AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE EXTRATOS DE HELIANTHUS TUBEROSUS L. E SMALLANTHUS SONCHIFOLIUS EM CAMA DE FRANGOS

Autores

  • Carolina Toshie Kamimura Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), São Paulo
  • Marcia Cristina Menão Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), São Paulo
  • Nair Massumi Itaya Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), São Paulo
  • Terezinha Knöbl Universidade de São Paulo (USP). São Paulo, SP
  • Gessé Gomes Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). São Paulo, SP
  • Antônio Carlos Pedroso Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Realeza, PR

Palavras-chave:

Ação bactericida, cama de frango, Helianthus tuberosus L., Smallanthus sonchifolius.

Resumo

A avicultura brasileira tem um papel importante no cenário internacional por produzir proteí­na animal de altí­ssima qualidade a um custo acessí­vel. O aumento da produção nas últimas décadas tem influenciado positivamente nos aspectos sociais e econômicos do agronegócio. Entretanto, os aspectos ambientais têm se tornado motivo de preocupação na cadeia produtiva principalmente com a alta produção anual de toneladas de cama de frango com potencial de disseminação de micro-organismos a outras aves e seres humanos, além de impactos ambientais. Desta forma é necessário haver algum tipo de tratamento da mesma para minimizar possí­veis contaminações de agentes patogênicos. Algumas plantas têm potencial para serem utilizadas para este fim como o Helianthus tuberosus L. e Smallanthus sonchifolius que sintetizam substâncias com comprovadas propriedades antimicrobianas e de fácil preparação de seus extratos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a ação de extratos brutos dessas plantas em amostras de cama de frangos comerciais quanto à redução do número de bactérias aeróbias e anaeróbias. Realizou-se o tratamento de três amostras de cama de frango com extratos de ambas as plantas com 50 mg de massa seca/grama de cama. Através de análises microbiológicas comparou-se o número de bactérias anaeróbias e aeróbias nas amostras tratadas e nos controles após três e 24 horas. Os resultados demonstraram redução na carga bacteriana aeróbia e anaeróbia nas camas testadas. Novas concentrações de extratos e outros perí­odos de ação devem ser testados para avaliar a possí­vel potencialização da ação das substâncias.

Biografia do Autor

Carolina Toshie Kamimura, Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), São Paulo

Mestranda do curso de pós-graduação. Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). São Paulo, SP, Brasil.

Marcia Cristina Menão, Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), São Paulo

Graduada em Medicina Veterinária pela Universidade de Marí­lia (1992), mestrado em Patologia Experimental e Comparada pela Universidade de São Paulo (2001) e doutorado em Epidemiologia Experimental Aplicada í s Zoonoses pela Universidade de São Paulo (2013). Atualmente é professora do Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU, no curso de graduação em Medicina Veterinária e no Curso de Mestrado Profissional (strictu sensu) em Saúde Ambiental e professora adjunto da Universidade Paulista.

Nair Massumi Itaya, Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), São Paulo

Bióloga

Terezinha Knöbl, Universidade de São Paulo (USP). São Paulo, SP

Docente do curso de Medicina Veterinária. Universidade de São Paulo (USP). São Paulo, SP, Brasil.

Gessé Gomes, Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). São Paulo, SP

Técnico em laboratório. Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). São Paulo, SP, Brasil.

Antônio Carlos Pedroso, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Realeza, PR

Docente do curso de Medicina Veterinária. Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Campus Realeza, PR, Brasil.

Referências

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Publicado

2018-06-25

Edição

Seção

Artigos