MÉTODOS CONTRACEPTIVOS UTILIZADOS POR MULHERES RESIDENTES NA REGIÃO SUL DA CIDADE DE SÃO PAULO. UM TIPO DE ESTUDO CAP; CONHECIMENTO, ATITUDE E PRÁTICA

Autores

Palavras-chave:

Contracepção, Planejamento Familiar, Anticoncepcionais.

Resumo

Objetivo: O Brasil sofreu um rápido e intenso declí­nio da fecundidade nos últimos 40 anos. Nos últimos 20 anos o jovem passou a ter mais acesso a informações sobre questões sexuais. No final dos anos 80 destacou-se o advento da AIDS e a precocidade da iniciação sexual entre adolescentes na última década. Assim, o presente trabalho propôs-se verificar o ní­vel de conhecimento e utilização de métodos anticoncepcionais entre as mulheres residentes na região Sul da cidade de São Paulo. Métodos: Realizou-se um estudo do tipo inquérito CAP; Conhecimento, Atitude e Prática, em 40 mulheres com faixa etária entre 14 a 50 anos, na região Sul de São Paulo. Resultados: Dentre  o total de  mulheres entrevistadas, 66% apresentaram faixa etária entre 14 e 30 anos. O ní­vel de escolaridade das entrevistadas foi de 37% com ní­vel superior incompleto e 36% com ní­vel superior completo totalizando 73% das entrevistadas. Quanto ao conhecimento frente aos diferentes métodos anticoncepcionas apresentados, observou-se que 34% fazem uso da pí­lula como contraceptivo hormonal oral e 33% utilizam a camisinha masculina como contraceptivo de barreira, perfazendo um total de 67 %. Discussão: Ficou evidente por esse estudo o baixo conhecimento da camisinha feminina, bem como da sua utilização como metodo contraceptivo feminino de barreira pelas entrevistadas (8%). Observou-se, ainda que 98% das mulheres entrevistadas já teve orientação sobre Doenças Sexualmente Transmissí­veis (DSTs). Esses achados sugerem uma forte associação entre a prática da utilização de metodos contraceptiveis por mulheres com  melhores  ní­veis de escolaridade, uma vez que o acesso a informação em escolas, universidades e em leituras somaram 62,5% das mulheres entrevistadas. Conclusões: Destaca-se a importância dos Setores Públicos da Saúde e Bem estar Social na orientação ao planejamento familiar e educação sexual, bem como um maior número de campanhas públicas que abranjam este tema de grande importância para a sociedade. Reforça-se ainda, a necessidade de mais investimentos na educação da população em geral, com ênfase na sexualidade na adolescência e no conhecimento do uso de contraceptivos.     

Biografia do Autor

Flora Cordeiro, Universidade Paulista - Objetivo

Instituto de Ciências da Saúde

Referências

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento; Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada [Internet]. Relatório sobre o desenvolvimento humano no Brasil 1996. Brasí­lia: PNUD; 1996 [citado 2010 Out 10]. Disponí­vel em:

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatí­stica. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicí­lios. Rio de Janeiro: IBGE; 2003.

Merrick,TW e Berquó, E. The determinants of Brazil"™s recent rapid decline in fertility. Washington (DC): National Academy Press; 1983. (Committee on Population and Demography, Report 23).

Boruchovitch, E. Fatores associados a não-utilização de anticoncepcionais na adolescência. Rev. Saúde Pública.1992;26(6); 437-443.

Martins, LBM; Costa-Paiva,L; Osis,MJD; Sousa,MH; Neto,AMP; Tadini,V. Conhecimento sobre métodos anticoncepcionais por estudantes adolescents. Rev. Saúde Pública. 2006;40(1); 57-64.

Marinho LFB, Aquino EML, Almeida MCC. Práticas contraceptivas e iniciação sexual entre jovens de três capitais brasileiras. Cad Saúde Pública. 2009;25 (2):227-39.

COUTINHO,RS. Sistema Reprodutor Humano; Currí­culos Alternativos; Clementina nº 3, 9º, 6º, Tecnologias de Informações e da Comunicação. Link http://br.librosintinta.com/biblioteca/ver-pdf/kumestortamuxnexa.googlepages.com/SistemaReprodutorhumano.pdf.htx

SCHOR N, et al. Mulheres e anticoncepção: conhecimento e uso de métodos anticoncepcionais. Cad Saúde Pública.2000;16(2): 377-384.

Vieira, EM et al. Caracterí­sticas do uso de métodos anticoncepcionais no Estado de São Paulo. Rev.Saúde Pública.2001;36(3):263-70.

Figueiredo R, Andalaft Neto J. Uso de contracepção de emergência e camisinha entre adolescentes e jovens. Rev SOGIA–BR. 2005;6(2):1–11.

OMS; Organização Mundial de Saúde - www.oms.org Organização Mundial da Saúde,ver http://www.who.int/maternal_child_adolescent/topics/adolescence/dev/es/

MONZU, M. Sexualidade e anticoncepção. São Paulo: Editora STS, 1992. Revista Gestão e Saúde.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Polí­ticas de Saúde. Assistência em planejamento familiar. Manual técnico. 4. Ed. Brasí­lia: Ministério da Saúde, 2002.

CURITIBA. Secretaria Municipal de Saúde. Planejamento familiar. 2.ed. Curitiba: SMS, 2002.

ROUMIÉ, P. Controle de natalidade a quem interessa? São Paulo: Ed.Paulinas, Revista Gestão e Saúde, 1986.

BRASIL. Ministério da Saúde. Direitos Sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais. Brasí­lia: Ministério da Saúde, 2006.

Prado, D.S.; Santos,D.L. Contracepção em usuárias dos setores público e privado de saúde.Rev. Bras. Ginecol. Obstet. 2011; 33(7); 143-149.

Osis, M.J.D; Faúndes, A; Makuch, M.Y.; Mello, M.B.; ,Sousa, M.H.; Araújo, M.J.O. Atenção ao planejamento familiar no Brasil hoje: reflexões sobre os resultados de uma pesquisa Cad. Saúde Pública.2006;22(11); 2481-2490.

Miranda-Ribeiro, P., Simão, A.B., Caetano, A.J., Perpétuo, I.H.O., Lacerda, M.A., Torres, M.E. Acesso í contracepção e ao diagnóstico do câncer de colo uterino em Belo Horizonte: uma contribuição metodológica aos estudos quanti-quali. Rev Bras Estud Popul. 2007;24(2):341-4.

Baraldi, A.C.P., Daud, Z.P., Almeida, A.M., Gomes, F.A., Nakano, M.A.S. Gravidez na adolescência: estudo comparativo das usuárias das maternidades públicas e privadas. Rev Latino-am Enfermagem. 2007;15:799-805.

Martins, L.B. Conhecimento, atitude e pratica sobre métodos anticoncepcionais, prevenção de DST/AIDS em adolescentes de escolas publicas e privadas do municí­pio de São Paulo. Tese de Mestrado em Tocoginecologia. Faculdade de Ciências Médicas, Campinas-São Paulo. 2005.

LATINI, R. E. Desvelando os discursos da opção pela laqueadura tubária por mulheres em idade reprodutiva no Instituto Municipal da Mulher Fernando Magalhães. 2006. Trabalho de Conclusão (Graduação em Serviço Social) - Escola de Serviço Social, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de janeiro. 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Polí­ticas de Saúde. Assistência em planejamento familiar. Manual técnico. 4. Ed. Brasí­lia: Ministério da Saúde, 2002.

Muroya, R.L., Auad,D., Brêtas, J.R.S. Representações de gênero nas relações estudante de enfermagem e cliente: contribuições ao processo de ensino-aprendizagem. Rev Bras Enferm, Brasí­lia 2011 jan-fev; 64(1): 114-22.

Medeiros,T.R.F & colaboradores. Vivência de mulheres sobre contracepção na perspectiva de gênero. Rev Gaúcha Enferm. 2016;37(2).

Santos, A.A.P., Ferreira, C.C., da Silva, M.L. Fatores que interferem na escolha do método contraceptivo pelo casal: revisão integrativa. Rev. APS. 2015.18(3): 368 - 377.

Downloads

Publicado

2017-12-29

Edição

Seção

Artigos