão de possibilidades de pesquisa para um maior desenvolvimento da área de sustentabilidade.

Além desta introdução, o presente artigo possui mais 4 seções. A seção 2 é dedicada ao detalhamento dos processos utilizados para pesquisa. Em seguida, na seção 3, os resultados são explicitados e analisados. Por fim, a seção 4 apresenta as conclusões dos autores baseadas na pesquisa realizada, indicando possíveis gaps na área em questão. Ressalta-se ainda a originalidade do artigo, visto que não foi encontrada na literatura nenhuma outra revisão com o mesmo escopo.

  1. Procedimentos Metodológicos e Tratamentos dos Dados

Como salientado anteriormente, o presente artigo tem por objetivo avaliar pesquisas que tomam como base relatórios de sustentabilidade valendo-se da estratégia de revisão de literatura relacionada. Segundo Hahn & Kühnen (2013) “uma revisão de literatura objetiva revelar tendências, relações, inconsistências e gaps na literatura, de forma a organizar e avaliar o trabalho existente em uma área específica”. Revisões de literatura são capazes de criar bases para o avanço do conhecimento, facilitando o desenvolvimento teórico, organizando as ideias já pesquisadas e explicitando áreas inexploradas (Webster & Watson, 2002).

As bases científicas pesquisadas foram Scopus, Web of Science, Emerald Insight e Periódico Capes. A captação dos artigos foi realizada ao longo de 3 meses, utilizando, para pesquisa, os termos “relatórios de sustentabilidade”, “gestão de stakeholders”, “sustentabilidade”, “responsabilidade social corporativa” e “stakeholders”, assim como suas traduções para o inglês: “sustainability reports”, “sustainability”, “stakeholders”, “stakeholder management”, “sustainability reporting” e “corporate social responsibility”. Inicialmente, esta primeira busca retornou um total de 570 artigos.

Em seguida, foi realizada uma triagem desses artigos, através de leitura e análise dos temas tratados. Dessa forma, foi possível identificar quais artigos possuíam maior relevância em relação ao tema desta revisão de literatura, resultando, por fim, em cinquenta (50) artigos científicos. Estes foram, então, submetidos a um rápido estudo bibliométrico focando ano de publicação e continente a partir do qual foi gerada a publicação

O painel de especialistas é uma técnica de pesquisa muito usada na psicologia, administração e ciências sociais, na qual os especialistas participantes apresentam suas perspectivas, debatem e estabelecem conclusões sobre determinado tema (Pinheiro, Farias, & Abe-Lima, 2013), permitindo esclarecimentos e priorizações acerca dos pontos tratados.

Nesta pesquisa, um painel de especialistas foi utilizado para estratificar os artigos encontrados em categorias específicas. Este painel foi composto por dois professores da Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual de Campinas e dois professores do Doutorado em Sistemas de Gestão Sustentáveis da Universidade Federal Fluminense, reunindo-se em duas ocasiões por meio de videoconferência e seguindo as recomendações da literatura (Pinheiro et al., 2013). As seis categorias de estratificação são apresentadas a seguir:

Por fim, os artigos foram analisados um a um, por meio de leitura e sumarização de suas metodologias e resultados, a partir dos quais procurou-se avaliar os temas mais ou menos abordados entre os artigos selecionados. Dessa análise, foram identificados os gaps existentes plausíveis de originarem novos temas de pesquisa.

  1. Apresentação dos Resultados e Discussão

Como apresentado nos procedimentos metodológicos, cinquenta (50) artigos científicos foram classificados em seis diferentes categorias e analisados. O resultado desta análise pode ser visto na Tabela 1.

Tabela 1
Artigos científicos analisados.

Item

Referência

Tema

Veículo

1

Cooper & Owen (2007)

Avaliar criticamente as reformas institucionais, voluntárias ou normativas, para empoderamento dos stakeholders.

Accounting, Organizations and Society

2

Gibson & O'Donovan (2007)

Analisar a quantidade e categorizar as informações ambientais presentes nos relatórios anuais de 41 empresas australianas no período 1983-2003.

Corporate Governance: An International Review

3

Kolk (2008)

Examinar como os relatórios de sustentabilidade das empresas da Fortune Global 250 incorporam os conceitos de governança corporativa.

Business Strategy and the Environment

4

Farneti & Guthrie (2009)

Explorar os motivos pelos quais as organizações produzem relatórios de sustentabilidade voluntariamente.

Accounting Forum

5

Isaksson & Steimle (2009)

Propor critérios para avaliação das práticas de sustentabilidade e aplicá-los aos relatórios padrão GRI, avaliando se este padrão realmente contém as informações necessárias para avaliar a sustentabilidade de uma empresa.

The TQM Journal

6

Kotonen (2009)

Analisar os relatórios de sustentabilidade das maiores empresas finlandesas, definindo motivações e tipos de informação disponíveis, para compará-las com as tendências mundiais.

Journal of Applied Accounting Research

7

Meyskens & Paul (2010)

Analisar, nos anos recentes, a evolução dos relatórios de sustentabilidade de empresas mexicanas.

Jounal of Business Ethics

8

Mio (2010)

Investigar os termos e condições que melhoram a a qualidade dos relatórios de sustentabilidade, destacando o nível de maturidade das empresas nas aplicações dos padrões de relatório.

Corporate Social Responsibility and Environmental Management

9

Boiral & Gendron (2011)

Investigar a contribuição das certificações e suas auditorias para a transparência dos relatórios de sustentabilidade e práticas de RSC.

Business Strategy and the Environment

10

Manetti (2011)

Analisar a qualidade do envolvimento de stakeholders no processo de produção dos relatórios de sustentabilidade através de revisão de literatura e análise empírica.

Corporate Social Responsibility and Environmental Management

11

Manetti & Toccafondi (2012)

Entender como os stakeholders são consultados e envolvidos no processo de produção de relatórios de sustentabilidade.

Journal of Business Ethics

12

Leszczynska (2012)

Avaliar o conteúdo dos relatórios de sustentabilidade de empresas internacionais e a utilidade destes relatórios para os acionistas.

Industrial Management & Data Systems

13

Campos et al. (2013)

Descrever a evolução mundial da publicação de relatórios de sustentabilidade com base nos padrões GRI.

Gestão & Produção

14

Hahn & Kühnen (2013)

Revisar a literatura sobre relatórios de sustentabilidade, identificando quais determinantes destes são mais analisadas.

Journal of Cleaner Production

15

Freitas et al. (2013)

Comparar os indicadores ambientais utilizados pelas empresas brasileiras e espanholas através de seus relatórios.

Revista de Gestão Social e Ambiental

16

Bachoo, Tan, & Wilson (2013)

Analisar a qualidade dos relatórios de sustentabilidade de empresas australianas, buscando correlacioná-la ao valor patrimonial das companhias.

Australian Accounting Review

17

Morisue, Ribeiro, & Penteado (2013)

Verificar o grau de aderência plena e o grau de evidenciação efetiva dos relatórios GRI de empresas do setor elétrico brasileiro.

Contabilidade Vista & Revista

18

Oliveira et al. (2014)

Apresentar dados sobre adesão e publicação de relatórios de sustentabilidade padrão GRI nas empresas brasileiras.

Production

19

Tannuri & Van Bellen (2014)

Analisar a qualidade dos indicadores de desempenho ambiental de empresas listadas no ISE, por meio da análise de conteúdo.

Revista de Gestão Social e Ambiental

20

Junior, Best & Cotter (2014)

Consolidar e fornecer informações sobre sustentabilidade, relatórios de sustentabilidade e assurance, analisando estas práticas globalmente.

Journal of Business Ethics

21

Hąbek (2014)

Examinar as práticas de produção de relatórios de sustentabilidade na Polônia.

Quality & Quantity

22

Maubane, Prinsloo & Van Rooyen (2014)

Identificar as similaridades entre os relatórios de sustentabilidade produzidos pelas empresas listadas no JSE SRI.

Public Relations Review

23

Romolini, Fissi & Gori (2014)

Examinar as práticas de produção de relatórios de sustentabilidade de empresas italianas.

Corporate Social Responsibility and Environmental Management

24

Darus et al. (2014)

Avaliar o comprometimento com RSC de três grandes bancos islâmicos, através de seus relatórios de sustentabilidade.

International Journal of Business Governance and Ethics

25

Joensuu, Koskela & Onkila (2014)

Demonstrar como três empresas finlandesas construíram relações com ONG's na produção de seus relatórios de sustentabilidade.

Sustainable Development

26

Talbot & Boiral (2015)

Analisar a qualidade das informações climáticas disponibilizadas por empresas do setor de energia e suas estratégias para justificar/esconder performances negativas.

Journal of Business Ethics

27

Siew (2015)

Revisar e analisar criticamente as ferramentas disponíveis para produção de relatórios de sustentabilidade e disponibilização de informações.

Journal of Environmental Management

28

Ceulemans, Molderez & Liedekerke (2015)

Revisar a literatura sobre produção de relatórios de sustentabilidade em instituições de ensino superior, identificando gaps e inconsistências.

Journal of Cleaner Production

29

Kumar, Gunasekaran, Singh, Papadopoulos, & Dubey (2015)

Comparar as informações contidas nos relatórios de sustentabilidade de 36 empresas indianas de diferentes setores.

Sustainable Production and Consumption

30

Michelon, Pilonato, & Ricceri (2015)

Investigar a efetividade do uso de algumas práticas para produção de relatórios de sustentabilidade.

Critical Perspectives on Accounting

31

Hinson, Gyabea, & Ibrahim (2015)

Avaliar a forma como as universidades de Gana publicam informações relativas a iniciativas de sustentabilidade.

Communicatio

32

Lock & Seele (2015)

Entender a forma como algumas práticas de produção de relatórios de sustentabilidade são utilizadas em função dos grupos de stakeholders.

Corporate Social Responsibility and Environmental Management

33

Sukitsch, Engert & Baumgartner (2015)

Analisar a implementação de práticas sustentáveis em empresas do ramo automotivo através de seus relatórios de sustentabilidade.

Sustainability

34

Dumitru, Guşe, Feleagă, Mangiuc, & Feldioreanu (2015)

Investigar as práticas de comunicação utilizadas pelas empresas presentes no Programa Piloto do IIRC.

Amfiteatru Economic

35

Reis, Cintra, Ribeiro, & Dibbern (2015)

Utilizar análise de conteúdo para investigar a precisão dos indicadores GRI nos relatórios de sustentabilidade de empresas do setor elétrico brasileiro.

Revista Contemporânea de Contabilidade

36

Lozano, Nummert & Ceulemans (2016)

Elucidar a relação entre publicação de relatórios de sustentabilidade e a mudança organizacional das empresas.

Journal of Cleaner Production

37

Jain & Winner (2016)

Contribuir internacionalmente para a discussão de RSC e sustentabilidade por meio da análise das práticas das 200 maiores empresas indianas.

Corporate Communications: An International Journal

38

Hetze & Winistörfer (2016)

Avaliar como os maiores bancos do mundo usam seus websites para comunicar iniciativas de RSC, identificando padrões continentais.

International Journal of Bank Marketing

39

Boiral (2016)

Explorar as estratégias usadas pelas empresas para demonstrar transparência e legitimar seus impactos sobre a biodiversidade.

Journal of Business Ethics

40

Velte & Stawinoga (2016)

Revisar a literatura disponível sobre os relatórios integrados após adoção do padrão IIRC.

Journal of Management Control

41

Rodriguez-Fernandez (2016)

Investigar a relação entre RSC e performance financeira em empresas espanholas.

Business Research Quarterly

42

Goettsche, Steindl & Gietl (2016)

Investigar o impacto dos clientes sobre as iniciativas de confecção e publicação de relatórios de sustentabilidade.

Business Strategy and the Environment

43

Bellantuono, Pontrandolfo & Scozzi (2016)

Estruturar uma abordagem quantitativa capaz de garantir um envolvimento eficaz e confiável de stakeholders nas análises de materialidade.

Sustainability

44

Szczepankiewicz & Mućko (2016)

Analisar relatórios de sustentabilidade de várias empresas polonesas, buscando identificar similaridades e padrões.

Sustainability

45

Zahid, Ghazali, & Rahman (2016)

Avaliar a qualidade dos relatórios de sustentabilidade de empresas da Malásia nas dimensões econômica, ambiental e social.

International Journal of Economics and Financial Issues

46

Lock & Seele (2016)

Analisar, através de análises de conteúdo, a credibilidade dos relatórios de RSC de empresas europeias.

Journal of Cleaner Production

47

Dissanayake, Tilt, & Xydias-Lobo (2016)

Examinar os relatórios de sustentabilidade de empresas do Sri Lanka, identificando sua extensão, natureza e possíveis motivações.

Journal of Cleaner Production

48

Medrado & Jackson (2016)

Analisar, por meio de relatórios de sustentabilidade, as práticas de RSC utilizadas pelos setores de hospitalidade e turismo.

Tourism and Hospitality Research

49

Shnayder, Van Rijnsoever & Hekkert (2016)

Identificar como as motivações para publicação de relatórios de sustentabilidade podem ser explicadas por aspectos específicos do meio empresarial.

Journal of Cleaner Production

50

Svensson et al. (2016)

Avaliar como as empresas consideram os diversos grupos de stakeholders em seus esforços de CSR, desenvolvendo e testando um modelo de gestão.

Journal of Business & Industrial Marketing


A Erro! Fonte de referência não encontrada. foi construída por meio de uma contabilidade dos artigos segundo seu ano de publicação. Nota-se, claramente, um aumento do número de artigos publicados em função do tempo, uma tendência compatível com o aumento do interesse mundial pela publicação de relatórios de sustentabilidade e boas práticas de RSC (Campos et al., 2013; Junior, Best, & Cotter, 2014; KPMG, 2015; World Business Council for Sustainable Development, 2015).


Figura 1 - Número de artigos publicados por ano de publicação.



Já na Figura 2 os artigos foram divididos por região de interesse, ou seja, a região na qual a pesquisa era focada. Nota-se que 52% dos artigos selecionados são pesquisas focadas na Europa, enquanto percentuais bem menores estão atrelados a pesquisas com interesse em outros continentes. Frente às outras regiões, percebe-se que a literatura e as análises de sustentabilidade, responsabilidade social corporativa e relatórios de sustentabilidade encontram-se num estágio mais desenvolvido no continente europeu, favorecendo a melhoria das práticas nessa região. Destaca-se a necessidade de estudos que tratem da situação da RSC e dos relatórios de sustentabilidade principalmente nas regiões em desenvolvimento, como América Latina e África.


Figura 2 - Porcentagem de artigos publicados segundo região de interesse.


Nesse contexto, Calixto (2013) nota que, apesar da existência de vários estudos sobre a divulgação de informações por meio de relatórios de sustentabilidade, a grande maioria deste diz respeito a companhias de países da América do Norte, Europa e Oceania, são poucas as pesquisas que tratam do tema focando-se em companhias latino-americanas. Oliveira et al. (2014) realiza uma análise setorial da publicação de relatórios no Brasil e na América Latina, indicando a necessidade de estudos de verificação de qualidade das informações presentes nesses relatórios e os motivos da adesão das empresas ao GRI. Destaca-se também que o setor brasileiro mais mencionado nos artigos encontrados é o de energia elétrica, demonstrando solidamente a evolução do setor (Morisue et al., 2013; Reis et al., 2015). Em se tratando do continente africano, são encontrados poucos artigos sobre o tema, merecendo destaque os estudos sobre a África do Sul (Maubane et al., 2014).

Os artigos foram então classificados segundo as seis categorias previamente apresentadas, sendo o resultado final mostrado na Figura 3.


Figura 3 - Número de artigos publicados por categoria.



Como foram encontrados apenas três artigos que tratavam sobre as causas e consequências da publicação de relatórios de sustentabilidade, recomenda-se um maior foco de pesquisas nessa área. Uma vez que as empresas muitas vezes alegam motivações baseadas em valores que, na verdade, podem ser explicadas por fatores externos (Shnayder et al., 2016), é de suma importância investigar as reais motivações da publicação de relatórios. Já o estudo das consequências destas publicações pode incentivar novas empresas a adotarem a publicação de relatórios, pois estes trazem vantagens financeiras e até mesmo organizacionais como apontado por (Lozano, Nummert, & Ceulemans, 2016; Rodriguez-Fernandez, 2016).

Grande parte dos artigos pesquisados (16) se enquadra nas categorias sobre contribuição dos stakeholders e ferramentas para produção de relatórios. Ambas áreas já vêm sendo desenvolvidas há algum tempo, com artigos publicados desde 2007. Os estudos sobre envolvimento de stakeholders trazem inclusive modelos práticos para enquadrar a visão destes nos relatórios de sustentabilidade, como o de Bellantuono, Pontrandolfo, & Scozzi (2016). Também é de suma importância avaliar criticamente as ferramentas usadas para produzir relatórios, como o padrão GRI (Isaksson & Steimle, 2009), uma vez que este é usado por cerca de 60% das maiores empresas do mundo (KPMG, 2015).

A categoria de análise de práticas setoriais e locais conta com o maior número de artigos selecionados (17). Em sua grande maioria, os artigos desta utilizam-se dos relatórios de sustentabilidade como fonte principal de informações para análise das práticas de RSC e sustentabilidade, buscando identificar padrões e similaridades entre empresas de um mesmo setor ou região (Gibson & O’Donovan, 2007; Hąbek, 2014; Jain & Winner, 2016; Kotonen, 2009; Maubane et al., 2014; Meyskens & Paul, 2010; Romolini et al., 2014; Sukitsch, Engert, & Baumgartner, 2015; Szczepankiewicz, Mućko, & Mu??ko, 2016). A grande quantidade de informações contidas nos relatórios torna-os ótimas fontes de pesquisa, e o número de publicações acadêmicas baseadas neste tipo de fonte justifica-se ao assumir que os relatórios de sustentabilidade são baseados num ideal de transparência, fazendo com que as operações e indicadores divulgados por uma companhia realmente reflitam os impactos de suas atividades (Boiral, 2013). Neste contexto, Boiral & Gendron (2011) sugerem pesquisas ainda mais apuradas sobre as práticas de auditoria visando potencialização da transparência na prestação de contas junto aos stakeholders.

Os artigos colocados como recortes específicos mostram como os relatórios de sustentabilidade podem ser usados em outros tipos de pesquisas acadêmicas, como exemplificado a seguir. Ceulemans, Molderez, & Van Liedekerke (2015) utilizam-se das informações contidas nos relatórios para analisar como as práticas sustentáveis são utilizadas nas instituições de ensino superior; Freitas, Kobal, Luca, & Gallon (2013) comparam os indicadores ambientais utilizados nos relatórios de empresas brasileiras e espanholas; Boiral (2016) estuda relatórios de sustentabilidade para identificar como as empresas divulgam informações que não possuem indicadores; Talbot & Boiral (2015) analisam a qualidade das informações climáticas dispostas em relatórios de sustentabilidade; entre outros.

Assim, podemos destacar, como gaps dos estudos as motivações e consequências da publicação de relatórios de sustentabilidade, além de pesquisas que potencializem ainda mais a credibilidade mesmos. Também vale destacar a necessidade de estudos focados na América Latina e África, visto que apenas cerca de 18% dos artigos selecionados se relacionam a estas regiões.


4. Conclusão


Como salientado, este artigo apresentou como foco a realização de uma revisão da literatura acerca de pesquisas relacionadas aos relatórios de sustentabilidade e seu uso para análise de práticas de Responsabilidade Social Corporativa. Pesquisando-se bases científicas nacionais e internacionais foram encontrados cinquenta (50) artigos, os quais foram divididos em seis categorias definidas por um painel de especialistas de acordo com seus temas específicos.

Notou-se que o número de artigos publicados com o tempo acompanha as crescentes tendências relacionadas à sustentabilidade e RSC. Além disso, fica clara uma dominância do continente europeu sobre o tema, indicando a necessidade de descentralização dos estudos para melhor análise de outras partes do globo, como América Latina e África.

A participação dos stakeholders no processo de produção dos relatórios e as ferramentas utilizadas para produzi-los são tópicos de grande destaque acadêmico, representando aproximadamente um terço dos artigos pesquisados. Também é possível notar que a prática da utilização de relatórios de sustentabilidade como fontes de pesquisa acadêmica já é bem estabelecida, uma vez que artigos pesquisados são baseados em relatórios de sustentabilidade de setores e regiões distintos, tratando tanto sobre análises de práticas ou indicadores específicos quanto sobre como os relatórios são produzidos e afetam as empresas.

Ainda se fazem necessários, porém, estudos mais profundos sobre as motivações para a produção de relatórios de sustentabilidade, assim como suas consequências para as corporações, uma vez que este tema pode ser de grande auxílio a empresas que não aderiram à prática da publicação de relatórios. Também se sugerem pesquisas mais extensas sobre práticas e maneiras para potencializar ainda mais a credibilidade dos relatórios publicados, uma vez que é necessário garantir que as informações contidas nos relatórios de sustentabilidade sejam claras e verdadeiras, validando a utilização dos relatórios como fontes de pesquisa acadêmica.

Uma vez que a pesquisa foi conduzida utilizando-se bases específicas em um espaço de tempo específico, é possível que artigos relevantes sobre o tema estudado não tenham sido incluídos, uma vez que podem não estar registrados nas bases ou ainda estejam em fase de pré-publicação. Porém, ainda assim, o presente artigo apresenta alta relevância, apresentando uma consistente visualização dos tópicos mais pesquisados e gaps relacionados aos relatórios de sustentabilidade.

Espera-se que os resultados e conclusões deste artigo possam auxiliar a academia ao estabelecer a prática da utilização dos relatórios de sustentabilidade como fontes de pesquisa acadêmica e sugerir linhas de pesquisa complementares ao tema dos relatórios de sustentabilidade.


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*Autor para correspondência / Author for correspondence / Autor para la correspondencia:
Rosley Anholon - Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual de Campinas - FEM/UNICAMP. Rua Mendeleyev, 200 - CEP: 13083-860 - Cidade Universitária "Zeferino Vaz" Barão Geraldo - Campinas – SP.

Data do recebimento do artigo (received): 10/10/2016

Data do aceite de publicação (accepted): 05/09/2017


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